quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

O Brasil de Pablo Vittar

O Brasil de Pablo Vittar


Vivemos uma época estranha, diferente, controversa. Há uma total inversão dos valores morais, sociais, cívicos. Os preceitos da cidadania foram usurpados, subvertidos e as pessoas parecem confusas, perdidas em seus gostos, preferências. Perdeu-se o balizamento, o “Norte” de uma existência, de uma geração. Hoje, é incompreensível como as preferências, as opções das pessoas chocam-se com aquilo que costumamos chamar de costume, de prática usual. Os tempos modernos se movimentam com maior rapidez que há 50, 70 anos, surpreendendo a sociedade que, em choque se vê às voltas com modismos considerados revolucionários que buscam mudar os hábitos e costumes da sociedade. É óbvio que as reações são de perplexidade e revolta diante de situações quase que impostas que querem obrigar o mundo, a comunidade a aceitar determinados comportamentos antes considerados ofensivos, agressivos e inaceitáveis pela sociedade mais conservadora. De repente, modismos e temas surgiram no mundo e se tornaram objetos de intensas discussões, como “Escola Sem Partido”, “Transgêneros”, “sexualidade” “Racismos”, etc. O mundo parecia não estar pronto, preparado para esses temas novos e isso tem provocado muitos debates em escolas, câmaras municipais, igrejas, associações comunitárias, nos botecos e nas esquinas da vida, o que é extremamente salutar essa notável participação popular sobre temas antes restritos ao mundo acadêmico e político.

Esta semana, no “Programa do Faustão”, da TV Globo, o cantor ou cantora (nem sei como referir-me), Pablo Vittar, foi escolhido como cantor da “Melhor Música do Brasil”. Foi um alvoroço total. Gente criticando, condenando a escolha e outros aplaudindo. Confesso a minha ignorância em não conhecer absolutamente nada sobre essa triste figura. Nunca ouvi cantar nem conheço nenhuma canção. Meus ouvidos, por um bom detalhe da natureza não se presta a ouvir esse tipo de cantor ou música. Sou ultra-conservador, com um excelente gosto musical de altíssimo nível. Só ouço música clássica, a música erudita por excelência. Meus compositores preferenciais são Mozart, Beethoven, Strauss, Tchaikowsky, Chopin, Borodin, e outros. Adoro as grandes orquestras de Paul Mauriat, Andrés Costelanis, Mantovani, Miller, etc. Sou apaixonado pela Orquestra Sinfônica Jovem de Lins. Viajo à S. Paulo para assistir grandes concertos apresentados por renomadas orquestras na Sala São Paulo, no Teatro Municipal de S. Paulo, enfim, nada me liga à figuras deploráveis que hoje estão ai na mídia, aparecendo nos programas de TV que usualmente nunca assisto. Quando vejo esses grupos de “Funk”, esses tais cantores, esses “MC sei lá...” sinto repulsa, sinto até nojo e fico me questionando como milhares e milhares de pessoas gostam, “curtem” isso que considero um lixo, algo desprezível.

Vejo falar em Carol Conka, Naldo Benny, Tati Quebra Barraco ( Que nome! ) e outros do mesmo nível. Não consigo entender nada do que cantam, não sei como pessoas gostam desse tipo de música, se isso pode ser chamado de música. Para mim, é um enorme lixão, um verdadeiro aterro sanitário! Esses tais pancadões, dizem ser a expressão da periferia, dos excluídos. Pela caridade! Sobre esse Pablo Vittar, há uma corrente que o defende alegando que as críticas são homofóbicas. Hoje em dia há um movimento de “empoderamento gay” e tudo é considerado como homofobia. Não se pode dizer ou manifestar sobre nada. Um absurdo. Esse Pablo Vittar, poderia manter sua identidade masculina à exemplo de grandes cantores que eram gays e nem por isso criticados. Podemos citar Cazuza, Renato Russo, George Michel, Fred Mercury e outros que conservavam sua imagem e absolutamente ninguém estava interessado em saber com quem eles iam prá cama. Agora esse Pablo Vittar que surgiu sabe-se lá de onde, mostra uma figura caricata desprezível, horrível e tenta, com a ajuda da mídia e de redes sociais impor, obrigar a sociedade a engolir seu estereótipo de horrível mal gosto. É um péssimo exemplo para as crianças, para os adolescentes, mas hoje em dia tentam obrigar até nas escolas à se aceitar essas figuras bizarras e multifacetadas. O sujeito não canta absolutamente nada e só mostra o nível baixíssimo que o Brasil atingiu no que diz respeito à qualidades das composições. Quem afirma isso são críticos renomados.

As mesmas pessoas que escolheram ou apoiam essa figura, são as mesmas que votam nos “Tiririca’s”, da vida por aí. Lamentavelmente o brasileiro não sabe votar. Nem mesmo para escolher o melhor cantor. O brasileiro se deixa levar pior modismos, por ocasiões e por influências negativas. O brasileiro paga para assistir shows de cantores decadentes, cantores “criados” pela mídia, pela Tv, que lançam por aí, um picareta qualquer, passam batom, perfume, uma peruca horrorosa, uma roupagem agressiva e imoral e está “criado” um “grande” cantor. Empresários mal intencionados, verdadeiros pilantras “vendem” a imagem da infeliz criatura, gravam comerciais na TV, dão entrevistas “acertadas”, vão no terrível e deplorável programa da Fátima Bernardes, outro lixo global e estoura no ibope, na preferência dos idiotas, dos imbecis que idolatram uma figura perniciosa, tacanha e detestável. É esse brasileiro que no ano que vem vai votar para escolher os novos congressistas, governadores e presidente. Tem gente iludida, sonhadora que acha que tudo vai mudar. Sim, eu concordo – vai mudar prá pior! Esse país não tem jeito, não tem conserto! 
(Escrevo desde a Pousada Baobá, em Sales, próximo de Lins, do outro lado do belíssimo Rio Tietê). 

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