Edna Flor: Quando o poder sobe à cabeça!
Quem acompanha o dia-a-dia da política
araçatubense, especialmente a atuação dos vereadores, do prefeito e seus secretários,
sabe muito bem como funciona o status quo,
a posição deste ou daquele agente político que muda ao sabor das conveniências,
dos intere$$e$ e interesses, mercê dos resultados eleitorais favoráveis ou não.
Em Araçatuba, pode-se afirmar sem medo de errar, que só existe um político
coerente, centrado e nunca muda suas opiniões seja por razões partidárias, por
resultados das urnas ou conforme tocam esta ou aquela música à partir lá do “Palácio
da Rodoviária”. Em seu sétimo mandato como vereador, Arlindo Araújo, com quase
30 anos no legislativo araçatubense, mantém sua linha de conduta na defesa
intransigente dos verdadeiros interesses do povo. Não se vende, não se
corrompe, não troca cargos comissionados por apoio nas votações na câmara.
Infelizmente, ver políticos como os vereadores Jaime José da Silva (PTB) e
Dunga (DEM), tal qual camaleões, que, para sobreviverem mudam de cor. Assim
agem esses políticos que, de acordo com o resultados das urnas, dependendo do
prefeito eleito, eles, inexoravelmente vão aderir, mesmo que suas ideologias,
as doutrinas dos partidos a que pertencem, sejam opostas no novo ocupante da
prefeitura. O que vale são os interesses pessoais. Dane-se o povo, o eleitor que
votou crente que fariam oposição.
Quando Cido Sério (ex-PT) era prefeito, tinha uma
bancada forte de situação que aprovava tudo que ele queria. Jaime era um dos
maiores defensores de Cido Sério. Numa sessão da câmara, quando Dilador Borges
(PSDB) “estava” deputado suplente, Jaime deitou falação contra o então
deputado, secundado pelo vereador Batata. Desceram o sarrafo no tucano. Dunga,
durante a campanha de 2016 disse e reafirmou isso em plenário que “Dilador me considera como a escória da
política de Araçatuba”. E não é que o tucano tinha razão! Hoje, Jaime e
Dunga formam a tropa de choque na defesa do prefeito Dilador. É a máxima ─ “Rei
morto, Rei posto”. Nada que uma conversa de pé de orelha, troca de favores,
cargos para apadrinhados em troca de apoio, que não resolvam antigas
pendências. Afinal a política é assim mesmo, suja, imoral, inconsequente e
inconfiável. O adversário (inimigo) de hoje pode ser o aliado de amanhã e
vice-versa. A única certeza que temos é que em 2020, não importa quem vença as
eleições, esses “vassalos” oportunistas estarão lá para os conchavos e troca de
favores, tudo “em nome do povo, do eleitor”.
O episódio desta semana sobre a votação para
reajustar o salário da vice-prefeita Edna Flor (PPS), projeto este que
hipocritamente, incoerentemente o prefeito Dilador chama de “equiparação
salarial”, não passou de uma manobra imoral, fétida, escabrosa levada à efeito
pela própria vice-prefeita que segundo fontes lá das bandas da Rodoviária, teve
a cara-de-pau, o cinismo de pedir ao alcaide do tal reajuste pois acha que está
ganhando pouco! Quem conhece e acompanha a trajetória de Edna Flor, desprovido
de quaisquer paixões, sabe que ela gosta de posar de santa, a mais pura alma
desse mundo sórdido e imundo que é a política de uma maneira geral. É preciso
recordar que enquanto vereadora até 2016, Edna Flor era uma pedra não só no calcanhar
do ex-prefeito Cido Sério, como também a pedra mais severa no estilingue da oposição.
Fazia discursos memoráveis, duros. Batia na mesa, urrava, esperneava e com um
verdadeiro chicote verbal, cortava as costas do prefeito com chibatadas muitas
vezes exageradas. Criticava tudo. Votava contra tudo, inclusive em 2012 votou
contra um projeto idêntico a este que reajustava os salários do prefeito, o
vice e secretários.
Por que agora o projeto devia ser aprovado? Edna
Flor fez com que executivo enviasse à câmara um projeto a ser votado à toque de
caixa em final de ano. Sessão extraordinária quando poderia tê-lo feito antes.
Um reajuste de mais de 54% exclusivo para a vice-prefeita! E os outros? Edna
Flor e o prefeito esqueceram de combinar isso com o povo! Hoje temos uma
tribuna livre e implacável ─ As redes sociais! Em poucas horas, vários setores
das redes sociais que verdadeiramente defendem e representam o povo, agiram. Em
Araçatuba lamentavelmente não temos mais jornais impressos, mídia convencional
comprometida que fecham os olhos aos arbítrios do poder público e defendem
interesses nada republicanos e inconfessáveis. Resta ao povo a trincheira
virtual com enorme abrangência e que desde logo se posicionou contrária à esta
excrescência, essa imoralidade capitaneada pela vestal vice-prefeita, cheia de
virtudes peregrinas. Os vereadores não foram consultados, ouvidos e dada a
inoportunidade, a irrelevância do projeto, forçados alguns pelos compromissos
com o prefeito, foram pegos com as “calças na mão”! Acuados pela pressão da
opinião pública.
Abertos os trabalhos, o vereador Papinha constrangido
retirou o projeto da pauta. Edna Flor afundou-se no lamaçal da opinião pública!
Será irremediavelmente cobrada pelos eleitores. Edna Flor e Dilador Borges,
esse bizarro casal DILAFLOR se elegeram sobre mentiras, falácias e promessas
vãs. Quando vereadora, Edna Flor realizou inúmeras reuniões, seminários e andou
quilômetros e quilômetros por aí tentando achar uma solução para o péssimo e desastroso
sistema de transporte público. Virou franco-atiradora contra a TUA e contra a
SAMAR. Andava com um “dossiê” de centenas de páginas onde dizia ter a solução e
o prefeito Cido Sério não resolvia porque não queria. Criar um sistema moderno
de transporte com terminais nos bairros, wifi, ônibus novos com ar
condicionado, pontos cobertos com bancos, fraldários. Quanta mentira! E o povo
foi nessa conversa mole. Eleitos, o dantesco casal DILAFLOR sequer conseguiram
realizar uma licitação. Em dois momentos, 50 empresas foram, convidadas e
NENHUMA quis vir assumir esse abacaxi que
é o transporte público de Araçatuba. Desmoralizados, Edna e Dilador tiveram que
dobrar-se aos caprichos da TUA e renovaram por 20 anos, a concessão.
O cargo de vice-prefeito, não obriga que o titular
cumpra horário, dê expediente e assessore TODOS os secretários, como Edna tenta
iludir o povo. Constitucionalmente cabe ao vice substituir o prefeito na falta
ou impedimento deste. Mas Edna Flor quer ser “mais realista que o rei” e assume
uma postura de ser insubstituível, importantíssima na gestão do município.
Alguém já viu o retrato de um vice na parede? Alguém conhece alguma rua com
nome de um vice? Alguém já viu uma ponte, uma obra com nome do vice?! Edna Flor
deveria recolher-se à sua posição. Reivindicar um reajuste de 54% no salário é
uma vergonha, um vexame, uma indecência! Em tempos e crise econômica como esta
que vivemos, Edna deveria dar exemplo, mostrar humildade. Em 2012, ao atacar Cido Sério, falava dos
coitados, dos humildes ASGs que não ganhavam nem o salário mínimo! Cadê aquela
Edna Flor tão zelosa e preocupada com os mais pobres? É o poder que sobe à
cabeça! Dane-se a humildade, dane-se a opinião pública! Quem não quer um
salário que salta de mais de R$ 7 mil para acima de R$ 11 mil?! Menos Edna
Flor, menos. Estamos de olho!