A NOVA “CARA” DA CÂMARA MUN. DE ARAÇATUBA
(Foto do querido AG - Angelo Cardoso)
Ao todo, 37.634 votos do
eleitorado araçatubense, escolheram os
doze vereadores com assento à nova Câmara que se instala no dia 1. de janeiro
de 2013. Isso significa um pouco mais dos 30% de eleitores que votaram nos quase 150
candidatos. O mais votado foi Cido Saraiva (PMDB), com 5.232 votos, o maior da
história política da cidade e o 12° edil escolhido é Gilberto Batata, com 2.236
votos. Isso mostra a enorme dificuldade para se conseguir uma vaga na edilidade
visto que o voto se pulveriza de sorte que o candidato precisa ter fôlego,
dinheiro, paciência, articulação e prestígio junto ao povo. Destacamos que
nomes históricos e com larga folha de serviços prestados à cidade, ficaram de
fora, como o Dunga (2.095 votos), Mardegan (1.993 votos), Alex Lapenta (2.049
votos), Olair Bosco (2.200 votos), e, quem diria – Platibanda que teve uns
míseros 1.166 votinhos). Tadami Kawata, Assunta,
Cabo Claudino e outras figurinhas carimbadas sobraram igualmente. Lapenta
fez uma campanha robusta, cara e imponente, mas não convenceu o eleitorado. Foi
uma enorme decepção do PT. Nomes fortes foram banidos, reprovados pelo eleitor –
Platibanda, Durvalina, Olair Bosco, Edval da Madeira não se reelegeram e,
Joaquim da Santa Casa não concorreu pois já estava mais que queimado por conta
da fábula do “saco de dinheiro”. Os reeleitos, Cido Saraiva, Prof.Cláudio,
Papinha, Dr. Nava, junto com os novos – Beatriz Nogueira, Rosaldo Oliveira, Dr.
Jaime e Gilberto Batata formarão, em tese a bancada de sustentação ao prefeito
também reeleito Cido Sério. Tieza, Arlindo Araújo, Edna Flor e Carlinhos do 3. DP
terão a difícil, árdua missão de conter e controlar a administração municipal.
Gostaria de lembrar que prevíamos já no dia 3 de outubro, que o grupo de
Dilador não faria mais que 4 vereadores. Recebemos uma saraivada de críticas
pela opinião, que acabou se confirmando.
Os derrotados e excluídos, como
Platibanda, Durvalina, Edval, estavam grandemente desgastados por conta de
posicionamentos dúbios e fracos. Durvalina Garcia teve um mandato pífio, fraco
e mereceu voltar para casa. Platibanda, em que pese o relevante trabalho que
presta com, suas ambulâncias, parece ter sido traído por essas pessoas que ele
tanto ajuda. Ficará numa situação desconfortável não terá recursos para
continuar prestando este atendimento beneficente. Falhou em sua repetitiva e
cansativa oposição sistemática ao prefeito. Edval da Madeira está na Casa há 16
anos. Antes, no governo Maluly Neto era um anti-petista praticante e vociferava
diatribes contra o PT, Lula. Tão logo Cido Sério entrou, bandeou-se para o lado
do novo governo que antes tanto criticava. Deve ter sido castigado por seus
eleitores já cansados de sua figura. Olair Bosco, até que foi um vereador que
muita gente nunca tinha ouvido sua voz, trabalhou muito pelos bairros de sua
área, lutando por asfalto, luz elétrica, esgoto, etc. mas foi prensado,
esmagado pelo trator do prof. Cláudio Henrique que volta ainda mais forte
ampliando sua área de atuação representatividade. É forte candidato à
presidência do legislativo e também disputa a liderança do governo. Cido
Saraiva, que age em silêncio prestando relevantes serviços de atendimento ao
povo mais humilde, teve a maior votação já dada para um vereador na história
política de Araçatuba.
Dos novos que chegam – Rosalvo
Oliveira, Beatriz Nogueira e Carlinhos do 3. DP, destaca-se a educadora e
ex-secretária de Educação do município que surpreendeu até mesmo os petistas. Há
quem diga que o prefeito foi entusiasta de sua campanha, inclusive em suas
primeiras declarações à imprensa ao caminhar de seu apartamento até a sede do
comitê, só citou o nome de Beatriz Nogueira. É articulada, fluente, inteligente
e já aparece seu nome nos meios políticos como a eventual candidata à sucessão
de Cido Sério. Carlinhos do 3. DP, é conhecido por suas obras de caridade, as
inúmeras campanhas de arrecadação de roupas, agasalhos e alimentos que sempre
fez. Gilberto Batata e Dr. Jaime já foram vereadores e possuem sólidas bases
nos bairros. Rosaldo Oliveira foi uma surpresa pois ninguém acreditava que o PV
elegesse um representante. Também foi um dos candidatos que mostrou uma
campanha forte, centenas de cabos eleitorais e fiscais no dia do pleito. Usou e abusou dos detestáveis carros de som e
sem dúvida, mesmo sendo do PV que prega o respeito ao meio ambiente foi o
candidato que mais sujou as ruas diante das escolas onde houve votação. Seu
partido apoiou Cido Sério na primeira eleição e eles esperavam receber a
Secretaria do Meio Ambiente sendo atropelados pelo argentino Héctor Rozas cuja
cabeça foi pedida em ação na justiça por um dos membros do PV sob a alegação
que Rozas estava irregularmente no país. Agora, aguarda-se a movimentação para
ver como o prefeito Cido Sério irá compor seu gabinete em meio à esse
emaranhado de partidos de sua coligação.
Tieza (PSDB) será a única
representante da oposição com fortes ligações não só com o governador como
também com Dilador Borges, eventualmente novo deputado a assumir em janeiro.
Certamente grandes embates serão aguardados entre Tieza e Beatriz Nogueira.
Como em 2014 teremos eleições proporcionais em nível nacional e estadual, para
governador, deputados estaduais, federais e senadores, não há como evitar novo
encontro nas urnas entre Dilador Borges e Cido Sério. O primeiro, estando já
deputado deverá concorrer à reeleição e o segundo fatalmente deixará o cargo no
meio do mandato para que o vice, Carlos Hernandes conclua e disputará uma vaga
na Assembléia do Estado ou mesmo na Câmara Federal. O grande problema para Cido
Sério em 2014 será acomodar seu vice que sem dúvida irá querer ser candidato à
prefeitura, diante desse novo horizonte
que surge com o nome de Beatriz Nogueira. Edna Flor se desgastou muito no
episódio em que abandonou sua candidatura como vice na chapa de Dilador Borges
tanto que a mesma reconhece ter perdido esses quase mil votos por conta desse
episódio. Anunciará em janeiro se candidatará à deputada estadual, uma
verdadeira aventura que naufragará nas águas turbulentas do pleito. Se tivesse
sido eleito prefeito, Dilador certamente apoiaria Edna Flor para ser deputada,
usando sua base espalhada pelo interior do estado. Em 2010, Dilador teve votos
em mais de 400 municipios. Agora diante dessa derrota em que Edna Flor teve
responsabilidade direta, dificilmente a apoiará até porque já estará candidato
à reeleição. Quem viver verá !
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