sábado, 13 de setembro de 2014

Corrupção: Quem não presta é o eleitor !

Corrupção: Quem não presta é o eleitor !


Quando lemos nos jornais ou vemos na TV que em alguns estados brasileiros, candidatos nascidos no seio da corrupção, herdeiros de políticos bandidos, cassados, presos e que estão à frente nas pesquisas eleitorais, ficamos com vergonha, triste e nos perguntando como é possível que Fernando Collor de Mello, vai batendo Heloisa Helena para manter-se no Senado, ao mesmo tempo em que um "ilustre" desconhecido filho de Renan Calheiros, deve eleger-se governador da Capitania Hereditária das Alagoas. Que Henrique Eduardo Alves (PMDB), deputado federal pelo Rio Grande do Norte, há 44 anos, conseguiu aliar-se aos seus mais tradicionais adversários e pode eleger-se também governador potiguar. Que o filho de Jáder Barbalho, está tecnicamente empatado com Jamil Jatene, na disputa pelo governo do Pará. E que, Arruda, mesmo cassado, preso por corrupção, está em primeiro lugar nas pesquisas rumo ao governo de Brasília. Este bandido acaba de renunciar à candidatura e colocou sua mulher como vice, claro, ganhando ele vai governar. Que em São Paulo, Eduardo Suplicy  (PT), que está no Senado há 24 anos, não fazendo nada, exceto palhaçada, está empatado com Serra (PSDB). Suplicy prega em sua campanha, honestidade, coisa que seu partido nem de longe cultua. Dilma, mesmo vaiada, criticada por onde passa, lidera a corrida presidencial! Esta semana elogiou Sarney, Collor, etc. Quando vemos os candidatos ao governo do Rio de Janeiro, Garotinho, Lindberg Farias, Pezão, todos com um caminhão de processos...

Será que Freud explicaria essa situação?! Nãao!! Enlouqueceria se quisesse entender o que se passa na cabeça do eleitor brasileiro. No ano passado, numa gravação sobre a denúncia da venda de emendas parlamentares, o deputado biriguiense Roquinho Barbieri (PTB), disse à um interlocutor que "tinha  ido ali em Coroados visitar uns sem-vergonhas...". Claro, é assim como esse político com "p" minúsculo se refere aos seus eleitores. Estamos aguardando o dia 6 de outubro para saber quantos votos Barbieri terá em Coroados. E não será nenhuma surpresa se forem milhares, afinal,  uma boa e convincente conversa em porta de buteco ajuda em muito conseguir eleitores estúpidos, idiotas, inocentes úteis que se colocam à disposição de votar assim.  O eleitor brasileiro em grande maioria é desprovido de senso crítico, de caráter, de dignidade. Troca o voto por cestas básicas, pelo "Bolsa Família", "Vale Gás", "Vale Leite", "Vale Cultura", "Vale Camisinha", etc. De um lado, políticos no afã de corromperem e o povo, o eleitor disposto a ser corrompido. Tem sido assim desde que Cabral aqui aportou. 

Defendemos a tese de que somos um povo sem berço, sem eira nem beira, sem cultura, sem pedigree. Somos o resultado de uma mistura que une mediocridade, safadeza e desonestidade. Temos o DNA da pilantragem, tão cantada em verso e prosa, materializada na figura do malandro carioca, tão ilustrada  na trágica figura da "Lei de Gerson" e no espírito do famoso "jeitinho brasileiro". É vergonhoso para quem ama a virtude, a ética, a honra e cultua o caráter, assistir que candidatos bandidos, pilantras procurados inclusive pela Interpol, como Maluf, desfila na TV seu discurso fácil e ainda arrebanha milhares e milhares de votos. É vergonhoso que uma mulher honrada, que fez da ética e da moralidade pública a sua bandeira de vida, possa ser derrotada por um canalha, por um biltre, um sacripanta como Collor de Mello. Somos uma triste mistura daquilo de que pior existia em Portugal ao tempo da colonização - bandidos, estupradores, assassinos, ladrões que, condenados eram enviados "aos quintos do inferno" o Brasil. A triste e deplorável mistura com os nativos e depois os africanos escravos, deu nisso que somos.

Sabemos que ao escrever assim, chocamos muita gente, mas é a realidade que fica patente quando vivemos os períodos eleitorais onde vemos a "fina flor" do crime, bandidos de gravatas, gente condenada, gente da ralé, gente habituada a viver nos esgotos, estamparem suas fuças pedindo votos e pior - se elegem! Antigamente cartazes eram pregados nos postes, nas árvores, com a tarja "procura-se", com a habitual oferta de prêmios pela captura. Hoje, nos cartazes, pedem votos, e são eleitos. Basta ver os nomes, as caras dos pseudos-candidatos É um triste desfile de um verdadeiro circo dos horrores. Infelizmente, não há perspectivas de mudanças. Serão necessários uns mil anos para nascer neste país, pessoas de bem, pessoas de boa índole desde o berço. Pessoas de caráter, gente que escolhem seus candidatos para representá-los baseados nas premissas da ética, da conduta e da honra. No Brasil não são os candidatos que não prestam, mas sim os eleitores, afinal, nenhum deles chega em Brasília pela porta dos fundos e sim pelo voto, um direito inalienável de cada cidadão que, infelimente faz mau uso desse importante mecanismo. Todo mundo reclama do governo, da educação, da saúde, da segurança, dos impostos, mas, no momento histórico de mudar esta situação, o eleitor leva na gozação, vota nessas tristes e repugnantes figuras como Maluf, Collor, Sarney, Tiririca, Marcos Feliciano, Barbieri, Barbalho, Arruda e outros. Ver gente do PT, condenados pelo Mensalão, posando de bons mocinhos à cata do voto. Na hora de votar de forma respeitosa e séria, o eleitor opta pela gozação, pela palhaçada. Afinal, quem não presta, quem não vale nada mesmo é o eleitor!

Nenhum comentário:

Postar um comentário