Angélica & Luciano Hulk: Somos todos iguais?
Bem nascidos, ricos, famosos e vitoriosos. Podem ser tratados como pessoas comuns?
A semana foi sacudida
pela notícia de um pouso forçado de um avião de pequeno porte, próximo a Campo
Grande (MS), que levava a bordo, os globais Angélica e Luciano Hulk, além dos
três filhos pequenos, duas babás, piloto e co-piloto. Por perícia do condutor
da aeronave que aterrissou de barriga sobre a vegetação e sem baixar o trem de
pouso, nada de grave ocorreu, exceto susto, muita gritaria e leves escoriações.
O fato em si, não traz nenhuma novidade, claro, a diferença é que se tratava de
dois conhecidos nomes do mundo da televisão, que formam um dos casais mais
admirados pelos fãs país a fora. Foi uma intensa movimentação de polícia,
bombeiros, SAMU, o governador do Estado de Mato Grosso do Sul em pessoa,
curiosos e imprensa.
Em Campo Grande, ao
que parece, foram atendidos pelo SUS e tiveram alguns privilégios em detrimento
do povão lá esperando. O próprio chefe do SAMU se ofendeu por terem favorecido
o casal global. Enfim, aconteceu aquilo que parece óbvio – vivemos numa
sociedade onde somos avaliados por aquilo que temos ou não no bolso, pelo
sobrenome, status social, etc. É assim e não vai mudar. Sempre foi assim desde
o início do mundo e por que seria diferente agora. Não vamos jogar pedras na
Angélica e seu marido Luciano Hulk, ambos não furaram a fila nem pediram muito
menos fizeram pressão para serem atendidos, muito menos, creio, não tentaram
corromper funcionários do hospital. É a vida que é assim. Somos regidos por
convenções estabelecidas lá no começo da humanidade. Seria hipocrisia,
leviandade querer que o casal famoso ficasse sentado no meio do povão, daquela
pobreza para serem atendidos! Muitos até criticam o fato das babás não terem
nem seu nomes citados na imprensa, e que o piloto foi atendido num posto de
saúde de bairro, etc. É assim e não vai mudar. Status é status, ponto final.
Nome, nobreza tem quem pode quem tem uma gorda conta bancária! É assim que
funciona nossa sociedade cuja Carta Magna diz que “todos são iguais...”, mas
alguns “são mais iguais que outros”.
Imaginem o Sr. Barack
Obama viajando sentadinho numa poltrona de um avião de carreira, ou mesmo a
presidente Dilma Rousseff. Primeiro não teriam sossego porque o povo ficaria
infernizando a vida deles pedindo autógrafo e querendo tirar fotos. Depois
dessa praga de “selfie”. Pobre é inconveniente, mal educado, grosso. Não
respeita limites, momentos, privacidade. Então, estes fatores é que determinam
a posição de cada um aonde vai se sentar no avião, no teatro, no estádio. É
pelo limite do cartão de crédito que essas situações se processam. Não adianta
ninguém criticar, agredir é assim. Pobre
é pobre, rico é rico. Simples. Vivemos numa sociedade de castas, estamentos,
tribos, grupos. É assim e não tem como mudar, exceto se você se tornar rico,
famoso, vip, global, político. Não há outro caminho.
Antigamente até coisa
dos anos 80, quem tinha po$$e$ comprava um título de “comendador”. Conheci um
tão arrogante que exigiu no talão de cheque antes de seu nome, a palavra “comendador”.
Hoje isso não existe mais e no Brasil os títulos de nobreza foram extintos com
a República, mas alguns soberbos insistem em manter o status. Tem aquela figura
ridícula em São Paulo, o tal Conde Chiquinho Scarpa, que diz ter herdado de
seus ancestrais italianos. Ele vive no puro formol e leva a vida no botox. Perdeu
o senso do ridículo indo nesses programas de quinta categoria da TV,
participando de quadros dantescos e vexatórios. Mas... É o Conde Scarpa! Em
Araçatuba, tivemos aqui uma figura admirada e respeitada na sociedade e no
mundo empresarial, Elisio Gomes de Carvalho, que dizia ser um “comendador”.
Imagine Elisio Gomes de Carvalho numa fila da madrugada na frente do AME ou
NGA. Ele tinha pedigree e uma gorda conta bancária digna de um nobre!
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