sábado, 26 de julho de 2014

"A diplomacia brasileira é irrelevante, é anã!"

                                                                           Não é de hoje que a diplomacia brasileira passa por uma “saia-justa” deplorável que expõe claramente as limitações, as falhas e fraquezas da política exterior brasileira. O governo petista, desde  Lula e alcançando o atual com Dilma Rousseff tomou posições discutíveis, questionáveis e acima de tudo, polêmicas e inócuas. Essa aproximação com governos autoritários, antidemocráticos, verdadeiras ditaduras disfarçadas, colocam em xeque a visão que países mais ricos e influentes têm do Brasil. As relações com o governo ditatorial dos irmãos Castro’s em Cuba, o apoio ostensivo ao regime venezuelano, boliviano, peruano, colombiano e a proximidade com a Rússia, Irã e China, contrapõe os interesses de Washington e seus aliados na Europa. Essa situação agravou-se com a descoberta dos grampos nas comunicações até mesmo da presidente do Brasil, que ater cancelou uma viagem para encontro com o presidente Barack Obama contribuindo assim para um maior distanciamento entre o Brasil e Estados Unidos.

Uma sucessão de erros e trapalhadas cometidas no âmbito do Itamaraty deixaram em situação ridícula figuras importantes das relações exteriores. O Brasil não soube administrar com eficácia e nos termos dos tratados internacionais, aquela situação esdrúxula do asilo diplomático dado ao presidente deposto de Honduras, Zelaya, que refugiou-se na embaixada brasileira naquele país. Quando da invasão das instalações da Petrobrás Na Bolívia, por determinação do governo Evo Morales, o então presidente Lula foi omisso, subserviente e cedeu diante das intimidações e pressões do governo boliviano, contrariando os interesses do Brasil. Mais recentemente, outra trapalhada diplomática foi  a fuga da Bolívia, com lances cinematográficos de um diplomata brasileiro, trazendo escondido num carro oficial da embaixada brasileira, um senador boliviano, sem o devido salvo-conduto, perseguido por Evo Morales. Até hoje, este senador encontra-se escondido no Brasil, sem que o Itamaraty tenha resolvido sua situação, mostrando claramente a incompetência, a incapacidade de gestão dos diplomatas e do próprio governo de Dilma Rousseff.

Lula sempre teve a desmedida e improvável ambição de elevar o Brasil entre os grandes e poderosos, conseguindo para isto, um assento no Conselho de Segurança da ONU. Para tanto, o ex-presidente aproximou-se de diversos governos africanos, tentando cooptar apoio e votos para atender os interesses do governo brasileiro. Não só Lula como Dilma perdoaram bilhões de Reais em dívidas que muitos desses países tinham para com o Tesouro do Brasil. O governo brasileiro fechou os olhos a inúmeros e indesejáveis problemas como as ditaduras africanas, a crise na Líbia e mais recentemente a ocupação vergonhosa da Rússia na península da Criméia, apoderando-se de território ucraniano. Dilma sequer tocou neste assunto com o presidente russo Wladimir Putin em visita ao Brasil, assim como nunca trata de assuntos como governo chinês relativos aos direitos humanos, trabalho escravo e a indevida ocupação do Tibete.

Nem temos nestes governos do PT, um nome respeitável, digno, compatível com a dignidade, o caráter cerimonial de um chanceler. Celso Amorim e Antonio Patriota, dois verdadeiros imbecis, verdadeiros fantoches, pois quem de fato usurpou o cargo foi Marco Aurélio Garcia, uma espécie de “Rasputin” caipira que desde o governo Lula vive se esgueirando pelas salas do Planalto agindo como verdadeiro representante do governo nos assuntos do exterior. Até hoje não se entendem as razões que de fato levaram Lula e Dilma a manterem esse indivíduo sem um cargo definido a agir com mais poder que os ministros de fato. Garcia transita bem entre esses governos latino-americanos e goza da confiança de Lula. É simpático e ideólogo do PT nos assuntos bolivarianos e cubanos. 

Agora, em mais uma trapalhada ridícula, o Brasil se intromete nesta delicada questão envolvendo Israel e os palestinos. Uma questão quase que insolúvel, milenar e que em termos gerais está distante dos interesses brasileiros. Ao tomar posição em favor do grupo terrorista Hamas, o Itamaraty acaba de protagonizar mais um episódio grotesco, surreal e acima de tudo expondo a fragilidade de nossa diplomacia. Ao reagir sobre o fato, a chancelaria israelense reduziu o governo brasileiro à uma condição de deboche ao ridicularizar nossa diplomacia comparando-a como “anã e irrelevante”. Lamentavelmente, os diplomatas de Israel disseram a verdade e complementaram: “Desproporcional é um 7 x 1”. Triste situação que deve constranger os ossos do Barão do Rio Branco! 

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