O eleitor jogou seu voto no lixo!
Dos 97. 019 votos válidos
dados aos vereadores, cerca de 3.284 votos foram literalmente jogados no lixo!
Entre os 205 candidatos lançados por 28 partidos políticos em Araçatuba, 65 tiveram
menos de 100 votos, ou seja, a maioria desses pretensos candidatos não tiveram capacidade
de convencer suas próprias famílias, seus vizinhos, amigos, colegas de
trabalho, ou seja, não tiveram as mínimas
condições para postularem uma vaga no legislativo. O votos somados desses
candidatos − 3.284 sufrágios, se dados à apenas um desses, certamente elegeria
um vereador. É preciso se repensar a política, esse mundo de partidos nanicos,
gente sem a mínima expressão, a mínima representatividade, se lançam candidatos
de forma a aventurar-se, outros tentados a conseguirem alguns trocados dos
candidatos ao executivo, outros agindo de má fé, por absoluto impulso de
irresponsabilidade. É preciso principalmente que aqueles que se lançam como
candidatos ao executivo, possam refletir se vale a pena essa barganha, esse
escambo com esses partidos minúsculos em troca de um apoio, em troca de alguns
segundos no horário de rádio e tv. O que se viu em Araçatuba, desde a eleição
de Cido Sério (PT) em 2008, foi um verdadeiro festival de gente mal intencionado fundando partidos políticos
para todos os gostos, com o intuito sabidamente, de posteriormente alegar ter
"força política" e obter benesses, favores daquele candidato eventualmente
eleito para o cargo de prefeito. É uma atitude vergonhosa, alimentar esse
ciclo, essa trajetória. Nas costas do atual presidente de partido, negociam-se
sabe-se lá quais interesses escusos por baixo do pano, afastam o titular na
calada da noite, nomeando-se outro presidente, um típico fantoche cujo trabalho
será monitorado por alguém da confiança daqueles interessados em negociar a
sigla. Nos últimos anos foi isso que ocorreu em Araçatuba com o PP, o PDT, o PV,
o PSDC, o PSC e outros, cujos presidentes dos diretórios municipais não tiveram
tempo de sequer esquentar a cadeira de presidente do partido sendo apeados do
poder por autênticas forças ocultas, cheias de más intenções. No caso do PDT foi vergonhosa a situação. Foi
um troca-troca de presidente de forma tão rápida que ninguém na cidade sabia
quem era o presidente de fato e de direito.
No caso do PV, de forma
vergonhosa, imoral, anti-ética, o Dr. Alceu Batista, ficou sabendo de seu
afastamento pela imprensa. Passado um certo tempo, marchas e contra-marchas, conversas e mais
conversas, foi reconduzido ao cargo, sem muito poder. Na verdade, quem mandava
e manda no partido é o vice-presidente. Talvez, a recondução do Dr. Alceu tenha sido condicionada à esta
particularidade. É preciso repensar modelo hoje adotado para se lançar
candidatos. Laçam aí pelas ruas, qualquer "zé ruela", qualquer
cretino, qualquer "pé-de-chinelo" com o único intuito sobejamente
claro destes pobres-diabos servirem com autênticos "bois-de-piranha",
para puxarem votos para aqueles com reais chances de se elegerem. No momento do
partido que lidera a coligação, partido
do eventual candidato a prefeito que vai patrocinar essas candidaturas, é óbvio
que a distribuição de dinheiro, veículo, combustível, material gráfico para a
campanha, é totalmente desproporcional! Para aqueles candidatos à reeleição,
com reais chances de sucesso, o partido oferece muito mais do que para esses
pobres coitados, arrastados, seduzidos com discursos febris das possibilidades
que sabem realmente impossíveis. É um enganando o outro. Está na hora dos
partidos escolherem com bastante antecedência
os possíveis candidatos, irem instruindo estes, oferecendo cursos, capacitação,etc.
É hora dos partidos agirem com mais honestidade, com ética e não como o fazem
atualmente, ludibriando, induzindo esses
incautos ao erro. É hora se de pensar na extinção de muitos pseudos-líderes
partidários e esses famigerados partidos de aluguel, com o único interesse
pessoal em obter cargos na administração municipal. Os números sobre esses tantos candidatos que obtiveram menos de 100
votos, demonstram que o eleitor é levado a jogar literalmente seu voto no lixo,
no afã de atender um candidato sabidamente sem mínimas condições de participar
de um pleito dessa natureza. Por conta da rigidez da legislação eleitoral em
vigor, tudo foi proibido nessa campanha. O candidatos desconhecidos foram
ignorados, receberam pouco apoio dos partidos, servindo apenas de puxadores de
votos. Mas nem prá isso, serviram!
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