domingo, 8 de maio de 2016

Aspones: A farra continua em Araçatuba!

Aspones: A farra continua em Araçatuba!


A Constituição Federal estabelece em seu artigo 37, I, V as normas para se ocupar as funções no serviço público em geral. As regras ficaram duras depois da obrigatoriedade do concurso público como meio de acesso. Mas, como é próprio no Brasil, criou-se a famigerada e detestável figura do cargo de confiança, os tais comissionados, geralmente ganham muito mais que os concursados efetivos, muitos sequer cumprem horários ou comparecem no local de trabalho. Em Araçatuba, de triste memória, o antigo DAEA era um penduricalho de inúmeros funcionários-fantasmas, os tais  “aspones”, normalmente indicados, apadrinhados por vereadores em troca do apoio que estes davam ao prefeito de plantão. Esta relação incestuosa perdurou por muitos anos entre vereadores da tal base de sustentação do prefeito. Chegou-se épocas em que eram tantos que se houvesse a necessidade de que estes comparecessem à sede do DAEA, uma enorme fila se criaria e muitos nem teriam onde sentar, ou dispor de uma mesa. Quando a ex-prefeita Marilena Magri assumiu após a cassação do ex-prefeito Jorge Maluly Neto, em 2008, ela exonerou 33 diretores do DAEA! Agora, será que aquela agonizante autarquia precisava de 33 diretores?!

O tempo passou, Cido Sério (PT) assumiu em 2009 e mesmo assim manteve a política maléfica, nefasta do toma-lá-dá-cá, o troca-troca com os vereadores. Apenas de desfez dos “aspones” que herdou de Maluly e tratou logo de criar os seus próprios. Advertido pelo TCE, Cido Sério deu de ombros, ignorou as várias intervenções das autoridades, mudou a lei, alterando a nomenclatura contudo  mantendo, aumentando o número desses parasitas na administração municipal. Por incrível que possa parecer, a criatura acabou engolindo o criador. Cido Sério foi cassado, está afastado do cargo justamente por causa desses comissionados que ele tanto defendeu, protegeu. Ele que foi eleito com a maior votação da história de Araçatuba, perdeu o cargo, o gordo salário, enquanto seus servidores comissionados estão aí continuando mamando nas gordas têtas da municipalidade. Agora, um caso emblemático chama a atenção tendo em vista que a Constituição autoriza esses cargos de confiança, para ocupantes de Direção, Assessoramento. Um motorista, um fotógrafo pode ser considerado como cargo de confiança? Pois é.  Foi por essas  aberrações que Cido Sério dançou!

Como a lei eleitoral exige que ocupantes de cargos públicos devam desincompatibilizar-se para disputar a eleição, na prefeitura de Araçatuba, trataram logo de arrumar um jeitinho de “proteger” alguns comissionados, alguns apadrinhados. Destaque-se o caso do fotógrafo, jornalista Fábio Ishizawa que por incrível, está lotado no Gabinete municipal desde os tempos de Maluly Neto, ou seja, praticamente 10 anos, sem concurso público. Foi exonerado agora em abril e acreditem! Nomeou seu pai, Kenji Ishizawa, um venerando senhor, que não é jornalista, nem tem qualquer aptidão para o cargo de “Assessor de Imprensa e Cerimonial do Gabinete”. Tal “idéia genial”, nasceu com único intuito de se garantir que Fábio Ishizawa continuasse recebendo seu salário mensal. A situação é tão pródiga que após críticas, “esconderam” o Sr. Kenji Ishizawa na biblioteca municipal, numa demonstração inequívoca de que sua presença no gabinete é totalmente dispensável, ou seja, não se enquadra no tal “cargo de confiança”. Puro desvio de finalidade, uma violação à lei.

Além dessa bizarra situação, também fizeram o mesmo com a secretária municipal de Esportes, Cláudia Crepaldi, comunista que nomeou num cargo na mesma secretaria, sua irmã Cléia Crepaldi, claro, com o mesmo interesse de garantir que a ela continuasse recebendo os salários. O também apaniguado, Willian Sancler, hoje no Partido da Rede ( o PT 2), era chefe de Gabinete da Secretaria de Cultura. Saiu e fez nomear em seu lugar sua irmã Vanessa Chaves, que, após algumas críticas, foi exonerada  25 dias depois. Atos de desvio de finalidade, nepotismo indireto, um desrespeito ao povo, uma tentativa nefasta, vergonhosa e imoral  de se burlar a lei, nomeando parentes próximos em primeiro grau com a finalidade de se manter o “status quo”,  ganhando sem trabalhar, pondo uma pessoa no lugar, sem que se possa comprovar que esta pessoa tenha as qualificações necessárias e pertinentes ao cargo. Esperamos que o prefeito Carlos Hernandes assuma de fato as rédeas do executivo, demita  o Sr. Kenji Ishizawa e Cléia Crepaldi, em respeito ao pagador de impostos que já não suporta sustentar essa corja em geral, esse tipo de gente cujo único intuito é dilapidar o dinheiro público.


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