sábado, 8 de novembro de 2014

Impeachment é golpe!

Histeria contra a urna eletrônica!


Ninguém quer perder uma eleição. Gosto amargo, algo difícil de engolir, ingerir. Mas faz parte das regras do jogo. Em política não existe empate. Aécio Neves perdeu a eleição por razões simples. Não fez o dever de casa ao perder em seu próprio estado e parece que a aliança com Marina e a família de Eduardo Campos, não deu em nada, pois deveria ter ganhado também em Pernambuco. É compreensível a revolta dos eleitores tucanos, mas é preciso bom senso, pés no chão. A infeliz iniciativa do PSDB de ingressar no TSE pedindo uma auditoria dos votos, sem apontar nenhuma irregularidade ou fraude de forma absolutamente concreta, beira a estupidez e a falta de bom senso. Denúncias vazias, baseadas nas inúmeras manifestações pelas redes sociais, são gestos de desespero. É preciso que haja fatos concretos, provas cabais, irrefutáveis. Não é o caso. Cairá no ridículo.

Essas manifestações pelo país e pelas redes sociais de pedido de “impeachment” da presidente Dilma também são ações de quem não sabe perder. Para se concretizar tal fato, o impedimento é preciso haver fortes motivações, fatos concretos. Provas. O quê temos? A palavra de um criminoso, indigna de crédito, que, segundo a revista VEJA, afirmou que Lula e Dilma sabiam das tramóias, dos desvios de dinheiro na Petrobrás. Cadê as provas? A revista não inseriu na matéria nenhuma prova indiscutível apresentada pelo doleiro Yousseff ou pelo delator Paulo Roberto Costa. Alguma gravação autorizada judicialmente de conversas havidas entre os citados, Lula e Dilma, com estes protagonistas. Algum papel com a assinatura ou letra de Dilma ou Lula determinando repasses de dinheiro, etc. A revista fez  uma denúncia vazia às vésperas do segundo turno e não mostrou provas. O próprio Aécio Neves discorda desse pedido de impedimento, por considerar um golpe. Logo, essas manifestações, tendem a não resultar em nada, só barulho dessas agitações inúteis e descabidas.

A urna eletrônica brasileira é indevassável, segura e confiável. Está havendo uma histeria coletiva de pessoas ou grupos cuja intenção se desconhece. Não existe a possibilidade de se fraudar, inserir dados na urna no momento em que ocorre a votação. A urna funciona isoladamente não tendo qualquer contato com o mundo exterior, quer seja por meio da internet ou por cabos telefônicos. Antes das oito horas da manhã, o presidente da secção, auxiliado pelos mesários, efetua o procedimento da “Zerésima”, quando de retira um comprovante legal que mostra que a urna está zerada. Se algum dado, algum voto estiver registrado neste momento, esta urna é retirada e substituída por outra. É preciso que as pessoas saibam que em geral, os mesários não se conhecem entre si. Com isso, dificilmente haveria a conivência com alguma irregularidade, aliado ao fato de que normalmente os fiscais e delegados de partidos estão presentes para fiscalizarem este momento.

Em geral, as secções eleitorais recebem poucos votos, talvez menos de mil. Para se evitar filas demoradas, atrasos. Pode ocorrer a duplicidade de título eleitoral, mas é um problema técnico dos cartórios eleitorais e isso dá margem a alguém votar no lugar de outrem. Podem ocorrer fatos isolados aqui ou ali de algum tipo de problema, contudo, isso pouco alteraria o resultado final. Afirmar, por em dúvida a atuação do presidente do TSE, Ministro Dias Tofolli, é algo que pode partir de pessoas menos avisadas. É bem provável que o ministro nem tenha o conhecimento técnico necessário para operar o complexo e seguro sistema eletrônico que atua nas eleições brasileiras. Tudo não passa de boataria, teorias da conspiração e insanidade de algumas pessoas. Vejamos – se fosse possível fraudar as urnas, por que o PT não usaria este recurso para ganhar a eleição em S. Paulo, onde perde há 20 anos?! A fraude é apenas para favorecer o PT?! Ninguém acusa a vitória de Alckmin como fraude, por quê?! Vamos reconhecer a derrota, vamos voltar à nossa rotina com calma, respeitando os adversários vitoriosos e pensar na próxima eleição. Afinal, somos ou não somos democratas?!    

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