O fim do governo Dilma!
Esta semana e os próximos dias, quiçá horas, serão decisivos
para o destino deste país de cerca de 200 milhões de pessoas, que, a seguir-se
o roteiro estabelecido para o procedimento do impeachment da presidente Dilma Rousseff, se livrará de um governo
que marcou época, nesses 13 anos de mandato sob a égide do PT, um partido que
surgiu em 1980 defendendo a bandeira da ética e da moralidade pública e chega
ao fim transformado numa verdadeira quadrilha criminosa que, nos últimos 10
anos, assaltou os cofres do povo, desviando bilhões e bilhões de Reais
arrancados de empresas públicas e levados pelo ralo da corrupção para
alimentar, sustentar partidos e campanhas políticas além de manter uma situação
de compra de parlamentares para votarem sempre favoráveis ao governo. Esses
escândalos tenebrosos de desvio de verbas públicas vieram à luz através das
denúncias do “Mensalão” e agora “Petrolão”, atingindo as mais destacadas
lideranças nacionais do PT, envolvendo até Lula e Dilma que saem desse triste
episódio desmoralizados, arruinados politicamente. O PT em fase terminal, a
cada dia perde mais e mais lideranças, quer em nível nacional, como também
dezenas e dezenas de prefeitos e vereadores que pulam fora com medo das
próximas eleições diante de um enorme desgaste público.
Caso não haja nenhuma interrupção nos prazos e no rito
estabelecido, no próximo dia 11, o Senado da República afasta a Chefe do
Governo pelo prazo de 180 dias, mas entre o próprio governo e lideranças
petistas, dão como fato consumado e sua volta é praticamente impossível. O vice-presidente Michel Temer, desde que a
Câmara autorizou o impeachment, vem discretamente conversando, costurando com
lideranças de vários partidos, um apoio eventual e formação de um novo ministério. Devem
participar desse governo de união nacional, o PMDB, PSDB, DEM, PPS,
Solidariedade, PSB e parte de outros partidos. Nomes estão sendo sondados como Henrique
Meirelles, para a Fazenda e José Serra para o Itamaraty. Anteriormente Aécio
Neves estava contra o PSDB assumir cargos, mas foi convencido por FHC e
Alckmin. É óbvio que não se espera de imediato mudanças profundas na economia
ou medidas de impacto que resultem na melhoria da qualidade de vida do povo.
Mas algo precisava ser feito. Dilma perdeu completamente as condições morais,
éticas e políticas de continuar chefiando o governo.
O PT, Lula, e seus movimentos sociais como MST, MTST, acenam
com um cenário de guerra nas ruas das cidades, no campo e nas rodovias. Lula
prega um clima de “terra arrasada”. Anunciam que não darão um só dia de sossego
para Temer, a quem chamam de golpista e um governo ilegítimo. Pura retórica de
desesperados. O governo Temer é tão legítimo quanto foi o de Dilma. O eleitor
ao apertar a tecla na urna eleitoral optou pelo 13, sufragou o nome de Dilma e
Michel Temer como seu vice. Logo, os mais de 54 milhões de votos atribuídos à
Dilma Rousseff igualmente foram destinados também ao seu companheiro de chapa.
Não há o que se discutir. Pregar agora a realização de novas eleições
presidenciais, isto sim, seria o golpe, a traição ao eleitorado, afinal, esta
crise poderia beneficiar candidatos com discursos populistas, eleitoreiros como
o próprio Lula e Marina Silva. Não há tempo hábil para se aprovar mudanças na
Constituição e o próprio TSE não teria
condições técnicas para realizar uma eleição tão grande como esta.
A corrupção vai acabar com o fim do governo do PT?
Não! Isso é pura semântica. A corrupção é
algo endêmico e está na cultura do povo brasileiro, não se restringe aos políticos
em si. Mas diante da situação de desacerto na economia, da falta de
credibilidade inclusive internacional do governo Dilma, alguma medida teria que
ser tomada. O governo do PT perdeu a governabilidade, perdeu totalmente o apoio
no Congresso Nacional não conseguindo fazer aprovar praticamente quase nada de seus projetos e propostas
enviadas à apreciação dos parlamentares. Dilma se deixou envolver pela pressão
de grupos políticos sedentos em saquear os cofres e interessados em ocupar
cargos na esplanada do ministérios. O governo nos últimos meses, passou a “vender
o almoço para poder jantar”. Um troca-troca despudorado e vergonhoso nessa
relação incestuosa entre um governo desmoralizado e uma frágil base de sustentação
apenas interessada em extorquir mais e mas benesses do Planalto. Lula,
envolvido e acuado pela “Operação
Lava-Jato” perdeu totalmente a capacidade de liderar e tratar com os poucos
partidos que ainda apoiavam este governo. Enfim, o Brasil se livrará de um
verdadeiro câncer da política nacional.