Eleições: Um olhar no horizonte de 2016
Faltando cerca de um ano e meio para o
pleito municipal de 2016, os partidos políticos de Araçatuba se movimentam nos
bastidores, nas conversas de “pé de orelha”, nos bares e pontos de discussão da
vida da cidade. Alguns nomes já conhecidos e calejados noutras eleições,
reaparecem repaginados num verdadeiro balão de ensaio daquilo que poderá
ocorrer em definitivo dentro de um ano, após as convenções municipais
sacramentarem seus candidatos, as eventuais coligações, a briga por espaços no
rádio e TV, e o apoio deste ou daquele grupo político.
Hoje, os nomes mais em evidências
principalmente nas colunas políticas dos jornais da cidade, são: Domingos M.
Andorfato (PSD), Dilador Borges (PSDB), Luiz Fernando A. Ramos (PTB), Cido
Saraiva (PMDB), além do eventual candidato indicado pelo PT (Cidinha Lacerda,
Beatriz Nogueira, Carlos Gabas, Fernando Zar), ainda Rodrigo Andolfato (sem
partido), Sidney Cinti (PTC). Os demais partidos nanicos não se manifestam. O
PSB e o PPS ensaiam se fundir num só, mas tudo leva a crer que indicariam um
vice, possivelmente de Dilador Borges. Ou seja, a eleição municipal poderá ser
disputada entre cinco até sete candidatos.
A situação do PT é difícil em razão do
partido estar mergulhado em inúmeros escândalos em nível nacional, somado a
isto a precária situação do próprio prefeito Cido Sério, que nem tem certeza de
seu destino, mesmo diante da decisão da Justiça Eleitoral em mantê-lo no cargo,
ainda existem outros processos pesando sobre a cabeça do prefeito. Esta
fragilidade gera uma situação de total indecisão sobre o futuro do partido não
só em nível de Araçatuba como no país. O grande beneficiado com este
“imbróglio” é o presidente da Câmara, Cido Saraiva (PMDB), que assumiria, teria
aí pela frente um ano e meio para mostrar serviço e seria o candidato a ser
batido pelos demais. Cido Saraiva foi o vereador mais votado da história
política de Araçatuba (mais de cinco mil votos), mesmo não se elegendo teve
respeitável votação para deputado estadual e tem ampla penetração junto às
classes mais pobres, além de patrocinar inúmeros serviços na área da promoção
social. Diante das incertezas no PT, poderia haver até uma situação inversa, ou
seja, o PT indicaria o vice na chapa de Cido Saraiva, já que o PMDB apoiou o PT
nas duas eleições de Cido Sério.
Dilador Borges (PSDB) marcha para sua
terceira tentativa de chegar ao Palácio da Rodoviária, contudo, este desgaste
petista em nada o beneficia. O candidato tucano desde 2008 vem colecionando
seguidas derrotas e em 2016, o surgimento de nomes como Rodrigo Andolfato e
Luiz Fernando A. Ramos, vão tirar o sono dos tucanos. Andolfato é jovem, bem
articulado, está investindo pesado em publicidade sobre seus negócios
imobiliários, no rádio, TV e jornais. É bom com as palavras, sabe portar-se
diante das câmeras de TV e é um nome novo. Luiz Fernando A. Ramos, como
Andolfato, é engenheiro, transita na mesma área da construção civil e está
“aparecendo” bastante na mídia. Tanto um como outro, vão disputar e tirar votos
da classe média para cima, exatamente os votos de Dilador Borges. Ou seja,
Andorfato, Cinti, Luiz Fernando e Rodrigo Andolfato, vão disputar com Dilador,
os mesmos espaços, os mesmos votos, as mesmas preferências. Esta
particularidade também contribui para fortalecer a candidatura de Cido Saraiva,
do PMDB.
Sidney Cinti e Domingos Andorfato,
foram prefeitos, deixaram história, mas passados tantos anos sem mandato
eletivo, são desconhecidos de grande parcela da população, também tiram votos
de Dilador Borges. O eventual candidato tucano padece também em conseguir
promover uma coligação, com bons nomes puxadores de votos. É bom lembrar que em
2012, Cido Sério conseguiu agregar junto ao seu PT, mais 16 partidos, ao passo
que Dilador Borges, apenas três. Isso tem conseqüências desastrosas no horário
de TV e rádio. O PSDB, além da vereadora Tieza, não dispõe de fortes candidatos
à vereança, além disso, falta ao partido um nome forte e experiente para
coordenar a campanha. Os nomes mais próximos e da confiança de Dilador Borges,
não são da cidade e obviamente estarão preocupados e envolvidos com campanhas
em seus municípios, como Laerte Rocha, ex-prefeito de Nova Luzitânia, Beto
Rebelatto, ex-prefeito de Bilac e Lucas Canga, ex-vereador em Sud Menucci.
Possivelmente não poderão somar esforços na campanha tucana em 2016.
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