sábado, 22 de outubro de 2016

Eleitor jogou voto no lixo!

O eleitor jogou seu voto no lixo!


Dos 97. 019 votos válidos dados aos vereadores, cerca de 3.284 votos foram literalmente jogados no lixo! Entre os 205 candidatos lançados por 28 partidos políticos em Araçatuba, 65 tiveram menos de 100 votos, ou seja, a maioria desses pretensos candidatos não tiveram capacidade de convencer suas próprias famílias, seus vizinhos, amigos, colegas de trabalho, ou seja, não tiveram  as mínimas condições para postularem uma vaga no legislativo. O votos somados desses candidatos − 3.284 sufrágios, se dados à apenas um desses, certamente elegeria um vereador. É preciso se repensar a política, esse mundo de partidos nanicos, gente sem a mínima expressão, a mínima representatividade, se lançam candidatos de forma a aventurar-se, outros tentados a conseguirem alguns trocados dos candidatos ao executivo, outros agindo de má fé, por absoluto impulso de irresponsabilidade. É preciso principalmente que aqueles que se lançam como candidatos ao executivo, possam refletir se vale a pena essa barganha, esse escambo com esses partidos minúsculos em troca de um apoio, em troca de alguns segundos no horário de rádio e tv. O que se viu em Araçatuba, desde a eleição de Cido Sério (PT) em 2008, foi um verdadeiro festival de  gente mal intencionado fundando partidos políticos para todos os gostos, com o intuito sabidamente, de posteriormente alegar ter "força política" e obter benesses, favores daquele candidato eventualmente eleito para o cargo de prefeito. É uma atitude vergonhosa, alimentar esse ciclo, essa trajetória. Nas costas do atual presidente de partido, negociam-se sabe-se lá quais interesses escusos por baixo do pano, afastam o titular na calada da noite, nomeando-se outro  presidente, um típico fantoche cujo trabalho será monitorado por alguém da confiança daqueles interessados em negociar a sigla. Nos últimos anos foi isso que ocorreu em Araçatuba com o PP, o PDT, o PV, o PSDC, o PSC e outros, cujos presidentes dos diretórios municipais não tiveram tempo de sequer esquentar a cadeira de presidente do partido sendo apeados do poder por autênticas forças ocultas, cheias de más intenções.  No caso do PDT foi vergonhosa a situação. Foi um troca-troca de presidente de forma tão rápida que ninguém na cidade sabia quem era o presidente de fato e de direito.

No caso do PV, de forma vergonhosa, imoral, anti-ética, o Dr. Alceu Batista, ficou sabendo de seu afastamento pela imprensa. Passado um certo tempo,  marchas e contra-marchas, conversas e mais conversas, foi reconduzido ao cargo, sem muito poder. Na verdade, quem mandava e manda no partido é o vice-presidente. Talvez, a recondução  do Dr. Alceu tenha sido condicionada à esta particularidade. É preciso repensar modelo hoje adotado para se lançar candidatos. Laçam aí pelas ruas, qualquer "zé ruela", qualquer cretino, qualquer "pé-de-chinelo" com o único intuito sobejamente claro destes pobres-diabos servirem com autênticos "bois-de-piranha", para puxarem votos para aqueles com reais chances de se elegerem. No momento do partido que lidera a coligação,  partido do eventual candidato a prefeito que vai patrocinar essas candidaturas, é óbvio que a distribuição de dinheiro, veículo, combustível, material gráfico para a campanha, é totalmente desproporcional! Para aqueles candidatos à reeleição, com reais chances de sucesso, o partido oferece muito mais do que para esses pobres coitados, arrastados, seduzidos com discursos febris das possibilidades que sabem realmente impossíveis. É um enganando o outro. Está na hora dos partidos escolherem  com bastante antecedência os possíveis candidatos, irem instruindo estes, oferecendo cursos, capacitação,etc. É hora dos partidos agirem com mais honestidade, com ética e não como o fazem atualmente, ludibriando, induzindo  esses  incautos ao erro. É hora se de pensar na extinção de muitos pseudos-líderes partidários e esses famigerados partidos de aluguel, com o único interesse pessoal em obter cargos na administração municipal. Os números sobre esses  tantos candidatos que obtiveram menos de 100 votos, demonstram que o eleitor é levado a jogar literalmente seu voto no lixo, no afã de atender um candidato sabidamente sem mínimas condições de participar de um pleito dessa natureza. Por conta da rigidez da legislação eleitoral em vigor, tudo foi proibido nessa campanha. O candidatos desconhecidos foram ignorados, receberam pouco apoio dos partidos, servindo apenas de puxadores de votos. Mas nem prá isso, serviram!    

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