quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Roubalheira da Copa:

E Romário estava coberto de razão!



Tão logo Lula era “presenteado” com a escolha do Brasil para sediar a Copa de 2014, lá na Suíça, escolha esta manchada por conchavos, corrupção e conluio como ficou depois provado, no Brasil, Romário, em 2007 levantava a voz contra o evento ao afirma que “vai ser a maior roubalheira da história”! O então atleta que ensaiava entrar para a política centrou fogo em suas críticas, fazendo desta sua bandeira eleitoral, como de fato, se elegendo deputado federal pelo PSB do Rio de Janeiro em 2010. Romário chegou a bater de frente com Pelé, Ronaldo Fenômeno, Bebeto e outros ex-jogadores que apoiavam o maior evento futebolístico no Brasil. O tempo serviu para mostrar que Romário estava coberto de razão. A Copa do Mundo foi marcada por denúncias de corrupção, desvios de verbas públicas, favorecimento à FIFA com a aprovação da chamada “Lei Geral da Copa” que entre outras coisas, isentou a entidade mundial de futebol do pagamento de muitos milhões em impostos. Chegou-se ao cúmulo do Brasil teoricamente até abrir mão de sua soberania nacional, incluindo aí, dispensar ao todo-poderoso presidente da FIFA, Joseph Blatter, o privilégio de ser tratado como um chefe de Estado. Absurdos que Romário combateu veementemente.

No espectro dessa onda de denuncismo que assola o Brasil, sabe-se agora que houve inúmeros favorecimentos, privilégios ilícitos com a conivência do governo brasileiro. Pior – obras paralisadas, sequer iniciadas, superfaturamento, desvios de recursos, acobertamento de crimes de toda sorte. A FIFA, ao escolher um determinado país para sediar o evento mundial, impõe uma série de condições, muitas das quais absurdas, como por exemplo, proibir as baianas de venderem acarajés nas proximidades do estádio em Salvador, isso, claro, para favorecer os grupos multinacionais envolvidos no certame. Muitas promessas fantasiosas foram anunciadas pelo governo Lula e ratificadas por Dilma, sua sucessora. A mais célebre, o “trem-bala”, que ligaria Campinas ao Rio de Janeiro, não passou de um sonho de uma noite de Verão. Até hoje, muitas das capitais que sediaram os jogos estão tentando terminar obras inacabadas, outras prometidas e sequer iniciadas. Foi um erro de logística, de estratégia, escolher cidades como Cuiabá (MT), Fortaleza (CE), Manaus (AM), Natal (RN) e mesmo Recife (PE), onde não há clubes fortes, não há um futebol profissional capaz de continuar usando de forma produtiva as tais arenas.

Hoje, esses grandiosos estádios que consumiram algo em torno de R$ 30 Bilhões de Reais, se tornaram verdadeiros elefantes-brancos, inaproveitáveis, inúteis, quase que abandonados, custando alguns milhões para uma manutenção sem resultado.  O governo alardeava que a Copa no Brasil deixaria uma enorme herança, que isso melhoraria os sistemas viários e de mobilização nas cidades-sedes, as grandes reformas nos aeroportos seriam compensadas melhorando-se o tráfego aéreo, etc. Diziam os arautos pró-Copa que até mesmo a educação seria atingida de forma a sustentar uma das bases da nossa cidadania. De fato, a Copa deixou uma terrível herança, um rastro de destruição, de prejuízos imensos que hoje o governo quer arrancar do suor do trabalhador e do povo brasileiro, o dinheiro mal aplicado, roubado, desviado. Exatamente o tamanho do rombo anunciado pelo governo petista, algo em torno de R$ 30 Bilhões, foi sem dúvida, o rombo deixado pela irresponsabilidade daqueles que geriram de forma criminosa o empreendimento, e a anuência, a omissão do governo Dilma Rousseff hoje aí atolado num pantanoso mar de lama que a presidente tenta esconder, desviar e jogar nas costas do povo a responsabilidade por esta verdadeira catástrofe, alhures prevista pelo hoje senador Romário de Souza Faria.  

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