Histeria
contra a urna eletrônica!
Ninguém
quer perder uma eleição. Gosto amargo, algo difícil de engolir, ingerir. Mas
faz parte das regras do jogo. Em política não existe empate. Aécio Neves perdeu
a eleição por razões simples. Não fez o dever de casa ao perder em seu próprio
estado e parece que a aliança com Marina e a família de Eduardo Campos, não deu
em nada, pois deveria ter ganhado também em Pernambuco. É compreensível a
revolta dos eleitores tucanos, mas é preciso bom senso, pés no chão. A infeliz
iniciativa do PSDB de ingressar no TSE pedindo uma auditoria dos votos, sem
apontar nenhuma irregularidade ou fraude de forma absolutamente concreta, beira
a estupidez e a falta de bom senso. Denúncias vazias, baseadas nas inúmeras
manifestações pelas redes sociais, são gestos de desespero. É preciso que haja
fatos concretos, provas cabais, irrefutáveis. Não é o caso. Cairá no ridículo.
Essas
manifestações pelo país e pelas redes sociais de pedido de “impeachment” da presidente Dilma também são ações de quem não sabe
perder. Para se concretizar tal fato, o impedimento é preciso haver fortes
motivações, fatos concretos. Provas. O quê temos? A palavra de um criminoso,
indigna de crédito, que, segundo a revista VEJA, afirmou que Lula e Dilma
sabiam das tramóias, dos desvios de dinheiro na Petrobrás. Cadê as provas? A
revista não inseriu na matéria nenhuma prova indiscutível apresentada pelo
doleiro Yousseff ou pelo delator Paulo Roberto Costa. Alguma gravação
autorizada judicialmente de conversas havidas entre os citados, Lula e Dilma,
com estes protagonistas. Algum papel com a assinatura ou letra de Dilma ou Lula
determinando repasses de dinheiro, etc. A revista fez uma denúncia vazia às vésperas do segundo
turno e não mostrou provas. O próprio Aécio Neves discorda desse pedido de
impedimento, por considerar um golpe. Logo, essas manifestações, tendem a não
resultar em nada, só barulho dessas agitações inúteis e descabidas.
A
urna eletrônica brasileira é indevassável, segura e confiável. Está havendo uma
histeria coletiva de pessoas ou grupos cuja intenção se desconhece. Não existe
a possibilidade de se fraudar, inserir dados na urna no momento em que ocorre a
votação. A urna funciona isoladamente não tendo qualquer contato com o mundo
exterior, quer seja por meio da internet ou por cabos telefônicos. Antes das
oito horas da manhã, o presidente da secção, auxiliado pelos mesários, efetua o
procedimento da “Zerésima”, quando de retira um comprovante legal que mostra
que a urna está zerada. Se algum dado, algum voto estiver registrado neste
momento, esta urna é retirada e substituída por outra. É preciso que as pessoas
saibam que em geral, os mesários não se conhecem entre si. Com isso,
dificilmente haveria a conivência com alguma irregularidade, aliado ao fato de
que normalmente os fiscais e delegados de partidos estão presentes para
fiscalizarem este momento.
Em
geral, as secções eleitorais recebem poucos votos, talvez menos de mil. Para se
evitar filas demoradas, atrasos. Pode ocorrer a duplicidade de título
eleitoral, mas é um problema técnico dos cartórios eleitorais e isso dá margem
a alguém votar no lugar de outrem. Podem ocorrer fatos isolados aqui ou ali de
algum tipo de problema, contudo, isso pouco alteraria o resultado final.
Afirmar, por em dúvida a atuação do presidente do TSE, Ministro Dias Tofolli, é
algo que pode partir de pessoas menos avisadas. É bem provável que o ministro
nem tenha o conhecimento técnico necessário para operar o complexo e seguro
sistema eletrônico que atua nas eleições brasileiras. Tudo não passa de
boataria, teorias da conspiração e insanidade de algumas pessoas. Vejamos – se
fosse possível fraudar as urnas, por que o PT não usaria este recurso para
ganhar a eleição em S. Paulo, onde perde há 20 anos?! A fraude é apenas para
favorecer o PT?! Ninguém acusa a vitória de Alckmin como fraude, por quê?!
Vamos reconhecer a derrota, vamos voltar à nossa rotina com calma, respeitando
os adversários vitoriosos e pensar na próxima eleição. Afinal, somos ou não
somos democratas?!
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