Aspones: A farra continua em Araçatuba!
A Constituição Federal estabelece em seu artigo 37, I, V as
normas para se ocupar as funções no serviço público em geral. As regras ficaram
duras depois da obrigatoriedade do concurso público como meio de acesso. Mas,
como é próprio no Brasil, criou-se a famigerada e detestável figura do cargo de
confiança, os tais comissionados, geralmente ganham muito mais que os
concursados efetivos, muitos sequer cumprem horários ou comparecem no local de
trabalho. Em Araçatuba, de triste memória, o antigo DAEA era um penduricalho de
inúmeros funcionários-fantasmas, os tais
“aspones”, normalmente
indicados, apadrinhados por vereadores em troca do apoio que estes davam ao
prefeito de plantão. Esta relação incestuosa perdurou por muitos anos entre vereadores
da tal base de sustentação do prefeito. Chegou-se épocas em que eram tantos que
se houvesse a necessidade de que estes comparecessem à sede do DAEA, uma enorme
fila se criaria e muitos nem teriam onde sentar, ou dispor de uma mesa. Quando
a ex-prefeita Marilena Magri assumiu após a cassação do ex-prefeito Jorge Maluly
Neto, em 2008, ela exonerou 33 diretores do DAEA! Agora, será que aquela
agonizante autarquia precisava de 33 diretores?!
O tempo passou, Cido Sério (PT) assumiu em 2009 e mesmo assim
manteve a política maléfica, nefasta do toma-lá-dá-cá, o troca-troca com os vereadores.
Apenas de desfez dos “aspones” que
herdou de Maluly e tratou logo de criar os seus próprios. Advertido pelo TCE,
Cido Sério deu de ombros, ignorou as várias intervenções das autoridades, mudou
a lei, alterando a nomenclatura contudo
mantendo, aumentando o número desses parasitas na administração
municipal. Por incrível que possa parecer, a criatura acabou engolindo o
criador. Cido Sério foi cassado, está afastado do cargo justamente por causa
desses comissionados que ele tanto defendeu, protegeu. Ele que foi eleito com a
maior votação da história de Araçatuba, perdeu o cargo, o gordo salário,
enquanto seus servidores comissionados estão aí continuando mamando nas gordas
têtas da municipalidade. Agora, um caso emblemático chama a atenção tendo em
vista que a Constituição autoriza esses cargos de confiança, para ocupantes de
Direção, Assessoramento. Um motorista, um fotógrafo pode ser considerado como
cargo de confiança? Pois é. Foi por
essas aberrações que Cido Sério dançou!
Como a lei eleitoral exige que ocupantes de cargos públicos
devam desincompatibilizar-se para disputar a eleição, na prefeitura de
Araçatuba, trataram logo de arrumar um jeitinho de “proteger” alguns comissionados,
alguns apadrinhados. Destaque-se o caso do fotógrafo, jornalista Fábio Ishizawa
que por incrível, está lotado no Gabinete municipal desde os tempos de Maluly
Neto, ou seja, praticamente 10 anos, sem concurso público. Foi exonerado agora
em abril e acreditem! Nomeou seu pai, Kenji Ishizawa, um venerando senhor, que
não é jornalista, nem tem qualquer aptidão para o cargo de “Assessor de
Imprensa e Cerimonial do Gabinete”. Tal “idéia genial”, nasceu com único
intuito de se garantir que Fábio Ishizawa continuasse recebendo seu salário
mensal. A situação é tão pródiga que após críticas, “esconderam” o Sr. Kenji
Ishizawa na biblioteca municipal, numa demonstração inequívoca de que sua
presença no gabinete é totalmente dispensável, ou seja, não se enquadra no tal “cargo
de confiança”. Puro desvio de finalidade, uma violação à lei.
Além dessa bizarra situação, também fizeram o mesmo com a
secretária municipal de Esportes, Cláudia Crepaldi, comunista que nomeou num
cargo na mesma secretaria, sua irmã Cléia Crepaldi, claro, com o mesmo
interesse de garantir que a ela continuasse recebendo os salários. O também
apaniguado, Willian Sancler, hoje no Partido da Rede ( o PT 2), era chefe de
Gabinete da Secretaria de Cultura. Saiu e fez nomear em seu lugar sua irmã
Vanessa Chaves, que, após algumas críticas, foi exonerada 25 dias depois. Atos de desvio de finalidade,
nepotismo indireto, um desrespeito ao povo, uma tentativa nefasta, vergonhosa e
imoral de se burlar a lei, nomeando
parentes próximos em primeiro grau com a finalidade de se manter o “status quo”, ganhando sem trabalhar, pondo uma pessoa no
lugar, sem que se possa comprovar que esta pessoa tenha as qualificações
necessárias e pertinentes ao cargo. Esperamos que o prefeito Carlos Hernandes
assuma de fato as rédeas do executivo, demita
o Sr. Kenji Ishizawa e Cléia Crepaldi, em respeito ao pagador de
impostos que já não suporta sustentar essa corja em geral, esse tipo de gente
cujo único intuito é dilapidar o dinheiro público.
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