90% dos vereadores foram reeleitos!
Em 11 de setembro apontávamos as possibilidades de reeleição e acertamos a maioria bem como dos novatos.
Depois do rescaldo do resultado eleitoral em Araçatuba, as
urnas indicaram aquilo que já mostrávamos há meses – a renovação entre os vereadores atuais
não seria expressiva como alguns setores políticos defendiam. As dificuldades e
limitações impostas pela nova legislação eleitoral tornou a vida dos candidatos
novatos muito difícil. Tempo exíguo para exposição no rádio e TV, falta de
estrutura, dinheiro e logística, favoreceram aqueles que ocupam o cargo no
legislativo, já possuem um nome bastante conhecido, uma rede de contatos e
apoiadores mais eficaz e, experiência para conduzir uma campanha eleitoral
bastante concorrida. No dia 11 de setembro neste blog escrevemos sobre isso e
apontamos os nomes dos vereadores com reais chances de serem reeleitos, os
novatos e a correlação de forças orientada pelas coligações adotadas. Os
números revelaram que nossas projeções foram além daquilo que imaginávamos,
ampliando o quadro para cerca 90% da reeleição, ou seja, dos 10 vereadores que
se candidataram à reeleição, 9 conseguiram retornar, apenas o Cabo Claudino
ficou de fora. Também acertamos praticamente em cheio os nomes dos novatos, com
exceção de Denilson Pichitelli e Almir Lima, que, em nossas conversas por aí,
não apareciam com relevância.
Fonte: Folha da Região
Mas, a eleição do Dr. Salatino, Zanata e Dr. Alceu não nos
surpreendeu. Assim como a volta de Dunga. A nova composição da Câmara de
Araçatuba (ver foto), à nosso ver, melhorou excepcionalmente de nível, se levarmos
em conta a formação superior da maioria dos candidatos. Também, melhorou do
ponto de vista da laicidade do Estado, ao nos livrar de candidatos do segmento
evangélico cuja atuação é marcada por desejarem transformar a tribuna do
legislativo num púlpito religioso. Só resta agora um vereador com coragem suficiente
para alterar o regimento interno pondo fim à essa estupidez de se ler a bíblia
no inicio das sessões, afinal, ali é uma casa legislativa, não secular com a
finalidade constitucional de discutir leis, projetos de interesse do povo como
um todo e não envolver-se em assuntos religiosos segundo determina o Artigo 19
da Constituição Federal. Aliás, os evangélicos se engalfinharam na disputa com
tantos representantes – bispo, pastor, pastora, apóstola, presbítero etc. que
acabaram morrendo todos num autêntico abraço de afogados, não elegendo nenhum.
Em tese, a virtual oposição terá maioria. Isso não será nada
bom para o novo prefeito que terá pela frente ferrenha barreira de vereadores
que não morrem de amores pelo prefeito eleito, jogando assim por terra, as
promessas de campanha, os sonhos irrealizáveis gerando logo nos primeiros meses
da administração, alguma decepção por parte do eleitor que se deixou levar
pelos sonhos e promessas mirabolantes. Dunga, Dr. Jaime, Profº. Claudio,
Beatriz, Batata, Pichitelli não escondem de ninguém verdadeira raiva, mágoas de
velhos tempos do novo prefeito e, certamente vão utilizar essa força da mesma
forma que os atuais vereadores de oposição fizeram com Cido Sério nos últimos
meses, criando toda dificuldade, impedindo o gestor de levar à cabo suas pretensões.
É esperar prá ver. Pichitelli foi agredido, ofendido em debate, quando o novo
prefeito afirmou que “não vai conversar com sindicato...”! Pode-se antever tempestade
na já difícil relação entre o executivo e o SISEMA, presidido por Denilson
Pichitelli. Ou seja, o novo prefeito não terá vida fácil.
Sobre o pleito em si, pouco a acrescentar. Democracia
pressupõe-se o respeito à decisão das urnas, mesmo discordando. Não há o que se
analisar. O candidato derrotado, Luis Fernando da Lomy, sofreu pesados ataques
sórdidos, infames, mais de 30 ações na Justiça Eleitoral, acusações levianas,
irresponsáveis e infundadas muitas das quais consideradas improcedentes, numa
clara demonstração da tentativa de se tumultuar o processo eleitoral desviando-se
o foco, o cerne da campanha em si. Mas, há que se respeitar a vontade do povo
manifestada nas urnas. A eleição transcorreu na mais perfeita ordem pública, registrando-se
pequenos incidentes mas nada que perturbasse o clima de harmonia e da paz
pública. O resultado saiu rapidamente,
mostrando mais uma vez a eficiência das urnas eletrônicas, coroando-se com
êxito a democracia brasileira. O povo demonstrou amadurecimento,
responsabilidade cívica e acima de tudo elevado senso patriótico,
comportando-se de forma respeitosa nas filas, votando e expressando o clamor
das vozes roucas das ruas.
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