sábado, 27 de outubro de 2012


Maria Fumaça: Araçatuba poderá ter viagem turística de trem

Em 1987, esta "maria fumaça" fez o trajeto entre Bauru e Corumbá, como parte de um projeto de antigos ferroviários para divulgar o turismo usando este tipo de transporte. A locomotiva hoje existente lá no bosque de Araçatuba, é do mesmo modelo desta e, segundo o secretário Carlos Nova, poderá ser recuperada e funcionar. (Foto tirada na gare da estação de trem em Três Lagoas/MS - arquivo do extinto jornal FOLHA DE TRÊS LAGOAS).

Segundo divulgou esta semana em seu site, o secretário municipal de Cultura, Hélio Consolaro, seu colega de gabinete, Carlos Gilberto Nova, secretário de Turismo de Araçatuba está tentando viabilizar um projeto que certamente vai não só emocionar o povo araçatubense como também resgatar parte de nosso passado histórico – ele pretende  usar a locomotiva  “maria fumaça” que se encontra no Zoológico Municipal Flávio Leite Ribeiro, que já foi avaliada pela Associação Brasileira das Operadoras de Trens Turísticos Culturais em condições de funcionamento, para promover semanalmente ou diariamente uma viagem turística entre Araçatuba a Birigui.

A linha férrea seria a mesma, já com permissão da América Latina Logística. A estação de Ferdinando Laboriaux seria o ponto de chegada e partida de Araçatuba. Uma forma de recuperar aquele prédio histórico. O secretário Carlos Nova, está tentando viabilizar o projeto, juntar as partes interessadas, promover um seminário, debater o assunto. Além disso, o Ministério do Turismo disponibiliza não só projetos como recursos para o turismo ferroviário desse tipo.  

Sem dúvida, a iniciativa do titular da pasta do Turismo merece de todos nós os aplausos e o apoio. Araçatuba, assim como grande parte das cidades do noroeste paulista, nasceu em decorrência da chegada dos trilhos da antiga Estrada de Ferro Noroeste do Brasil lá pelo início do século passado, no caso de Araçatuba, em 1908. A forte ligação da história, da economia, da cultura e da própria sociedade e do desenvolvimento urbano e rural se deve em grande parte ou em sua totalidade à linha férrea que outrora foi um marco da glória de um passado desenvolvimentista alicerçado na economia cafeeira.

A “maria fumaça” que se encontra praticamente abandonada lá no bosque municipal, é parte desse período de nossa história e, muitos antigos ferroviários e suas famílias que ainda vivem na cidade, sentem um saudosismo, uma dor profunda na alma em virtude da situação daquela locomotiva. Iniciativa do vereador Joaquim da Santa Casa e Tieza, tentaram sem sucesso trazê-la para o coração da cidade, afim de que pudesse ficar exposta na Av. dos Araçás, palco de um passado rico de fatos ligados ao progresso e desenvolvimento de Araçatuba. Toda a riqueza, o comércio, o burburinho da cidade estava ligado ao barulho dessas locomotivas que até hoje despertam um sentimento de respeito e saudade de um tempo que não volta. Caso se concretize de fato esta louvável iniciativa em fazer esta viagem turística entre Araçatuba e Birigui, do ponto de vista turístico, será sem dúvida um fato que atrairá milhares de visitantes doutras cidades interessados em fazer este passeio. Certamente, as crianças que não viveram este lindo período, vão adorar vivenciar momentos de nostalgia para alguns, alegria para outros.

Caso a Secretaria de Turismo consiga de fato viabilizar a volta e a realização deste passeio de trem através da "maria fumaça", será um resgate de nossa história, um motivo de júbilo e alegria para toda a região.

Várias cidades brasileiras possuem esses passeios turísticos à bordo de trens do passado – Jaguariúna, Paranapiacaba, Campos do Jordão, Rio Preto, Tiradentes (MG). Quem não conhece a badalada e belíssima viagem de trem entre Curitiba e Paranaguá ? E a  atraente viagem de trem entre Belo Horizonte (MG) e Vitória (ES) ? Com toda certeza, o passeio entre Birigui e Araçatuba atrairá turistas e proporcionará mais uma excelente opção para que estudantes possam, ao lado de seus professores, ao fazerem este passeio, aprenderem muito sobre nosso rico passado e a influência que a ferrovia  exerceu sobre nossa cultura, nossa economia e até mesmo na política. Durante décadas, o trem era o único meio de transporte entre a capital paulista e esta vasta região. Políticos de renome aqui aportavam por meio da antiga estação de trem. Muitos eram recebidos ao som de banda de música.Era sempre uma festa quando o apito ecoava na curva avisando a chegada do trem.  

sábado, 20 de outubro de 2012


A NOVA “CARA” DA CÂMARA MUN. DE ARAÇATUBA
(Foto do querido AG - Angelo Cardoso)
Ao todo, 37.634 votos do eleitorado araçatubense,  escolheram os doze vereadores com assento à nova Câmara que se instala no dia 1. de janeiro de 2013. Isso significa um pouco mais dos 30%  de eleitores que votaram nos quase 150 candidatos. O mais votado foi Cido Saraiva (PMDB), com 5.232 votos, o maior da história política da cidade e o 12° edil escolhido é Gilberto Batata, com 2.236 votos. Isso mostra a enorme dificuldade para se conseguir uma vaga na edilidade visto que o voto se pulveriza de sorte que o candidato precisa ter fôlego, dinheiro, paciência, articulação e prestígio junto ao povo. Destacamos que nomes históricos e com larga folha de serviços prestados à cidade, ficaram de fora, como o Dunga (2.095 votos), Mardegan (1.993 votos), Alex Lapenta (2.049 votos), Olair Bosco (2.200 votos), e, quem diria – Platibanda que teve uns míseros 1.166 votinhos). Tadami Kawata,  Assunta, Cabo Claudino e outras figurinhas carimbadas sobraram igualmente. Lapenta fez uma campanha robusta, cara e imponente, mas não convenceu o eleitorado. Foi uma enorme decepção do PT. Nomes fortes foram banidos, reprovados pelo eleitor – Platibanda, Durvalina, Olair Bosco, Edval da Madeira não se reelegeram e, Joaquim da Santa Casa não concorreu pois já estava mais que queimado por conta da fábula do “saco de dinheiro”. Os reeleitos, Cido Saraiva, Prof.Cláudio, Papinha, Dr. Nava, junto com os novos – Beatriz Nogueira, Rosaldo Oliveira, Dr. Jaime e Gilberto Batata formarão, em tese a bancada de sustentação ao prefeito também reeleito Cido Sério. Tieza, Arlindo Araújo, Edna Flor e Carlinhos do 3. DP terão a difícil, árdua missão de conter e controlar a administração municipal. Gostaria de lembrar que prevíamos já no dia 3 de outubro, que o grupo de Dilador não faria mais que 4 vereadores. Recebemos uma saraivada de críticas pela opinião, que acabou se confirmando.
Os derrotados e excluídos, como Platibanda, Durvalina, Edval, estavam grandemente desgastados por conta de posicionamentos dúbios e fracos. Durvalina Garcia teve um mandato pífio, fraco e mereceu voltar para casa. Platibanda, em que pese o relevante trabalho que presta com, suas ambulâncias, parece ter sido traído por essas pessoas que ele tanto ajuda. Ficará numa situação desconfortável não terá recursos para continuar prestando este atendimento beneficente. Falhou em sua repetitiva e cansativa oposição sistemática ao prefeito. Edval da Madeira está na Casa há 16 anos. Antes, no governo Maluly Neto era um anti-petista praticante e vociferava diatribes contra o PT, Lula. Tão logo Cido Sério entrou, bandeou-se para o lado do novo governo que antes tanto criticava. Deve ter sido castigado por seus eleitores já cansados de sua figura. Olair Bosco, até que foi um vereador que muita gente nunca tinha ouvido sua voz, trabalhou muito pelos bairros de sua área, lutando por asfalto, luz elétrica, esgoto, etc. mas foi prensado, esmagado pelo trator do prof. Cláudio Henrique que volta ainda mais forte ampliando sua área de atuação  representatividade. É forte candidato à presidência do legislativo e também disputa a liderança do governo. Cido Saraiva, que age em silêncio prestando relevantes serviços de atendimento ao povo mais humilde, teve a maior votação já dada para um vereador na história política de Araçatuba.
Dos novos que chegam – Rosalvo Oliveira, Beatriz Nogueira e Carlinhos do 3. DP, destaca-se a educadora e ex-secretária de Educação do município que surpreendeu até mesmo os petistas. Há quem diga que o prefeito foi entusiasta de sua campanha, inclusive em suas primeiras declarações à imprensa ao caminhar de seu apartamento até a sede do comitê, só citou o nome de Beatriz Nogueira. É articulada, fluente, inteligente e já aparece seu nome nos meios políticos como a eventual candidata à sucessão de Cido Sério. Carlinhos do 3. DP, é conhecido por suas obras de caridade, as inúmeras campanhas de arrecadação de roupas, agasalhos e alimentos que sempre fez. Gilberto Batata e Dr. Jaime já foram vereadores e possuem sólidas bases nos bairros. Rosaldo Oliveira foi uma surpresa pois ninguém acreditava que o PV elegesse um representante. Também foi um dos candidatos que mostrou uma campanha forte, centenas de cabos eleitorais e fiscais no dia do pleito.  Usou e abusou dos detestáveis carros de som e sem dúvida, mesmo sendo do PV que prega o respeito ao meio ambiente foi o candidato que mais sujou as ruas diante das escolas onde houve votação. Seu partido apoiou Cido Sério na primeira eleição e eles esperavam receber a Secretaria do Meio Ambiente sendo atropelados pelo argentino Héctor Rozas cuja cabeça foi pedida em ação na justiça por um dos membros do PV sob a alegação que Rozas estava irregularmente no país. Agora, aguarda-se a movimentação para ver como o prefeito Cido Sério irá compor seu gabinete em meio à esse emaranhado de partidos de sua coligação.
Tieza (PSDB) será a única representante da oposição com fortes ligações não só com o governador como também com Dilador Borges, eventualmente novo deputado a assumir em janeiro. Certamente grandes embates serão aguardados entre Tieza e Beatriz Nogueira. Como em 2014 teremos eleições proporcionais em nível nacional e estadual, para governador, deputados estaduais, federais e senadores, não há como evitar novo encontro nas urnas entre Dilador Borges e Cido Sério. O primeiro, estando já deputado deverá concorrer à reeleição e o segundo fatalmente deixará o cargo no meio do mandato para que o vice, Carlos Hernandes conclua e disputará uma vaga na Assembléia do Estado ou mesmo na Câmara Federal. O grande problema para Cido Sério em 2014 será acomodar seu vice que sem dúvida irá querer ser candidato à prefeitura,  diante desse novo horizonte que surge com o nome de Beatriz Nogueira. Edna Flor se desgastou muito no episódio em que abandonou sua candidatura como vice na chapa de Dilador Borges tanto que a mesma reconhece ter perdido esses quase mil votos por conta desse episódio. Anunciará em janeiro se candidatará à deputada estadual, uma verdadeira aventura que naufragará nas águas turbulentas do pleito. Se tivesse sido eleito prefeito, Dilador certamente apoiaria Edna Flor para ser deputada, usando sua base espalhada pelo interior do estado. Em 2010, Dilador teve votos em mais de 400 municipios. Agora diante dessa derrota em que Edna Flor teve responsabilidade direta, dificilmente a apoiará até porque já estará candidato à reeleição. Quem viver verá !

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

A “guerra” entre Dilador Borges e Cido Sério continua em  2014 !

                                                                          Passadas as primeiras horas desse verdadeiro “tsunami” eleitoral que se abateu sobre Araçatuba, já possível avaliar o tamanho do desastre para alguns e  benesses da vitória de outros. Pelo menos 12 vereadores o prefeito e o vice salvaram-se da tragédia maior. Segundo a imprensa, Dilador Borges fechou-se em casa, abatido, deprimido, com enorme dificuldade em engolir esta terceira  derrota seguida, não se animando nem mesmo com a possibilidade concreta de assumir sua vaga como deputado estadual na  Assembléia Legislativa de São Paulo, em decorrência da eleição de três outros suplentes eleitos no pleito de domingo. E não é prá menos. Não se tem idéia do quantum, dos  números em dinheiro que Dilador Borges teria investido particularmente nestas três  eleições desde 2008 em que saiu derrotado pelo PT. A cifra certamente passa da casa dos milhões! E botem milhões nisso ! A hora é de se avaliar onde o PSDB errou e tem errado. Não precisa ser especialista nem técnico para apontar que nesta eleição de domingo passado, Dilador Borges e o tucanato cometeu pelo menos três erros cruciais   deixar Edna Flor escapar do compromisso em ser a vice prefeita na chapa, que abriria um leque alternativo junto ao eleitorado da periferia. O partido, parece ter sucumbido à decisão da vereadora e  não se esforçou no sentido  de convencê-la a manter a candidatura; uma total desarticulação nas negociações com os partidos, o que levou a maioria a fechar com o PT e lançar um elevado número de candidatos à vereança. Dilador ficou com uns poucos gatos-pingados, gente sem expressão política e, incapazes de puxar um número maior de votos. Conclusão, como era esperado, o grupo do PSDB elegeu apenas 4 vereadores deixando a oposição ainda mais fraca; A assessoria política e de marketing que trabalha para Dilador desde a eleição de 2008, é medíocre, incompetente, ineficaz e mais uma vez arrastou o candidato tucano para este pântano, por absoluta falta de visão política. Um programa de rádio e TV fraco e malfeito. A participação do candidato nos debates na TV foi um completo desastre. O embate  paralelo  entre Dilador e Cinti deveria ter sido evitado, ignorado, mas Dilador Borges deixou-se envolver nas teias malignas do ex-prefeito e caiu na opinião pública ao demonstrar um descontrole emocional diante de situações de extrema pressão.
                                                                              A escolha de Clarice Andorfato (DEM) para  ser a vice, foi um completo desastre, comemorado pelos petistas,que diziam não encontrar uma vice melhor  que esta para afundar de vez a candidatura de Dilador. Foi uma cena daquelas em que um náufrago ao pedir socorro, no lugar da bóia salvadora recebe uma pesada âncora! Os Andorfato’s, envolvidos no rumoroso escândalo da falência de suas empresas de consórcios que lesaram milhares de pessoas, nunca deveriam ter sido convidados e envolvidos na campanha. Dilador Borges, representando o novo, pregando a ética e a moralidade pública na política, mas nessas companhias...deu no que deu !   Paralelo ao fato de que a campanha tucana não tinha um discurso consistente, uma alternativa. Dilador errou ao criticar o caso dos kits escolares, como errou ao referir-se à Cido Sério como ”cassado” e a referência “ cabelinho molhado”. A exposição de fotos agressivas atacando a honra e a dignidade pessoal do prefeito e sua família, só serviu para irritar o eleitor que abomina essas atitudes de baixaria e agressões pessoais no pleito. O medo, a preocupação do eleitorado da presença ostensiva de Clarice Andorfato, seu marido Domingos Andorfato e seu filho Marcelo Andorfato, nos bastidores da campanha e a eventual participação no governo Dilador,  em caso de vitória, assustou, amedrontou o povo de Araçatuba e afugentou muitos eleitores, mesmo da classe média que tradicionalmente votava com PSDB. Isso foi fatal para derrubar o candidato, mesmo com o desgaste do prefeito Cido Sério nos últimos meses. A maioria do povo araçatubense preferiu deixar Cido Sério à frente da municipalidade, que correr o risco de eleger Dilador Borges e seu grupo político.
                                                                              A campanha nem bem terminou, surgiu a oportunidade de Dilador Borges assumir definitivamente uma vaga na Assembléia Legislativa e, já perguntado sobre isso, o prefeito Cido Sério afirmou que em hipótese alguma irá procurar Dilador Borges enquanto deputado estadual. Pode parecer um disparate, um gesto de insanidade e uma completa falta de civismo e de se pensar no interesse público, naquilo que é maior, que está e deve estar acima das picuinhas e brigas paroquiais. A população naturalmente espera que ambos – prefeito e deputado somem esforços e se unam em torno daquilo que visa o bem comum, a res publica. Infelizmente, o exemplo  mora ao lado. Em Birigui, o deputado Roquinho Barbieri e o prefeito Borini são inimigos declarados e acabam de sair de mais uma peleja que mostra não ter fim. Em Araçatuba não será diferente. Ao assumir sua cadeira de deputado, Dilador Borges, vê seu sonho de ser prefeito ganhar fôlego e buscará mostrar serviço, buscará recursos competindo com o prefeito Cido Sério que em 2014 será novamente seu principal opositor  em novo embate eleitoral. De um lado, Dilador vai  tentar reeleger-se como deputado estadual, até por uma questão de sobrevivência política e estar em exposição diante do eleitor. De outro, Cido Sério, deixará seu vice, Carlos Hernandes no cargo, disputará uma vaga para deputado estadual e, fatalmente vão estar em trincheiras opostas novamente. Há que lembrar, que a ex-secretária de Educação, Beatriz Nogueira, eleita com expressiva votação, surge como a provável opção para suceder Cido Sério à frente da prefeitura. Beatriz Nogueira é inteligente, soube usar a estrutura e seu trabalho frente a Secretaria Municipal de Educação, é articulada, jovem e ambiciosa. É um nome fortíssimo  na disputa da próxima eleição. Alex Lapenta que também poderia ser uma outra opção petista, mesmo com uma campanha forte, cara e ostensiva não conseguiu eleger-se vereador, abrindo assim um caminho natural para Beatriz Nogueira.    Quem viver, verá!

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

É DOMINGO !


ARAÇATUBA VAI ÀS URNAS

Neste domingo, à exemplo dos  mais de 5 mil municípios brasileiros, Araçatuba, através de seus mais de 138 mil eleitores, comparece às urnas para a escolha daquele que irá gerir os destinos desta grande metrópole nos próximos 4 anos, além de, igualmente escolher os 12 novos vereadores com assento à Câmara Municipal. São 4 candidatos, 2 com reais chances e cerca de 150 candidatos postulando uma vaga no legislativo. A coligação que apoia o atual prefeito, Cido Sério (PT), compõe-se de 17 partidos e disponibilizou 96 nomes a apreciação do eleitorado e, naturalmente terá uma oportunidade de eleger um maior número de vereadores. Já a coligação que apoia Dilador Borges (PSDB), lançou uns 40 candidatos mas dificilmente conseguirão eleger 3 ou 4 vereadores. Cido Sério, por força do grande número de partidos, reuniu cerca de 17 minutos no rádio e TV e o grupo de Dilador, com apenas 4 partidos, conta apenas com pouco mais de 5 minutos.
Cido Sério além de manter seu próprio vice na chapa, ampliou seu leque de opções ao arrastar para junto de si, um grande número de siglas partidárias, a passo que Dilador Borges, por absoluta falta de articulação política e pessoas capacitadas para interagir com as demais agremiações, perdeu a chance de expandir seu espaço. A situação do candidato tucano ficou mais vulnerável ao perder o apoio e a participação da vereadora Edna Flor (PPS), desde o ano passado, cotada para ser a candidata a vice principalmente por sua enorme credibilidade junto ao eleitorado e sua extensa penetração junto às camadas mais pobres da população. Ao perder o apoio de Edna Flor, Dilador Borges teve que engolir Clarice Andorfato (DEM), ex-vereadora e mulher do ex-prefeito Domingos Martin Andorfato. Ambos, nos anos 90 se envolveram num abismal escândalo financeiro, quando suas empresas no ramo de consórcios, teve decretada falência, pelo Banco Central, fato este de enorme repercussão em todo o país quando milhares de consorciados foram lesados e até hoje nunca receberam seus prêmios. Isso desgastou sobremaneiras o casal Andorfato e refletiu na candidatura de Dilador Borges que viu muitos de seus apoiadores abandonarem sua campanha por conta dessa aliança com o DEM.

O eleitor comparecerá às  urnas, praticamente com duas opções. O atual prefeito, mercê de suas dificuldades iniciais, conseguiu nos últimos meses recursos e atacou em todos os lados da cidade com inúmeras frentes de trabalho, buscando recuperar o tempo perdido. Contando ainda com um maior número de candidatos ao legislativo, Cido Sério dispõe de um grupo maior no contato junto à opinião pública, junto ao eleitorado. Destacadas lideranças comunitárias, ajudaram a levar a mensagem do prefeito. Ao construir quase 3 mil casas populares dentro do programa governamental “Minha Casa, Minha Vida”, o prefeito conseguiu reverter seu baixo índice de popularidade. A vinda e implantação do estaleiro junto ao Rio Tietê, trouxe um grande alento e abriu espaços à expansão econômica e um espectro desenvolvimentista. Corroborando este blog, há cerca de um mês passado, escrevemos que a coligação pró-Cido Sério elegia uns 7 ou 8 vereadores e o grupo de Dilador apenas 4. Com a pesquisa de intenção de votos divulgada hoje ( ver abaixo), tudo leva a crer que esses números podem ser ampliados. Se Dunga conseguir se eleger, no dia seguinte se bandeia para o lado do prefeito, deixando a oposição com 3 ou talvez 2 representantes. É uma questão matemática. A mesma pesquisa aponta que Cido Sério será como um tsunami sobre o tucanato local. 
De outro lado, Dilador Borges, oriundo do empresariado apresenta como sua arma maior, sua capacidade administrativa e sua vocação para gerir os destinos da cidade. Contudo, o candidato tucano peca ao ter uma enorme dificuldade de concatenar ideias, estabelecer  um discurso Inteligível. No correr da campanha, Dilador enfrentou enormes dificuldades para se fazer entender , teve lapsos de memória durante os debates públicos, chegando até o cúmulo de trocar seu número de partido. Isso gerou no eleitorado uma grande insegurança e capacidade de controle emocional, principalmente em momentos de extrema pressão. À sombra de Dilador Borges, posta-se sua candidata a vice prefeita,  Clarice Andorfato, provoca arrepios junto à população araçatubense, em função de eventual influência que esta e seu marido exercerão sobre o futuro prefeito.  Isso contribuiu para o crescimento do candidato petista. Voz corrente na cidade é de que a eventual consagração nas urnas de Dilador Borges, trará nuvens negras no horizonte da ensolarada cidade.