O Brasil de Pablo Vittar
Vivemos
uma época estranha, diferente, controversa. Há uma total inversão dos valores
morais, sociais, cívicos. Os preceitos da cidadania foram usurpados, subvertidos
e as pessoas parecem confusas, perdidas em seus gostos, preferências. Perdeu-se
o balizamento, o “Norte” de uma existência, de uma geração. Hoje, é incompreensível
como as preferências, as opções das pessoas chocam-se com aquilo que costumamos
chamar de costume, de prática usual. Os tempos modernos se movimentam com maior
rapidez que há 50, 70 anos, surpreendendo a sociedade que, em choque se vê às
voltas com modismos considerados revolucionários que buscam mudar os hábitos e
costumes da sociedade. É óbvio que as reações são de perplexidade e revolta
diante de situações quase que impostas que querem obrigar o mundo, a comunidade
a aceitar determinados comportamentos antes considerados ofensivos, agressivos e
inaceitáveis pela sociedade mais conservadora. De repente, modismos e temas
surgiram no mundo e se tornaram objetos de intensas discussões, como “Escola
Sem Partido”, “Transgêneros”, “sexualidade” “Racismos”, etc. O mundo parecia
não estar pronto, preparado para esses temas novos e isso tem provocado muitos
debates em escolas, câmaras municipais, igrejas, associações comunitárias, nos botecos
e nas esquinas da vida, o que é extremamente salutar essa notável participação
popular sobre temas antes restritos ao mundo acadêmico e político.
Esta
semana, no “Programa do Faustão”, da TV Globo, o cantor ou cantora (nem sei
como referir-me), Pablo Vittar, foi escolhido como cantor da “Melhor Música do
Brasil”. Foi um alvoroço total. Gente criticando, condenando a escolha e outros
aplaudindo. Confesso a minha ignorância em não conhecer absolutamente nada
sobre essa triste figura. Nunca ouvi cantar nem conheço nenhuma canção. Meus
ouvidos, por um bom detalhe da natureza não se presta a ouvir esse tipo de
cantor ou música. Sou ultra-conservador, com um excelente gosto musical de
altíssimo nível. Só ouço música clássica, a música erudita por excelência. Meus
compositores preferenciais são Mozart, Beethoven, Strauss, Tchaikowsky, Chopin,
Borodin, e outros. Adoro as grandes orquestras de Paul Mauriat, Andrés Costelanis,
Mantovani, Miller, etc. Sou apaixonado pela Orquestra Sinfônica Jovem de Lins.
Viajo à S. Paulo para assistir grandes concertos apresentados por renomadas
orquestras na Sala São Paulo, no Teatro Municipal de S. Paulo, enfim, nada me
liga à figuras deploráveis que hoje estão ai na mídia, aparecendo nos programas
de TV que usualmente nunca assisto. Quando vejo esses grupos de “Funk”, esses
tais cantores, esses “MC sei lá...” sinto repulsa, sinto até nojo e fico me
questionando como milhares e milhares de pessoas gostam, “curtem” isso que
considero um lixo, algo desprezível.
Vejo
falar em Carol Conka, Naldo Benny, Tati Quebra Barraco ( Que nome! ) e outros
do mesmo nível. Não consigo entender nada do que cantam, não sei como pessoas
gostam desse tipo de música, se isso pode ser chamado de música. Para mim, é um
enorme lixão, um verdadeiro aterro sanitário! Esses tais pancadões, dizem ser a
expressão da periferia, dos excluídos. Pela caridade! Sobre esse Pablo Vittar,
há uma corrente que o defende alegando que as críticas são homofóbicas. Hoje em
dia há um movimento de “empoderamento gay” e tudo é considerado como homofobia.
Não se pode dizer ou manifestar sobre nada. Um absurdo. Esse Pablo Vittar,
poderia manter sua identidade masculina à exemplo de grandes cantores que eram
gays e nem por isso criticados. Podemos citar Cazuza, Renato Russo, George
Michel, Fred Mercury e outros que conservavam sua imagem e absolutamente ninguém
estava interessado em saber com quem eles iam prá cama. Agora esse Pablo Vittar
que surgiu sabe-se lá de onde, mostra uma figura caricata desprezível, horrível
e tenta, com a ajuda da mídia e de redes sociais impor, obrigar a sociedade a
engolir seu estereótipo de horrível mal gosto. É um péssimo exemplo para as
crianças, para os adolescentes, mas hoje em dia tentam obrigar até nas escolas
à se aceitar essas figuras bizarras e multifacetadas. O sujeito não canta
absolutamente nada e só mostra o nível baixíssimo que o Brasil atingiu no que
diz respeito à qualidades das composições. Quem afirma isso são críticos
renomados.
As
mesmas pessoas que escolheram ou apoiam essa figura, são as mesmas que votam
nos “Tiririca’s”, da vida por aí. Lamentavelmente o brasileiro não sabe votar.
Nem mesmo para escolher o melhor cantor. O brasileiro se deixa levar pior
modismos, por ocasiões e por influências negativas. O brasileiro paga para
assistir shows de cantores decadentes, cantores “criados” pela mídia, pela Tv,
que lançam por aí, um picareta qualquer, passam batom, perfume, uma peruca
horrorosa, uma roupagem agressiva e imoral e está “criado” um “grande” cantor.
Empresários mal intencionados, verdadeiros pilantras “vendem” a imagem da
infeliz criatura, gravam comerciais na TV, dão entrevistas “acertadas”, vão no
terrível e deplorável programa da Fátima Bernardes, outro lixo global e estoura
no ibope, na preferência dos idiotas, dos imbecis que idolatram uma figura
perniciosa, tacanha e detestável. É esse brasileiro que no ano que vem vai
votar para escolher os novos congressistas, governadores e presidente. Tem
gente iludida, sonhadora que acha que tudo vai mudar. Sim, eu concordo – vai mudar
prá pior! Esse país não tem jeito, não tem conserto!
(Escrevo desde a Pousada Baobá, em Sales, próximo de Lins, do outro lado do belíssimo Rio Tietê).
(Escrevo desde a Pousada Baobá, em Sales, próximo de Lins, do outro lado do belíssimo Rio Tietê).
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