segunda-feira, 3 de outubro de 2016

90% dos vereadores foram reeleitos!

90% dos vereadores foram reeleitos!

Em 11 de setembro apontávamos as possibilidades de reeleição e acertamos a maioria bem como dos novatos. 

Depois do rescaldo do resultado eleitoral em Araçatuba, as urnas indicaram aquilo que já mostrávamos há meses a renovação entre os vereadores atuais não seria expressiva como alguns setores políticos defendiam. As dificuldades e limitações impostas pela nova legislação eleitoral tornou a vida dos candidatos novatos muito difícil. Tempo exíguo para exposição no rádio e TV, falta de estrutura, dinheiro e logística, favoreceram aqueles que ocupam o cargo no legislativo, já possuem um nome bastante conhecido, uma rede de contatos e apoiadores mais eficaz e, experiência para conduzir uma campanha eleitoral bastante concorrida. No dia 11 de setembro neste blog escrevemos sobre isso e apontamos os nomes dos vereadores com reais chances de serem reeleitos, os novatos e a correlação de forças orientada pelas coligações adotadas. Os números revelaram que nossas projeções foram além daquilo que imaginávamos, ampliando o quadro para cerca 90% da reeleição, ou seja, dos 10 vereadores que se candidataram à reeleição, 9 conseguiram retornar, apenas o Cabo Claudino ficou de fora. Também acertamos praticamente em cheio os nomes dos novatos, com exceção de Denilson Pichitelli e Almir Lima, que, em nossas conversas por aí, não apareciam com relevância.
Fonte: Folha da Região

 Mas, a eleição do Dr. Salatino, Zanata e Dr. Alceu não nos surpreendeu. Assim como a volta de Dunga. A nova composição da Câmara de Araçatuba (ver foto), à nosso ver, melhorou excepcionalmente de nível, se levarmos em conta a formação superior da maioria dos candidatos. Também, melhorou do ponto de vista da laicidade do Estado, ao nos livrar de candidatos do segmento evangélico cuja atuação é marcada por desejarem transformar a tribuna do legislativo num púlpito religioso. Só resta agora um vereador com coragem suficiente para alterar o regimento interno pondo fim à essa estupidez de se ler a bíblia no inicio das sessões, afinal, ali é uma casa legislativa, não secular com a finalidade constitucional de discutir leis, projetos de interesse do povo como um todo e não envolver-se em assuntos religiosos segundo determina o Artigo 19 da Constituição Federal. Aliás, os evangélicos se engalfinharam na disputa com tantos representantes bispo, pastor, pastora, apóstola, presbítero etc. que acabaram morrendo todos num autêntico abraço de afogados, não elegendo nenhum.

Em tese, a virtual oposição terá maioria. Isso não será nada bom para o novo prefeito que terá pela frente ferrenha barreira de vereadores que não morrem de amores pelo prefeito eleito, jogando assim por terra, as promessas de campanha, os sonhos irrealizáveis gerando logo nos primeiros meses da administração, alguma decepção por parte do eleitor que se deixou levar pelos sonhos e promessas mirabolantes. Dunga, Dr. Jaime, Profº. Claudio, Beatriz, Batata, Pichitelli não escondem de ninguém verdadeira raiva, mágoas de velhos tempos do novo prefeito e, certamente vão utilizar essa força da mesma forma que os atuais vereadores de oposição fizeram com Cido Sério nos últimos meses, criando toda dificuldade, impedindo o gestor de levar à cabo suas pretensões. É esperar prá ver. Pichitelli foi agredido, ofendido em debate, quando o novo prefeito afirmou que “não vai conversar com sindicato...”! Pode-se antever tempestade na já difícil relação entre o executivo e o SISEMA, presidido por Denilson Pichitelli. Ou seja, o novo prefeito não terá vida fácil.

Sobre o pleito em si, pouco a acrescentar. Democracia pressupõe-se o respeito à decisão das urnas, mesmo discordando. Não há o que se analisar. O candidato derrotado, Luis Fernando da Lomy, sofreu pesados ataques sórdidos, infames, mais de 30 ações na Justiça Eleitoral, acusações levianas, irresponsáveis e infundadas muitas das quais consideradas improcedentes, numa clara demonstração da tentativa de se tumultuar o processo eleitoral desviando-se o foco, o cerne da campanha em si. Mas, há que se respeitar a vontade do povo manifestada nas urnas. A eleição transcorreu na mais perfeita ordem pública, registrando-se pequenos incidentes mas nada que perturbasse o clima de harmonia e da paz pública. O resultado saiu  rapidamente, mostrando mais uma vez a eficiência das urnas eletrônicas, coroando-se com êxito a democracia brasileira. O povo demonstrou amadurecimento, responsabilidade cívica e acima de tudo elevado senso patriótico, comportando-se de forma respeitosa nas filas, votando e expressando o clamor das vozes roucas das ruas.


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