Política: Nada para comemorar!
A atuação do prefeito e dos vereadores foi medíocre e a população tem pouco a comemorar.
O
ano termina e uma olhada para trás vamos vislumbrar que o mundo político de
Araçatuba pouco ou nada mudou e a população não tem nada a comemorar, pelo
contrário, lamentar a enorme decepção com a eleição do tal casal Dilaflor,
cujas promessas de campanha, mostram-se distante dos sonhos dos mais otimistas
entre os araçatubenses. Para ganhar a eleição, Dilador e Edna Flor mentiram, enganaram,
acenderam uma vela para Deus e outras ao Diabo, pisaram naquilo que de mais
sagrado respeitavam – suas próprias histórias de vida. Dilador, diferentemente
do que pensava antes, fechou acordos espúrios com esses partidinhos nanicos,
trocando votos, apoio político por cargos e outras benesses nada republicanas.
Antes, criticava o ex-prefeito Cido Sério (PT) por conchavos, nomeações de
cargos comissionados. Fez a mesma coisa e decepcionou muitos aqueles que inclusive
o apoiaram. Manteve na administração, gente ligada ao PT, que já mamavam nas
têtas públicas, tudo em nome da troca de favores e votos. Sem critério técnico
algum, Dilador nomeou pessoas desqualificadas em detrimentos de gente com boa
formação acadêmica e profissional. Algumas nomeações se mostraram desastrosas
politicamente nas primeiras horas do governo, conforme se verificou com as
exonerações desgastantes da profª. Marly Garcia e do ex-vereador Nava. Seguiu-se
ainda a queda escandalosa do Dr. Celso D’Alckmin. O prefeito, para atender
interesses escusos ainda nomeou “amigos” de outras cidades.
Este
primeiro ano do governo Dilador foi medíocre, marcado sempre pela desculpa da
falta de dinheiro. Merece destacar as desastrosas aberturas de licitações para
a contratação de nova empresa de transporte público quer acabaram barradas pelo
TCE e não deram em nada. As promessas de ônibus modernos, dotados de ar
condicionado, “wifi”, pontos cobertos e com bancos, além de fraldário,
certamente ficarão no esquecimento. A promessa de mudar a estação rodoviária
também deverá ser deixada numa gaveta. Em ano eleitoral, 2018, será marcado
ainda pela absoluta falta de recursos que inviabilizam projetos megalo-maníacos e sonhos impossíveis.
Talvez, o único setor em que o prefeito pode comemorar, é a sua relação com a
câmara dos vereadores. Pela primeira vez em muitos anos, não teve dificuldade
em estabelecer uma bancada subserviente, omissa, covarde constituída de
vereadores vassalos que se ajoelham e aprovam tudo que vem do Executivo sem
pestanejar ou discutir. O prefeito Dilador, sabia de antemão que seria fácil
obter essa maioria graças à reeleição dos 90% de vereadores que antes apoiavam
Cido Sério, a maioria políticos altamente fisiológicos, interesseiros que
defendem primeiro seus próprios interesses. Dilador soube “convencer” os edis,
oferecendo cargos e outras benesses. Em matéria de coerência
político-ideológica, esses vereadores são capazes de quaisquer negócios.
A
câmara, por sua vez, teve a presença de 15 parlamentares e mostrou-se pior que
os 12 anteriores. O Líder do Executivo escolhido pelo prefeito Dilador, o Dr.
Alceu Batista (PV) não teve pulso, não teve autoridade, mostrou-se fraco,
indeciso e se perdeu em muitas ocasiões. Há rumores que será trocado pelas “velhas
raposas” da política, como Jaime, Dunga ou Claudio, que antes beijavam as mãos
de Cido Sério e eram, inimigos políticos do prefeito atual, mas como a política
é sempre essa sujeira, essa lama de sempre, nenhuma novidade nessas escolhas. O
vereador Arlindo Araújo (PPS) foi o único a manter-se coerente com a mesma
linha de conduta de quase 30 anos, posicionando-se de forma independente e
votando contra os interesses do Executivo por não ter rabo preso, dever favores
ao prefeito. Surpreendeu a atuação, os novatos Lucas Zanata (PV) e Dr. Flávio
Salatino (PMDB), mantendo uma certa coerência e apresentando proposituras
viáveis e interessantes. Beatriz Nogueira (Rede), Carlinhos (SD), Pichitelli
(PSL), Cido Saraiva (PMDB), Márcio Saito (PSDB), Batata (PR), Jaime (PTB) e
Cláudio (PMN), Dunga (DEM) ficaram abaixo das expectativas com proposituras
dispensáveis, inoportunas e sem maiores resultados.
A
grande decepção, o vexame e uma atuação que merece nota zero, foi daquele pelo
qual o eleitor esperava muito. Aquele candidato que, trepado sobre um picadeiro
ambulante, arrastou milhares de incautos, levados por um discurso fácil, quer
prometia “moralizar” a câmara, prometia “tirar
a lona de cima do circo”, acabou metendo os pés pelas mãos, saindo-se pior
que a encomenda. Ganhou a antipatia geral de seus colegas por ter um
comportamento antiético, desrespeitoso, considerar-se o “melhor” dentre todos.
Enganou seus eleitores ao esconder que era contador pessoal do empresário
Dilador Borges, o que o torna suspeito para votar matérias de interesse do hoje
prefeito. Esse vereador pisou em suas promessas e hoje recebe o repúdio de
setores que o apoiaram. Antes, na campanha xingava os vereadores de que
pertenciam à uma “cambada”, era uma “caterva”, que muitos foram eleitos graças à
“malas e malas de dinheiro”, sempre levantando acusações infundadas, levianas e
irresponsáveis contra os vereadores que inclusive se reelegeram. Tão logo
assumiu, o vereador “da cambada”, como ficou marcado, se acovardou, hoje vive
aos beijos e abraços com aqueles que ontem criticava, xingava. Está quietinho, tendo engolido duras acusações como
a expressão de um cidadão revoltado que disse em suas fuças de “que só prestava quando não era vereador”.
Recentemente foi ameaçado pelo ver. Arlindo de que o “fará engolir qualquer coisa que citasse seu nome”. Ontem era um
leão valente, hoje um ratinho acovardado!
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