IPTU -E por quê não falar de ética, números..?
( Nenhum interesse na divulgação dos dados destes vereadores, mas segue a ordem alfabética - os demais são mais ou menos iguais, e não caberia todos aqui, apenas um exemplo da "estranheza" desses salários).
O
prefeito de Araçatuba Dilador Borges (PSDB) e sua vice, Edna Flor
(PPS), agora apelidados de “Dilataxa” e “Taxaflor”, seguem a
linha de seu irmão-siamês , o PT que tinha em S. Paulo a Dona
“Martaxa”, encaminharam para os vereadores aprovarem, um projeto
que reajusta o IPTU de 2018 em torno de 20%, projetando-se para 2019
o mesmo índice, já que segundo os cálculos dos “técnicos” da
Fazenda, o ideal seriam 44%. Foi um alvoroço geral na cidade que
está, segundo o secretário da Fazenda, “quebrada”. Ele não
deixa de ter razão. Basta dar uma volta por aí e constatar o
elevado número de portas comerciais fechadas. Parece que o negócio
lucrativo hoje é vender a plaquinha “Aluga-se” ou “Vende-se”.
Em decorrência disso, avolumam-se os desempregados, numa gigantesca
fila de marginalizados, desprotegidos e lançados à sarjeta social.
Araçatuba parece uma cidade-fantasma. Já não bastasse dezenas de
ruas estarem às escuras, outras faltam postes, o comércio reflete a
triste realidade brasileira e o desempego, seguido da fome é o
retrato de decisões erradas, tomadas por esses políticos
irresponsáveis, corruptos e ladrões. No fritar dos ovos, a saída
ortodoxa é a de sempre — subir
impostos!
Autoritário,
arrogante e presunçoso, o prefeito simplesmente achou que sua
inoportuna iniciativa seria aprovada pelo “puxadinho da
prefeitura”, a câmara municipal, sem discussão. Em momento
algum se pensou numa audiência pública, ouvir a comunidade, o
comércio, representantes da sociedade e o povo em si. Arregimentados
através das redes sociais, hoje, essa ferramenta tão importante em
matéria de comunicação, muita gente acorreu à câmara para
protestar. E, para surpresa de todos, o prefeito aprendeu direitinho
a lição do petistas, muito usada por Cido Sério, e lotou o
auditório do legislativo de comissionados (pelo menos pra isso eles
servem), seus paus-mandados, seus aspones, seus puxa-sacos de
plantão, seus lambe-botas, com isso, impedindo que os maiores
interessados no assunto, o povo pudesse adentrar ao local. O
presidente da câmara, Rivael Papinha (PSB), mais democrata,
autorizou que entrassem, mesmo ficando de pé. Em outros tempos,
jagunços foram colocados na porta impedindo o acesso do povo.
Mas,
vamos tratar de números, valores. O prefeito alega baixa
arrecadação, elevada despesa, etc. Se fosse na empresa dele,
certamente demitiria funcionários sem dó nem piedade, mas… Na
administração pública onde ele, por dever de ofício deveria
administrar a “res publica” com zelo, com parcimônia e
respeitando o dinheiro público, não o faz. Pelo menos na campanha,
mentiu descaradamente, criticava o ex-prefeito do PT, e atacava seu
oponente. Mas, na política, promessas de campanha são feitas para
serem descumpridas. Enganar o povo faz parte da tática publicitária
e com Dilador não foi diferente. À primeira hora após ser
empossado gastou tinta da caneta assinando nomeações de seus
protegidos, seus compadres, apaniguados, fazendo tudo aquilo que
antes condenava. Disse que iria “fundir” diversas secretarias e
não nomear seus titulares, mas, à “sorrelfa”,
manteve os cargos nomeando pessoas indicadas por vereadores,
presidentes de partidos, familiares como fez no caso do ex-vereador
Nava que enfiou na prefeitura vários parentes, agregados, gato,
cachorro e papagaio!
Ao
não nomear esses secretários, o prefeito Dilataxa fará uma
economia “rasteira” de R$ 612 mil por ano! Mas, ao nomear um
mundo de apaniguados, a despesa atinge a casa dos R$ 3.155
milhões/ano.
Uma farsa para enganar o povo. É preciso dizer também que a maioria
desses tais comissionados, ganham duas ou três vezes mais que os
efetivos, os concursados, aqueles que entraram pela porta da frente e
não pelo fundo na calada da madrugada! É uma tremenda injustiça!
Dilataxa teve a coragem, o desplante
de nomear pelo menos três pastores evangélicos que servem a deus e
ao diabo, pois paralelamente são líderes políticos e já serviam
ao governo do PT. Teve o cinismo e a hipocrisia de nomear um “zé
ruela” que foi prefeito de Nova Luzitânia, numa prática de
compadrio, tão condenada antes pelo próprio PSDB, esse partido,
outrora defensor da ética e da moralidade pública. Hoje, junta-se
ao PT e ao PMDB nas sórdidas práticas da roubalheira, da corrupção
e do assalto aos cofres do povo.
E
os
vereadores? Essa tal “casa do povo”, muitas vezes nem sempre é
assim considerada, custa ao suado povo trabalhador de Araçatuba,
mais de R$ 23 milhões de Reais por ano! O famigerado duodécimo
repassado pela prefeitura, hoje é de R$ 1.770.261,22 ( Hum Milhão
Setecentos e Setenta Mil Duzentos e Sessenta e Hum Reais e Vinte e
Dois Centavos)! E para quê gastar essa montanha de dinheiro com
esses 15 vereadores? A tal “casa de leis” é na verdade uma
“caixa de pandora”. Ali acontecem coisas misteriosas que nenhum
economista, um matemático saberia explicar. Vejam, cada vereador
recebe hoje algo em torno de R$ 6.502,25 (bruto). O tal chefe de
gabinete ( são 15) recebem R$ 9.687,77 e mais dois Assessores
recebem cada um R$ 7.727,40. Multiplique isso por 15. Agora, por quê
o chefe de gabinete ganha quase o dobro do vereador? Pela lógica dos
políticos, deve ser melhor candidatar-se a Chefe de Gabinete. Até
os assessores ganham mais que o vereador. Estranhamente na câmara,
esses salários variam muito. Tem “assessor” que recebe R$
17.256,34, outros “Chefes de Gabinete” recebem R$
15.057,41.
Alguém
pode ajudar aí nessas contas e explicar essa “matemática”? Não
podemos afirmar, mas no passado haviam muitas denúncias, rumores de
que na verdade, esses tais “assessores” recebiam esses valores
altos, depois, “por baixo da mesa”, devolviam ao vereador,
ficando apenas com uma parcela menor. Recentemente na câmara de
Osasco, vários vereadores foram presos por tais práticas. Em se
tratando de políticos não dá para confiar. Agora, para quê serve
mesmo a câmara?
Ah!
Sim – dar títulos de “cidadão araçatubense”, “votos de
aplausos”, “votos de pesar”, “dar nomes em ruas”. Legislar,
sempre
em favor deles e do prefeito. Fiscalizar, uma das mais importantes
funções, eles abrem mão. Não fiscalizam o prefeito e criam toda
dificuldade para alguém que queira fazê-lo. Pelo menos, Araçatuba
tem um zeloso fiscal, o vereador Arlindo Araújo, esse não tem rabo
preso com o prefeito, não deve favores e não indica apaniguados a
cargos na administração.
É
gente, vamos parar aqui. Tem muitos assuntos. Fiquei 6 meses de
“férias”, mas o povo pediu e voltei com a “macaca”. A caneta
vai comer. O prefeito se tiver juízo, tiver bom senso, mude os
rumos. Demita esses comissionados, pois aumentar impostos não é o
caminho. Estes dados acima divulgados estão nos portais da câmara e prefeitura, são de domínio público.
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