quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Prá onde vai a candidatura de Luiz Fernando Ramos?

E a candidatura Luiz Fernando Ramos?


O anúncio da disposição da vereadora Edna Flor (PPS) em aceitar ser candidata a vice-prefeita ao lado do empresário Dilador Borges (PSDB), gerou uma série de eventos já nestes primeiros quinze dias do ano, desarticulando alguns grupos de pretensos candidatos, atropelando e esvaziando outros. O ex-prefeito Domingos Andorfato (PSD), apesar da insistência do presidente do partido, Antonio Barreto, anunciou que não concorrerá ao pleito. O prefeito Cido Sério (PT) segundos os bastidores políticos, preocupado com a movimentação tucana, até o final do mês poderá anunciar os nomes de três eventuais candidatos do seu grupo político. Entende que a disposição de Edna Flor precipitou os possíveis entendimentos fazendo com que os candidatos se mobilizassem mais rápidos diante da reação altamente favorável que a sociedade araçatubense recebeu a notícia da candidatura de Dilador e Edna. O PT, extremamente desgastado, de um lado pela péssima administração de Cido Sério e de outro, os sucessivos escândalos que abalam o partido que vê grandes nomes pularem fora da agremiação pondo em risco a própria sobrevivência da sigla em nível nacional.

Agora, uma candidatura que até o final do ano passado estava em forte evidência, diante deste novo quadro, parece estar perdendo fôlego, se esvaziando, perdendo espaços. Trata-se do empresário Luiz Fernando Ramos, do Grupo Lomy Engenharia, presidente local do PTB, que na prática dá sustentação ao governo Cido Sério através do vereador Jaime José da Silva (PTB), que desde o início se mostrou contrário a candidatura própria, preferindo continuar neste grupo liderado pelo PT. Nas rodas de conversas pela cidade, nos bastidores políticos, a pergunta que se faz é “Como Luiz Fernando vai levar adiante sua pretensão em ser prefeito de Araçatuba”? Do lado do prefeito Cido Sério, há um forte grupo político composto de pelo menos uns 15 partidos. Já do lado de Dilador Borges, o grupo envolve uns seis partidos. Aí a questão é – Aonde Luiz Fernando vai buscar sustentação política? Os demais partidos são nanicos, inexpressivos, pobres em lideranças que pouco ou nada ajudariam. Há rumores não confirmados de que Luiz Fernando Ramos teria como vice, a vereadora Beatriz Nogueira, hoje no Rede, da Marina Silva.

A vereadora Beatriz Nogueira, abandonou a canoa furada do PT, temendo dificuldades numa campanha para reeleição carregando a bandeira de um partido atolado num mar de lama da corrupção e da roubalheira. “Bia” é talvez a grande decepção na câmara municipal, com uma atuação débil, medíocre, pífia. Entra muda e sai calada no plenário com pouquíssimas e desastradas intervenções nos debates, como quando afirmou que os postos de saúde da prefeitura “atendem melhor que Unimed”. Foi alvo de chacotas e gozações. É uma figura arrogante e pouco ou nada agregaria na chapa ao lado de Luiz Fernando. Se candidatar a reeleição, corre o risco de ficar pelo caminho. Logo, a confirmar essa disposição do partido de Luiz Fernando Ramos em juntarem-se ao partido da Rede, as chances de vitória são remotas. Beatriz nem de longe tem o carisma, o nome e prestígio de Edna Flor. Há outro forte componente no seio do PTB. Político das antigas, experiente e esperto, o vereador Jaime que já bombardeava a candidatura de Luiz Fernando, pode usar estas razões para sepultá-la definitivamente. Seria um vôo de galinha. Jaime com certeza tentaria emplacar sua tese de manter-se aliado ao grupo de Cido Sério.

Durante o ano passado, Luiz Fernando Ramos investiu pesado para “vender” sua imagem junto ao eleitorado, com ações na televisão, jornais, atividades de caráter social reformando casas de pessoas pobres, etc. Contratou até os serviços de uma empresa de comunicação social. Contudo, a nosso ver, descuidou do lado prático de uma eleição, o assessoramento político, os contatos, as boas conversas para fundamentar uma boa estrutura que pudesse dar sustentação às suas pretensões de chegar à chefia do Executivo. A aceitação de Edna Flor em ser vice de Dilador Borges, atropelou o processo político-eleitoral de Araçatuba, precipitou a tomada de novos rumos, novas decisões e estas, atingiram de morte a candidatura de Luiz Fernando que terá enormes dificuldades em buscar e encontrar apoio sólido e eficaz. Ser apenas candidato a prefeito não é suficiente. O eventual postulante precisa ter um espectro, um horizonte amplo de opções com nomes fortes para disputa das vagas de vereador, além de ter a premente necessidade de espaço no horário de rádio e TV para expor suas idéias e propostas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário