"A diplomacia brasileira é irrelevante, é anã!"
Não
é de hoje que a diplomacia brasileira passa por uma “saia-justa” deplorável que
expõe claramente as limitações, as falhas e fraquezas da política exterior
brasileira. O governo petista, desde
Lula e alcançando o atual com Dilma Rousseff tomou posições discutíveis,
questionáveis e acima de tudo, polêmicas e inócuas. Essa aproximação com
governos autoritários, antidemocráticos, verdadeiras ditaduras disfarçadas,
colocam em xeque a visão que países mais ricos e influentes têm do Brasil. As
relações com o governo ditatorial dos irmãos Castro’s em Cuba, o apoio
ostensivo ao regime venezuelano, boliviano, peruano, colombiano e a proximidade
com a Rússia, Irã e China, contrapõe os interesses de Washington e seus aliados
na Europa. Essa situação agravou-se com a descoberta dos grampos nas
comunicações até mesmo da presidente do Brasil, que ater cancelou uma viagem
para encontro com o presidente Barack Obama contribuindo assim para um maior
distanciamento entre o Brasil e Estados Unidos.
Uma
sucessão de erros e trapalhadas cometidas no âmbito do Itamaraty deixaram em
situação ridícula figuras importantes das relações exteriores. O Brasil não
soube administrar com eficácia e nos termos dos tratados internacionais, aquela
situação esdrúxula do asilo diplomático dado ao presidente deposto de Honduras,
Zelaya, que refugiou-se na embaixada brasileira naquele país. Quando da invasão
das instalações da Petrobrás Na Bolívia, por determinação do governo Evo
Morales, o então presidente Lula foi omisso, subserviente e cedeu diante das
intimidações e pressões do governo boliviano, contrariando os interesses do
Brasil. Mais recentemente, outra trapalhada diplomática foi a fuga da Bolívia, com lances cinematográficos
de um diplomata brasileiro, trazendo escondido num carro oficial da embaixada
brasileira, um senador boliviano, sem o devido salvo-conduto, perseguido por
Evo Morales. Até hoje, este senador encontra-se escondido no Brasil, sem que o
Itamaraty tenha resolvido sua situação, mostrando claramente a incompetência, a
incapacidade de gestão dos diplomatas e do próprio governo de Dilma Rousseff.
Lula
sempre teve a desmedida e improvável ambição de elevar o Brasil entre os
grandes e poderosos, conseguindo para isto, um assento no Conselho de Segurança
da ONU. Para tanto, o ex-presidente aproximou-se de diversos governos
africanos, tentando cooptar apoio e votos para atender os interesses do governo
brasileiro. Não só Lula como Dilma perdoaram bilhões de Reais em dívidas que
muitos desses países tinham para com o Tesouro do Brasil. O governo brasileiro
fechou os olhos a inúmeros e indesejáveis problemas como as ditaduras
africanas, a crise na Líbia e mais recentemente a ocupação vergonhosa da Rússia
na península da Criméia, apoderando-se de território ucraniano. Dilma sequer
tocou neste assunto com o presidente russo Wladimir Putin em visita ao Brasil,
assim como nunca trata de assuntos como governo chinês relativos aos direitos
humanos, trabalho escravo e a indevida ocupação do Tibete.
Nem
temos nestes governos do PT, um nome respeitável, digno, compatível com a
dignidade, o caráter cerimonial de um chanceler. Celso Amorim e Antonio
Patriota, dois verdadeiros imbecis, verdadeiros fantoches, pois quem de fato
usurpou o cargo foi Marco Aurélio Garcia, uma espécie de “Rasputin” caipira que
desde o governo Lula vive se esgueirando pelas salas do Planalto agindo como
verdadeiro representante do governo nos assuntos do exterior. Até hoje não se
entendem as razões que de fato levaram Lula e Dilma a manterem esse indivíduo
sem um cargo definido a agir com mais poder que os ministros de fato. Garcia
transita bem entre esses governos latino-americanos e goza da confiança de
Lula. É simpático e ideólogo do PT nos assuntos bolivarianos e cubanos.
Agora,
em mais uma trapalhada ridícula, o Brasil se intromete nesta delicada questão
envolvendo Israel e os palestinos. Uma questão quase que insolúvel, milenar e
que em termos gerais está distante dos interesses brasileiros. Ao tomar posição
em favor do grupo terrorista Hamas, o Itamaraty acaba de protagonizar mais um
episódio grotesco, surreal e acima de tudo expondo a fragilidade de nossa
diplomacia. Ao reagir sobre o fato, a chancelaria israelense reduziu o governo
brasileiro à uma condição de deboche ao ridicularizar nossa diplomacia
comparando-a como “anã e irrelevante”. Lamentavelmente, os diplomatas de Israel
disseram a verdade e complementaram: “Desproporcional é um 7 x 1”. Triste
situação que deve constranger os ossos do Barão do Rio Branco!