quarta-feira, 2 de março de 2011

Os novos caminhos do mundo

A história mundial se divide em várias épocas, vários períodos e etapas geralmente centradas em grandes conflitos mundiais ou regionais. Poderíamos iniciar pela grandiosidade do império  romano, ou mesmo pelos impérios de Gengis Khan, Alexandre Magno. Ou talvez pudéssemos nos balizar pelo grande império construído por Felipe II, de Espanha que montou a maior esquadra naval até então conhecida, a “Invencível Armada”. Invencível até encontrar o Almirante Nelson que a empurrou para o fundo do mar, acabando com o sonho de grandeza dos espanhóis e à partir do século 16, sob a égide de Elizabeth I, impôs ao mundo o império britânico que chegou até o final da I Guerra Mundial em 1.919. De lá para cá, o império americano se sobrepõe acima de tudo e de todos, sendo desafiado em alguns momentos pelos russos (ex-soviéticos) ou pelos chineses.  Adolf Hitler também sonhou em dominar o mundo, assim como Napoleão Bonaparte. Todos sucumbiram.
O recente vendaval que sopra sobre o norte da África e Oriente Médio, provocado por sublevações nascidas no meio do povo, mostraram aos olhos do mundo algo inimaginável, imprevisível até mesmo pelos “gênios” do Pentágono e do Departamento de Estado Americano. Células da “Inteligência” dos Estados Unidos não conseguiram prever, não conseguiram alertar o presidente Barack Obama sobre  esta onda de protestos no Bahrein, Tunísia, Jordânia, Egito, Líbia, Argélia, Iêmen, etc.  Ou seja, os melhores e mais bem formados e informados serviços de espionagem, contra-espionagem e informações secretas dos Estados Unidos, o FBI e a CIA em momento algum conseguiram detectar pelos seus meios usuais a movimentação de grupos de oposição até então inexpressivos e sufocados por estes regimes autoritários. Há que se estender também ao “Mossad”, o famoso serviço secreto israelense, falha na detecção desses grupos e a insurgência da população que com apenas 18 dias de pressão conseguiu derrubar o ditador egípcio Osni Mubarack e arrasta Muamar Gadafi para a derrota total.
De repente o mundo mudou, as armas convencionais foram abolidas e eis que de um simples teclado de um computador se organiza uma rebelião, uma revolta. Nem mesmo o país da moderna tecnologia que acaba de lançar o filme de sucesso, “A Rede”, foi capaz de sentir, de detectar esse novo instrumento capaz de mobilizar milhares e milhares de pessoas, dando-lhes coragem, destemor e força para enfrentarem os tanques de guerra, que se mostraram inertes e inócuos  nessa nova guerra do mundo que parece ter saído do virtual e alcançado o real, o possível. Sim, deve-se destacar que foi sem dúvida a internet, os meios pacíficos, silenciosos da mídia que derrubaram Mubarack e mostram ao mundo essa ferramenta inovadora e eficiente. Com certeza o Sr. Ho Jin Tao, o todo poderoso da China deve estar perdendo noites de sono, preocupado se o mesmo não será a bola da vez.  Nem refiro-me ao ditador da Coréia do Norte, Chavez, da Venezuela e esses ditadores das pobres nações africanas. Tudo é uma questão de tempo. Um efeito dominó se iniciou no Egito e tende a correr derrubando esses déspotas. O mundo se pergunta para onde caminhamos. Trocar ditadores por ditadores é a tônica nesses países que desconhecem os princípios democráticos. É uma dúvida o que está por vir. Quem viver, verá.
Ho Jin Tao comanda com mão de ferro o império chinês, mas deve estar perdendo noites e noites de sono com medo a internet.

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