sábado, 30 de agosto de 2014

Todo cuidado com essa Marina é pouco!

Marina Sillva é o Collor de saias!

A nova sensação da campanha eleitoral, a ex-senadora do PT e ex-ministra do Meio Ambiente do governo Lula, reapareceu na cena política na crista da onda de um verdadeiro tsunami que botou a pique a candidatura de Aécio Neves e Dilma Rousseff. Marina Sillva quer mostrar uma nova cara, apresentando-se como terceira via no processo eleitoral, com um discurso do novo sobre um trapo velho. Publicamente faz elogios a Lula e a FHC desejando contar com ambos em seu eventual governo. Coisas da política surreal querer juntar tucanos e mensaleiros no mesmo palanque. 

No entanto, Marina ao mostrar-se como algo novo na política, busca angariar votos daqueles eleitores desiludidos, cansados desse velho eixo PT-PSDB mas, ela erra, ela peca ao tentar emplacar esta imagem de um político novo, ao cercar-se de gente perigosa e das antigas. Um de seus conselheiros da área econômica, André Lara Resende, foi um dos que criou o famigerado "Plano Collor" que confiscou a poupança em 1990. Gianetti é tucano de quatro costados. Ela tem como inseparável "anjo da guarda", Neca, filha do dono do Banco Itaú e seu vice, foi líder do PT na Câmara Federal. Seu discurso é uma confusa peça de idéias onde ela tenta agradar, ser simpática com todos. Até ontem ela era terminantemente contra o casamento gay e foi uma das únicas a apoiar o ridículo e energúmeno pseudo-pastor Marcos Feliciano quando este presidia a Comissão de Direitos Humanos. Pressionada por setores ultra-ortodoxos dessas igrejas evangélicas medievais ela voltou atrás em seu plano de governo sobre o assunto.

Na área do agro-negócio, ela é o próprio demônio na ótica dos fazendeiros por suas idéias extravagantes sobre o meio ambiente, a agricultura, ocupação da Amazônia, etc. Apesar de ter se afastado do PT, até ontem seu marido ocupava cargo de confiança no governo petista dos irmãos Viana, no Acre, com quem ela mantém excelentes relações. Aliás, diga-se passagem que, em sua terra, seu berço político, o Acre Marina ficou em terceiro lugar nas eleições presidenciais de 2010 e, apesar de suas antigas ligações com Chico Mendes, a familia deste afirma não votar nela. Soa estranho isso.

Os neo-marinistas, iludidos, empolgados com esse fervilhante momento, esquecem de um detalhe - Marina não conseguirá, se ganhar o pleito, eleger sequer 20% dos congressistas. Hoje ela prega aquele bom e velho discurso de ética de não trocar cargos por apoio, fazer concessões, barganhar espaços e ministérios. Todos candidatos dizem isso. Lula, antes endemonizava seus opositores, hoje se humilha, se rasteja aos pés de Maluf em troca de votos. Antes, Maluf era um ladrão, hoje...bem hoje, que diferença existe entre Maluf e petistas? Fernando Collor, o então "caçador de marajás", o paladino da ética, o novo, o bom, também elegeu-se pelo insignificante PRN e depois? Depois teve que aceitar o jogo dos caciques da época - Ulisses Guimarães, Paulo Maluf, Antonio Carlos Magalhães, José Sarney, os que de fato mandavam. E o quê aconteceu? Collor tornou-se refém do congresso acabando por ser posto prá fora do cargo. Porquê com Marina seria diferente? Se eleita, ela terá pela frente forte oposição do PMDB, PT e  PSDB. O PMDB adora cargos, seja quem for que estiver governando, logo, Marina, para ver seus projetos e reformas aprovados, terá sim que se dobrar à ânsia desmedida desses partidos no troca-troca por cargos e poder. Em quê ella é nova?!




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