Na Monarquia, as crises seriam resolvidas rapidamente!
Seguindo aquilo que a Constituição Federal de 1988
determinava no art. 2º. do “Ato das Disposições Constitucionais Transitórias”,
no dia 7 de setembro de 1993, realizou-se no país um Plebiscito em que todos os
eleitores estavam convocados à votarem escolhendo qual a forma de governo a ser
adotada no Brasil, se mantinha a República ou voltava-se ao regime da
Monarquia. Também escolheriam o sistema de governo – Presidencialismo ou
Parlamentarismo. Com grande maioria, o povo votou pela manutenção da República e esta seria Presidencialista. Esse resultado foi natural tendo em vista que o
Brasil desde 1889 adotou este modelo norte-americano de governo, que
invariavelmente só funciona lá. Por desconhecimento, preconceito, ignorância e
a falta de uma melhor estrutura partidária no país, a volta à Monarquia e a
adoção do Parlamentarismo, não encontrou muita receptividade. Ganhou este
sistema vigente que na verdade, traz mais problemas que soluções.
Vejamos: desde 1821 quando ainda estava à frente do governo
de Portugal e do Brasil, o Rei Dom João VI, depois a Independência com D. Pedro
I, e D. Pedro II, se ainda funcionasse o Império do Brasil, até hoje teríamos
apenas 7 imperadores ( 194 anos de governo). Em contrapartida, desde 1889, com
o primeiro Presidente, o Marechal Deodoro até hoje, tivemos 40 presidentes em
126 anos de governo! Isso significa em média 27 anos para cada imperador e 3
anos para cada presidente! Só durante os anos de governo de Pedro I e seu
filho, tivemos algumas revoluções nas províncias e guerras estrangeiras com
destaque contra o Paraguai. Mas no geral, foram anos de perfeita estabilidade
política e social no Brasil. Já desde a Proclamação da República, na verdade um
golpe militar, vivemos inúmeras revoluções, guerra civil, golpes, contragolpes,
intrigas políticas que geraram intensa instabilidade política, social e
econômica.
Em todas essas situações de crises quem mais sofre quem mais
perde é o povo. Os erros, os crimes praticados pelos governantes acabam por
cair nas costas do povo em geral. Estamos aí diante de mais uma dessas crises
intermináveis, um governo desmoralizado, envolvido em inúmeras denúncias de
corrupção. Por outro lado, o Congresso Nacional vive um momento difícil, onde
os dois presidentes (Câmara e Senado) também são alvo de investigações por
corrupção, desmandos etc. Não seria a hora de se pensar, avaliar a volta da
Monarquia e a adoção do Parlamentarismo? As nações mais ricas, modernas e
livres são monarquistas e parlamentaristas. Este sistema presidencialista só
funciona nos Estados Unidos por razões óbvias. Países pobres, subdesenvolvidos,
são presidencialistas. Num regime monárquico e parlamentarista como Reino
Unido, Japão, Espanha, Holanda, Suécia, Canadá, Austrália, etc. As crises são
solucionadas com mais rapidez. Se o Brasil fosse pelo menos parlamentarista, o
governo Dilma Rousseff já teria caído. Simples. Surgem denúncias, vota-se uma
Moção de Desconfiança e afasta-se rapidamente o governo. O povo é chamado às
urnas e escolhe-se um novo. No caso da Monarquia, o imperador é Chefe
de Estado, não se intromete no governo, logo está imune a sofrer pressões, ser
corrompido, etc.
A Rainha Elizabeth II, do Reino Unido, e toda sua
família, custam bem menos aos contribuintes britânicos que a presidente Dilma e
seus 39 ministros somando-se à intensa corrupção fluente no Brasil. Não se vê
notícias sobre o envolvimento da rainha e sua família em escândalos de
corrupção. E no Japão? Alguém já leu uma linha sequer que desabone a conduta
dos Membros da Casa Imperial do Trono do Crisântemo? Troca-se o
primeiro-ministro japonês com tanta facilidade e rapidez que ninguém sequer
consegue lembrar o nome do titular. Acho que devemos deixar de lado o
preconceito, a ignorância e pensar seriamente nesta possibilidade. A monarquia
parlamentarista daria estabilidade ao governo e o povo não teria que engolir
por 4 longos anos, essa hipocrisia de que o candidato foi eleito soberanamente
pelo povo e tem-se que respeitar o seu mandato, claro, desde que ele não tenha
roubado ou praticado crimes contra o interesse público.
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