domingo, 25 de agosto de 2019

Dilaflor: O começo do fim!

Dilaflor: O começo do fim!
Milhares de adesivos repudiam Dilador e Edna pelas ruas de Araçatuba.
O prefeito de Araçatuba Dilador Borges (PSDB) e sua vice Edna Flor (Cidadania), bem que se esforçam para mostrar que “reina a paz no reino tucano”, mas a realidade aponta noutra direção. Para onde você anda na cidade, a desconfiança e a credibilidade do prefeito marcam as conversas nas esquinas, nos botecos, nos shoppings. Pouca gente se atreve a defender o alcaide. Poucas pessoas acreditam que Dilador não sabia que essa quadrilha instalada debaixo de seus olhos, agia de forma criminosa. O ar de desaprovação aos dois, Edna e Dilador é enorme! A vice-prefeita sempre teve aquela auréola sobre a cabeça, tida como uma “quase santa”, uma alma de pureza, no entanto, a conduta não só do prefeito como sua vice, indicam que ambos tinham conhecimento do que se passava no coração da administração municipal. Bem antes da campanha eleitoral, Dilador já sabia como agiam essa “turma” envolvida com o ex-prefeito petista Cido Sério. Vendo que Sério e o PT naufragavam, essa gente tratava de se aproximar de Dilador, então franco favorito a se eleger, como de fato aconteceu. Após tomar posse, cumprindo os compromissos de campanha, o prefeito nomeou um caminhão de indicados por vereadores, líderes partidários que o apoiaram e pelo Chinelo.

José Avelino Pereira, conhecido como Chinelo, é um homem esperto. Do nada ficou rico. De simples metalúrgico como Lula, virou relevante liderança sindical e política. Fundou sindicatos e partido político, o PSB e influenciava na região. Seu patrimônio econômico evoluiu substancialmente tendo adquirido fazendas e criando bois valiosíssimos. Gostava de ostentar riqueza, andava com o pescoço cheio de correntões de ouro e pulseira. Não escondia seu elevado padrão de vida e mesmo assim, o prefeito Dilador deu corda e espaço ao mesmo dentro da administração de Araçatuba. Ele montou uma rede, indicando pessoas de sua confiança em cargos relevantes e estratégicos para que seus projetos e contratos “andassem” de mesa em mesa sem ter problemas e serem aprovados. Segundo a PF foram desviados mais de R$ 15 milhões em contratos superfaturados. Chinelo dava festas elegantes nas quais o prefeito comparecia. Sua influência era tamanha, uma rede de tentáculos em diversos setores e secretarias, até mesmo em cargos do governo do estado, como ficou evidente a nomeação da diretora da DRS-II, mantida por Dória à pedido de Dilador.

Agora, com o escândalo batendo às portas do gabinete do prefeito, Dilador se apressa em afirmar que “sua relação com Chinelo era só política”. Diz não conhecer nem nunca ter visto. A vice-prefeita Edna Flor foi pega numa gravação telefônica pedindo apoio de Chinelo à sua candidatura. Isso significa que ambos, Dilador e Edna consideravam Chinelo importante, influente. Mas, claro, agora vão negar e dizer que nunca nem o viram! O prefeito, no afã de livrar-se da péssima imagem, tenta mostrar “notícias boas e positivas” para desviar o foco do desagradável e nauseabundo tema – Chinelo. Dilador corre para mostrar que tudo está normal e às mil maravilhas. Acha que ao demitir os assessores de sua confiança apanhados pela PF, se livrou do problema. Mas a realidade não é bem assim. Ele anunciou que vai nomear em substituição à Cristina Domingues, um servidor de carreira, na Secretaria da Ação Social, casado com uma pessoa do IVVH, ligada ao Chinelo. Pode?! Dilador insiste em errar e quer abafar seus erros, tentando ludibriar como fez na campanha eleitoral, com promessas vãs, mentiras e falsas expectativas.

Até a primeira semana de Agosto, nos bastidores da política de Araçatuba, a reeleição de Dilaflor, era tida como “favas contadas”. Não há oposição organizada e partidos com candidatos. Único nome comentado é do vereador Cido Saraiva (MDB), mas poucos creem em sua candidatura. Apesar de ter enorme popularidade e ter sido o vereador mais votado, Saraiva enfrenta sérios problemas e dificuldades em suas atividades comerciais. Assim, Dilador era favorito. Mas, com o estouro da Operação #Tudonosso, o mundo desabou e a credibilidade não só dele como de sua vice, caíram no esgoto. Até setores do próprio PSDB olham com desconfiança o prefeito e enxergam como inviável sua reeleição. O único partido capaz de lançar um nome novo, alheio à essa sujeirada toda, seria o PSL, que está sob intervenção. Aguarda-se para os próximos dias ou semanas, que o deputado Eduardo Bolsonaro decida sobre o destino do PSL local e nomeie um novo diretório que fatalmente indicará um nome com o apoio do presidente Bolsonaro, com chances de derrubar Dilador e Edna Flor, que hoje se arrastam, se esgueiram pelo chão, onde a credibilidade do governo se nivelou. 


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