Araçatuba: Tempos difíceis estão por vir!

Araçatuba: Tempos difíceis estão por vir!

Foto: Angelo Cardoso (AG)

Faltando aí cerca de 14 meses para o fim do governo Cido Sério (PT), as expectativas para se atravessar esse negro período, se mostram incertas e nada agradáveis não só para o prefeito em si como para a cidade. Hoje, o chefe do Executivo já passa por momentos difíceis que tendem a piorar consideravelmente nos próximos meses dando mostras que seu sucessor receberá em 2017, uma herança maldita e exigirá do novo alcaide muita capacidade administrativa, jogo de cintura, boa sustentação no legislativo e excelente relações não só em São Paulo como também em Brasília. É um aviso aos eventuais postulantes ao cargo, para que analisem bem com suas equipes de trabalho, suas famílias e seus partidos, pois o horizonte em 2016 não será nada favorável. Hoje o prefeito Cido Sério já anuncia não ter recursos para dar um reajuste ao funcionalismo municipal cuja data-base foi em 1º. de maio e pelo andar da carruagem, essa possibilidade de levantar recursos vai se arrastar, se prolongar por mais alguns meses. Alega uma queda na arrecadação, compartilhada com a exigüidade de verbas oriundas de Brasília cujo governo federal hoje envolvido em inúmeros escândalos de corrupção, a baixa atividade econômica, um rombo nas contas federais que impede qualquer ajuda ao Município.

No plano doméstico, o prefeito já vem enfrentando há alguns meses, substancial falta de medicamentos nas unidades básicas de saúde, falta de pagamento aos laboratórios que atendem aos convênios de exames, além de greve de anestesistas que tende a se agravar agora com uma greve geral a ser convocada pelo SISEMA diante da dificuldade de um entendimento para o reajuste salarial. Sem maioria parlamentar no legislativo municipal desde o retorno do vereador Rosaldo Oliveira, o prefeito Cido Sério vem sofrendo reveses seguidos e até a aprovação do orçamento de 2016 ainda está complicado por conta da recusa na aprovação da LDO em junho passado, criando um vazio fiscal, deixando o Executivo de mãos atadas em relação a tomar medidas para fazer frente a aumentar a arrecadação. Agora para piorar ainda mais o humor da população há sinais de que uma greve dos coletores de lixo se aproxima deixando o Executivo com poucas alternativas para resolver a questão salarial num curto espaço de tempo.

O prefeito Cido Sério, desde o início deste segundo mandato deu início à construção de várias unidades básicas de saúde contando sempre com a boa vontade do governo federal, mas, após as eleições marcadas pelo maior estelionato eleitoral da história política deste país, fato este hoje reconhecido até pelo ex-presidente Lula que, discursando numa plenária do PT admitiu que para ganhar as eleições usaram um discurso que teve que ser mudado após a posse e que “a presidente Dilma teve que fazer aquilo que diziam na campanha que não fariam” , ou seja, Lula reconheceu que mentiram, ludibriaram para ganhar o pleito. Agora, a fonte secou e Araçatuba, a exemplo de estados e municípios, amarga uma falta de dinheiro para fazer frente aos compromissos. Cido Sério vai ter enormes dificuldades para atravessar esse período dos próximos meses. Vão acirrar as críticas pelo aumento da buraqueira nas ruas da cidade, já há uma grita geral contra o péssimo estado de conservação de praças, ruas, avenidas. A população ataca o prefeito também em relação à chamada “Zona Azul”, no centro da cidade.

Não faltam críticas e o bombardeio será grande contra a administração petista. O que não faltam são péssimas notícias para o prefeito de Araçatuba, respondendo há inúmeros processos na justiça por improbidade administrativa e um gigantesco rombo de R$ 15 Milhões relativos a um escândalo envolvendo aquele que foi a “menina dos olhos” do prefeito, o projeto do Estaleiro do Rio Tietê que se transformou no maior fiasco, passados quase três anos não colocou no Rio Tietê uma só das barcaças previstas e desempregou um sem-número de trabalhadores. Dependendo de verbas da Petrobrás, hoje atolada em dívidas e num imenso escândalo de corrupção, não se pode esperar muita coisa. Até a sucessão de Cido Sério está comprometida. O PT local não dispõe de um nome capaz de enfrentar as eleições tendo em vista, o partido estar manchado nacionalmente, atolado num imenso pântano de lama da corrupção, que querendo ou não respinga em Araçatuba. É duvidosa a caminhada dos petistas até o pleito, que com esse enorme desgaste, tende a perder quadros e aliados de hoje podem abandonar o grupo liderado por Cido Sério.

O PT age como uma colônia de cupim destruindo tudo!

O mal que o PT representa!

Tal qual um ovo de serpente, o PT representa o cenário da destruição, da bancarrota, da calamidade. Esse partido que mais se assemelha a uma organização criminosa, aparelhou-se de tal forma com uma capilaridade que atinge desde os mais remotos rincões deste país, até as instituições mais sólidas e respeitáveis como o Supremo Tribunal Federal, o Tribunal de Contas da União, o Superior Tribunal de Justiça, a Procuradoria Geral da República, a Advocacia Geral da União, o Senado Federal, a Câmara dos Deputados Federais, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico, Petrobrás, Correios, etc. Desde o governo Lula, o PT se preocupou em ocupar estrategicamente espaços na administração federal em todos os níveis e instâncias, com um projeto de perpetuação no poder, nomeando ministros nos tribunais superiores, em cargos de relevância, tudo com a finalidade de garantir com seu objetivo estabelecido no “Fôro de São Paulo”. O ministro Gilmar Mendes, um dos poucos que não come na mão do governo, afirmou que “o PT tomou providências de juntar dinheiro para manter-se no poder até 2038”! O escândalo do “Mensalão” e agora do “Petrolão” colocou um freio nessas pretensões ao vir ao público toda essa enxurrada de denúncias envolvendo altos figurões e cardeais do partido.

Lula só indicou e apoiou Dilma Rousseff à sua sucessão porque Zé Dirceu caiu em desgraça política, mas o nome preparado há tempos para sucedê-lo era Dirceu. Depois vieram casos tenebrosos ainda não esclarecidos como a morte dos prefeitos petistas, o Toninho do PT e Celso Daniel. As famílias deles e as evidências indicam que o PT tinha interesse na morte desses personagens que ousaram desafiar os poderosos da agremiação. Depois, inúmeros outros escândalos expuseram as entranhas do partido e as centenas de processos, inquéritos abertos posteriormente vieram desaguar na “Operação Lava-Jato”, chegaram próximas de Lula. O partido passa por sua pior fase na história, sendo questionado por petistas históricos que não concordam com este estado de coisas. Isso tem provocado uma verdadeira “diáspora” em nível nacional. Saiu Marta Suplicy e Paulo Pahim arruma as malas. Só no estado de São Paulo, 69 prefeitos abandonaram a canoa furada que faz água. Lula tenta percorrer o país em busca de sanear, reorganizar as forças de apoio, mas encontra gatos-pingados nos aeroportos e platéias vazias.

O PT age como um câncer maligno. Sem ser percebido vai tomando conta de um corpo, consumindo as entranhas e causando danos fatais. É pior que uma colônia de cupim, que ao ser descoberta já provocou um dano considerável. O PT age com certo fundamentalismo, se aliou às piores nações do mundo, ditadores sanguinários são tratados como heróis e recebidos com tapete vermelho. A Venezuela sangra com um governo despótico, tirânico que levou a economia ao chão, persegue os opositores, a imprensa livre, fecha estações de TV e jornais, prende injustamente políticos adversários e o PT se fecha no mais completo silêncio e finge não ver o que ocorre. Apóia a ditadura sanguinária dos irmãos Castro em Cuba, tendo desviado para lá, bilhões do sofrido povo brasileiro. Apóia o governo boliviano que por meio de manobras ilegais se mantém no poder. Apóia a Argentina governada por uma pilantra, uma enganadora cujas práticas são iguais às dos petistas. Enfim, o PT destruiu as tradições de nossa política exterior, jogando o Brasil num patamar das piores nações do mundo.

Os métodos que o PT adota em relação às práticas políticas que deveriam ser marcadas por um elevado espírito republicano, são abomináveis. Agora, o governo do PT transformou o Palácio do Planalto num famigerado balcão de negócios espúrios, numa feira onde se vende e compra apoio no congresso em troca de cargos na administração pública. O PT faz qualquer negócio para, desesperadamente se manter no poder. Esse embate entre Eduardo Cunha (PMDB) e Dilma Rousseff (PT), consome as forças da economia, desgasta o país, deixa um quadro de instabilidade política e social causando seriíssimos danos à nação. Mas para o PT o que importa é o poder pelo poder. Ganhou uma eleição na base do verdadeiro estelionato eleitoral com mentiras, falsas verdades, manipulação de informações oficiais do IBGE, do IPEA. O negócio era ganhar, custasse quanto custasse. O PT irresponsavelmente desviou bilhões de bancos oficiais para cobrir rombos com dinheiro usado para comprar a vitória eleitoral. Este é o PT, que causa um mal, causa um dano irreparável ao país. É um câncer a ser extirpado enquanto há tempo. 

Vereadores de Araçatuba prestam homenagem ao presidente do TJ, de forma indevida. Ele engavetou o projeto da construção do anexo do fórum, portanto não merece o título!

Vereadores prestam homenagem indevida!

A Câmara de Araçatuba, por unanimidade de votos, aprovou o Projeto de Decreto Legislativo nº. 15/15 de autoria da vereadora Tieza (PSDB), concedendo o título de “Cidadão Araçatubense”, ao presidente do Tribunal de Justiça de S. Paulo, José Renato Nalini, segundo as justificativas, “pelos relevantes serviços prestados ao Judiciário...”, etc. etc. etc. Como sempre, são vazios, inócuos os motivos que levam os vereadores a aprovarem esta distinção o que a torna algo inútil, desvalorizado, sem mérito. Dizer que Nalini prestou relevantes serviços ao Judiciário em si, é muito vago. Ele, em muitas de suas atribuições, o faz por dever constitucional e não são dignos de serem considerados “relevantes”. Afinal, o quê vem a ser relevante aos olhos de nossos vereadores? Com toda certeza, se os vereadores entendem como relevantes, certamente não o é aos olhos do povo. Já dissemos e é bom lembrar que a edilidade araçatubense consome mais de R$ 1.600.000,00 de forma inútil. Os vereadores pouquíssimos fazem para merecer o alto salário que recebem, aliás, a própria vereadora Tieza afirmou em plenário que ali “tem vereador que não vale R$ 10,00” !

Agora, desconhecemos quais são esses “relevantes” serviços prestados pelo Dr. Nalini, mas sabemos de pelo menos um “relevante desserviço” por ele prestado. É bom aclarar a mente dos vereadores, lembrando que em 2013, o ex-presidente do TJ, Ivan Sartori, havia acertado com o prefeito Cido Sério (PT), que após a implosão do velho prédio do “Hospital Modelo”, o que de fato ocorreu exatamente há dois anos, o TJ iria começar a construção do prédio anexo do fórum, tema este ratificado no dia da implosão, aquela festa armada pelo prefeito e tal era a importância do evento, que o vice-presidente do TJ estava em Araçatuba e, para a imprensa deixou claro que as obras teriam inicio em janeiro de 2014. O Dr. Nalini assumiu em 2014 e, alegando falta de verbas, engavetou o projeto e o terreno está lá, abandonado, o Município não sabe o que fazer, e tudo voltou à estaca zero. Seria este o relevante serviço prestado? A iniciativa da vereadora Tieza é mais uma das atitudes demagógicas, pueris, e até irresponsáveis desses vereadores em insistir, em plena crise, fazer festa com o chapéu alheio. Lógico que haverá uma sessão solene, discursos falsos, mentirosos, pura bajulação, paparicação, rasgação de seda que em nada acrescenta na vida da população. Geralmente nessas cerimônias que o povão nunca participa, há um coquetel, talvez um jantar pago com dinheiro público para agradar o homenageado.

Entendemos que o Dr. José Renato Nalini não fez nada para Araçatuba, para merecer esta honraria, esta homenagem. Virou um lugar comum isso. Qualquer pé-de-chinelo recebe esse diploma. Isso precisa acabar! O título de “Cidadão Araçatubense” precisa ser mais bem avaliado e o escolhido precisa ter de fato feito algo em prol do povo, da cidade. Nada de dar título por compadrio, por interesse político-eleitoral, por pura bajulação. São cada homenagens que se prestam que não tem sentido. Alguém sabe quem foi Hilda Mandarino? Sabe o quê ela foi ou fez para receber o nome num dos mais importantes bairros da cidade?! Com certeza ninguém saberá. Essa “ilustre desconhecida” era apenas a mãe do Sr. Paulo Mandarino, ex-presidente da Caixa Federal. À época, os vereadores, para caírem nas boas graças do figurão, conseguirem algum tipo de favor, ou mesmo os recursos para a criação do bairro, resolveram “homenagear” a mãe do cidadão. É assim que agem os políticos, sempre com intenções nada republicanas.

Nesse sentido, enviamos uma carta diretamente ao Dr. José Renato Nalini, inquirindo-o sobre esses “relevantes serviços”. Perguntamos também se ele se acha digno da honraria e pedimos para ele declinar e não vir a Araçatuba receber uma homenagem indevida. Esperamos que a vereadora Tieza possa nos convencer de onde tirou essa malfadada idéia, diga quais são e onde estão esses “relevantes serviços prestados”, caso contrário, somos capazes de acionar o Ministério Público e ingressarmos com uma Ação Pública para anular o ato da Câmara. É uma vergonha, um escândalo que esses vereadores mesmo em tempo de crise que eles próprios criam, ainda encontrem tempo para gestos de bajulação gratuita que em nada acrescentam à vida do sofrido povo de Araçatuba. Quando defendemos a diminuição do salário desses vereadores, são por iniciativas nefastas como estas, que apenas servem para torrar dinheiro público com festas inúteis e dispensáveis. Além disso, em quê esse título acrescentaria à biografia do Dr. Nalini? Demagogia? Hipocrisia?

Em S.P. já foram mortos por bandidos, mais de 50 policiais em serviço ou surpreendidos em casa ou na rua. Não se vê nenhum movimento desses tais defensores dos direitos humanos em relação ao policial ou sua família.

Bandido bom é bandido morto!

Semana passada foi divulgada uma pesquisa nacional que indicou que 53% dos entrevistados diziam que “bandido bom é bandido morto”. Não é de hoje que esta frase permeia setores da sociedade brasileira desalentada com a triste realidade da situação dos crimes no Brasil. Sem dúvida, não resta alternativa ao povo em pensar desta forma diante de uma polícia desaparelhada, desarmada, acuada que se sente coagida em agir, em combater o crime. Nos últimos anos, os legisladores brasileiros seguindo a ótica dessa política nefasta de defesa de direitos humanos, fez com que se abrandassem as penas, facilitou-se a saída dos condenados, criou-se uma odiosa indústria de recursos sob a alegação de se esvaziar as cadeias, reeducar os presos, etc. A antiga FEBEM virou Fundação Casa, uma verdadeira universidade do crime, onde reeducar é a última coisa que de fato acontece. Grupos de defensores de direitos de presos, ligados a partidos de esquerda, conseguiram alterar leis penais duras, fazendo com que hoje o Código Penal seja visto, mais como um livro de ensinamentos sociais, do que de fato, um aplicativo da lei penal dura como o crime o exige.

Antigamente o condenado preso cumpria integralmente sua pena. Aí esses defensores de bandidos inventaram as tais reduções da pena, conversões de regime fechado para regime semi-aberto, aberto, etc. Antes, o criminoso apodrecia no cárcere, o bandido tinha medo de ser preso, pois sabia que a cana seria dura, implacável. Hoje, cometem os piores crimes contra a sociedade, assassinam famílias inteiras para roubar, o sujeito não vai preso, se vai logo é solto pelas facilidades que as leis hoje apresentam. Os julgamentos demoram, prescrevem e tudo acaba em nada. Neste país hoje cheio de direitos e poucos deveres, ninguém vai preso. Um sujeito bêbado, dirigindo um carro em altíssima velocidade, mata uma, duas ou mais pessoas no trânsito, se recusa a fazer o teste do bafômetro, é levado numa delegacia, é arbitrada uma fiança e ele sai tranquilamente para curar sua ressaca em casa enquanto famílias vão chorar seus mortos. O crime virou uma banalização, algo corriqueiro. O bandido, o criminoso ri da polícia, ri da sociedade. Tem a certeza da impunidade, da “cobertura” da lei. Políticos canalhas como o ex-senador petista Suplicy dedicaram à vida na defesa de meliantes, de criminosos em nome de suposta garantia da dignidade humana.

Em São Paulo, só este ano, já foram mortos por bandidos, mais de 50 policiais em serviço ou surpreendidos em casa ou na rua. Não se vê nenhum movimento desses tais defensores dos direitos humanos em relação ao policial ou sua família. Quando um policial mata um bandido, a imprensa faz o maior estardalhaço, constrange o PM que é afastado de seu posto e responde a inquérito administrativo. Assim, o militar trabalha acuado, constrangido em não melindrar setores da mídia que banaliza e defende criminoso. A questão social da criminalidade é claro, deve ser levada em conta. No Brasil criou-se o mito que só se mata pretos, pobres ou putas, gente marginalizada da sociedade, uma herança maldita do sistema escravocrata, dívida esta que a sociedade brasileira é credora dos afro-descendentes e é impagável. Mas é preciso deixar claro que o fato de ser preto pobre não é uma condição para alguém se tornar delinqüente, criminoso. As oportunidades de ascensão social existem claro, tem limitações, mas não justifica que determinada pessoa se tornou criminoso por não ter tido oportunidades.

Defendemos a dureza da lei. Defendemos que o Código Penal seja alterado e os crimes sejam penalizados com mais rigor. Se acabe com essas tais “saidinhas temporárias”, mude-se o CPC dificultando recursos e outras benesses. Só o endurecimento da lei, das penas reduzirá a criminalidade. É uma doce ilusão achar que esses jovens levados para a Fundação Casa vão mudar melhorar de vida, pelo contrário, sairão de lá diplomados, “doutores” em “criminologia”. Não consertam e devem pagar seus crimes como adultos. Preso é preso e deve apodrecer na prisão durante toda a pena a ele aplicada pelo juiz. Não vemos outra forma. Hoje, o cidadão de bem vive prisioneiro em sua casa, cercado por grades, câmeras, cercas elétricas, alarmes enquanto que o criminoso está livre, leve e solto para agir na certeza da impunidade. E vamos mais longe – este desejo da sociedade de que bandido bom é bandido morto, corresponde à realidade. Infelizmente, os políticos em Brasília atolados na corrupção, não enxergam esta manifestação. A pena de morte já deveria estar na pauta das discussões dos legisladores. Pelo menos, ajudaria a esvaziar os presídios. 

O que existe é uma enorme demagogia, uma hipocrisia por parte daqueles que dizem apoiar, apenas para parecerem “bonzinhos” diante do eleitorado, ficarem “bem na fita” segundo o dito popular.

Da demagogia à hipocrisia!

Participamos recentemente do movimento “Pela Redução dos Salários dos Vereadores de Araçatuba”. Realizamos uma reunião na sede da OAB onde apenas algumas poucas almas compareceram. Nas redes sociais vemos centenas de pessoas “confirmarem” presença, gritarem, incentivarem, apoiarem, enaltecerem o movimento, mas a realidade é bem outra. Todo mundo, sentado diante de um computador fica valente, bravo, corajoso, disposto a tudo! Mas... A covardia, a omissão, o descaso é a marca indissociável do brasileiro. Não é à toa que estamos nessa merda, nessa situação. Se é uma coisa que não temos, é a coragem necessária para lutarmos por nossos direitos. Nem de longe temos a coragem dos gregos, franceses, ingleses, espanhóis que saem às ruas, enfrentam a polícia, apanham, dão porradas e lutam por aquilo que acreditam. Nós brasileiros, ficamos “deitados em berço esplêndido” vendo cada dia a situação do país piorar. Nada, absolutamente nada fazemos.  O inferno está cheio de gente com boas intenções, gente que “queria”, “gostaria” de fazer, mas não fez!

Cinco vereadores da Câmara Municipal de Araçatuba – Arlindo Araújo, Edna Flor, Carlinhos Santana, Dr. Nava e Rosaldo Oliveira, em entrevista à FOLHA DA REGIÃO, disseram que apoiavam o movimento. Detalharam que esperariam chegar ao legislativo, um Projeto de Iniciativa Popular. Nenhum se dispôs a assumir a paternidade da iniciativa de apresentar o projeto. Existe entre os vereadores, um espírito corporativista, cartorial. Nenhum quer ficar mal na fita em relação aos demais. Na verdade, o que existe é uma enorme demagogia, uma hipocrisia por parte daqueles que dizem apoiar, apenas para parecerem “bonzinhos” diante do eleitorado, ficarem “bem na fita” segundo o dito popular. No fundo, não tiveram a coragem dos demais de afirmarem categoricamente que são contra o projeto! Claro! Estão defendendo seus interesses, seus direitos. Tentamos ao longo de três semanas, conversar com os tais cinco vereadores. Apenas Rosaldo de Oliveira teve a educação, a gentileza de nos receber. Carlinhos Santana dificilmente é encontrado no gabinete. Deixamos recado, nunca retornou. Edna Flor também não retornou nossa ligação. Dr. Nava recebeu o parceiro Argemiro Santos e fez o mesmo discurso, de que aguardaria a iniciativa popular. Arlindo Araújo, segundo sua assessoria, pouco vai ao gabinete e nos orientou a ir até sua clínica particular. Estivemos lá, o vereador nos viu, mas sequer nos cumprimentou e depois mandou avisar que não nos atenderia naquele momento.

Enfim, ficou claro, que esses vereadores de forma demagógica, hipócrita e covarde não tiveram a coragem dos demais em negar apoio, mas sequer nos receberam. Diante de tal situação, abandonamos o movimento por entendermos que a população de Araçatuba não demonstrou interesse em apoiar a iniciativa, em lutar para reduzir o elevado salário que estes vereadores recebem, segundo a própria vereadora Tieza afirmou, “alguns não valem R$ 10,00”! Se o povo está desinteressado neste tema, não vale à pena continuar a luta, pois esta fase de coletar mais de oito mil assinaturas de eleitores da cidade, será um trabalho insano, difícil, demorado. E para quê? Com certeza depois de protocolado na câmara, certamente terá parecer contrário da assessoria jurídica do legislativo que não analisa segundo o Direito positivo e sim, de acordo com a vontade dos vereadores. Se avançar, certamente não será aprovado em plenário. Daí entendermos inócuo, uma perda de tempo coletar essas assinaturas.

Lamentavelmente, um dos males da democracia é a tal manifestação “soberana” do voto. Pelé afirmou certa vez: “... o brasileiro não sabe votar”! Quase foi queimado em praça pública. Aí, por força constitucional, candidatam-se todo tipo de gente. Analfabetos, pilantras, falsários, mentirosos, desqualificados, bandidos, estelionatários e claro, gente de bem, gente honesta. Em geral, o povo vota naqueles que compram votos, trocam votos por cestas básicas, gasolina, dentadura, bolas, material esportivo e dinheiro. Esta é a realidade do Brasil. Aí o legislativo representa a vontade popular. É o retrato da sociedade sem tirar nem por nada. Como reclamar depois de eleitos? E esta não é uma referência específica de Araçatuba, é o quadro geral deste país. Mais de 54 milhões de eleitores votaram numa mentira, num engodo, numa farsa. Parte desses eleitores trocou o voto por uma casinha, por benefícios oferecidos em troca do voto. Agora estamos aí diante de uma governante desprezada pelo seu próprio partido, vendendo a alma para o diabo em troca de sua permanência no poder, negociando cargos e privilégios com políticos apenas para salvar sua pele diante de um provável impeachment. É o Brasil!