segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Edna Flor: Quando o poder sobe à cabeça!

Edna Flor: Quando o poder sobe à cabeça!

Quem acompanha o dia-a-dia da política araçatubense, especialmente a atuação dos vereadores, do prefeito e seus secretários, sabe muito bem como funciona o status quo, a posição deste ou daquele agente político que muda ao sabor das conveniências, dos intere$$e$ e interesses, mercê dos resultados eleitorais favoráveis ou não. Em Araçatuba, pode-se afirmar sem medo de errar, que só existe um político coerente, centrado e nunca muda suas opiniões seja por razões partidárias, por resultados das urnas ou conforme tocam esta ou aquela música à partir lá do “Palácio da Rodoviária”. Em seu sétimo mandato como vereador, Arlindo Araújo, com quase 30 anos no legislativo araçatubense, mantém sua linha de conduta na defesa intransigente dos verdadeiros interesses do povo. Não se vende, não se corrompe, não troca cargos comissionados por apoio nas votações na câmara. Infelizmente, ver políticos como os vereadores Jaime José da Silva (PTB) e Dunga (DEM), tal qual camaleões, que, para sobreviverem mudam de cor. Assim agem esses políticos que, de acordo com o resultados das urnas, dependendo do prefeito eleito, eles, inexoravelmente vão aderir, mesmo que suas ideologias, as doutrinas dos partidos a que pertencem, sejam opostas no novo ocupante da prefeitura. O que vale são os interesses pessoais. Dane-se o povo, o eleitor que votou crente que fariam oposição.

Quando Cido Sério (ex-PT) era prefeito, tinha uma bancada forte de situação que aprovava tudo que ele queria. Jaime era um dos maiores defensores de Cido Sério. Numa sessão da câmara, quando Dilador Borges (PSDB) “estava” deputado suplente, Jaime deitou falação contra o então deputado, secundado pelo vereador Batata. Desceram o sarrafo no tucano. Dunga, durante a campanha de 2016 disse e reafirmou isso em plenário que “Dilador me considera como a escória da política de Araçatuba”. E não é que o tucano tinha razão! Hoje, Jaime e Dunga formam a tropa de choque na defesa do prefeito Dilador. É a máxima ─ “Rei morto, Rei posto”. Nada que uma conversa de pé de orelha, troca de favores, cargos para apadrinhados em troca de apoio, que não resolvam antigas pendências. Afinal a política é assim mesmo, suja, imoral, inconsequente e inconfiável. O adversário (inimigo) de hoje pode ser o aliado de amanhã e vice-versa. A única certeza que temos é que em 2020, não importa quem vença as eleições, esses “vassalos” oportunistas estarão lá para os conchavos e troca de favores, tudo “em nome do povo, do eleitor”.

O episódio desta semana sobre a votação para reajustar o salário da vice-prefeita Edna Flor (PPS), projeto este que hipocritamente, incoerentemente o prefeito Dilador chama de “equiparação salarial”, não passou de uma manobra imoral, fétida, escabrosa levada à efeito pela própria vice-prefeita que segundo fontes lá das bandas da Rodoviária, teve a cara-de-pau, o cinismo de pedir ao alcaide do tal reajuste pois acha que está ganhando pouco! Quem conhece e acompanha a trajetória de Edna Flor, desprovido de quaisquer paixões, sabe que ela gosta de posar de santa, a mais pura alma desse mundo sórdido e imundo que é a política de uma maneira geral. É preciso recordar que enquanto vereadora até 2016, Edna Flor era uma pedra não só no calcanhar do ex-prefeito Cido Sério, como também a pedra mais severa no estilingue da oposição. Fazia discursos memoráveis, duros. Batia na mesa, urrava, esperneava e com um verdadeiro chicote verbal, cortava as costas do prefeito com chibatadas muitas vezes exageradas. Criticava tudo. Votava contra tudo, inclusive em 2012 votou contra um projeto idêntico a este que reajustava os salários do prefeito, o vice e secretários.

Por que agora o projeto devia ser aprovado? Edna Flor fez com que executivo enviasse à câmara um projeto a ser votado à toque de caixa em final de ano. Sessão extraordinária quando poderia tê-lo feito antes. Um reajuste de mais de 54% exclusivo para a vice-prefeita! E os outros? Edna Flor e o prefeito esqueceram de combinar isso com o povo! Hoje temos uma tribuna livre e implacável ─ As redes sociais! Em poucas horas, vários setores das redes sociais que verdadeiramente defendem e representam o povo, agiram. Em Araçatuba lamentavelmente não temos mais jornais impressos, mídia convencional comprometida que fecham os olhos aos arbítrios do poder público e defendem interesses nada republicanos e inconfessáveis. Resta ao povo a trincheira virtual com enorme abrangência e que desde logo se posicionou contrária à esta excrescência, essa imoralidade capitaneada pela vestal vice-prefeita, cheia de virtudes peregrinas. Os vereadores não foram consultados, ouvidos e dada a inoportunidade, a irrelevância do projeto, forçados alguns pelos compromissos com o prefeito, foram pegos com as “calças na mão”! Acuados pela pressão da opinião pública.

Abertos os trabalhos, o vereador Papinha constrangido retirou o projeto da pauta. Edna Flor afundou-se no lamaçal da opinião pública! Será irremediavelmente cobrada pelos eleitores. Edna Flor e Dilador Borges, esse bizarro casal DILAFLOR se elegeram sobre mentiras, falácias e promessas vãs. Quando vereadora, Edna Flor realizou inúmeras reuniões, seminários e andou quilômetros e quilômetros por aí tentando achar uma solução para o péssimo e desastroso sistema de transporte público. Virou franco-atiradora contra a TUA e contra a SAMAR. Andava com um “dossiê” de centenas de páginas onde dizia ter a solução e o prefeito Cido Sério não resolvia porque não queria. Criar um sistema moderno de transporte com terminais nos bairros, wifi, ônibus novos com ar condicionado, pontos cobertos com bancos, fraldários. Quanta mentira! E o povo foi nessa conversa mole. Eleitos, o dantesco casal DILAFLOR sequer conseguiram realizar uma licitação. Em dois momentos, 50 empresas foram, convidadas e NENHUMA quis vir assumir esse abacaxi que é o transporte público de Araçatuba.  Desmoralizados, Edna e Dilador tiveram que dobrar-se aos caprichos da TUA e renovaram por 20 anos, a concessão.

O cargo de vice-prefeito, não obriga que o titular cumpra horário, dê expediente e assessore TODOS os secretários, como Edna tenta iludir o povo. Constitucionalmente cabe ao vice substituir o prefeito na falta ou impedimento deste. Mas Edna Flor quer ser “mais realista que o rei” e assume uma postura de ser insubstituível, importantíssima na gestão do município. Alguém já viu o retrato de um vice na parede? Alguém conhece alguma rua com nome de um vice? Alguém já viu uma ponte, uma obra com nome do vice?! Edna Flor deveria recolher-se à sua posição. Reivindicar um reajuste de 54% no salário é uma vergonha, um vexame, uma indecência! Em tempos e crise econômica como esta que vivemos, Edna deveria dar exemplo, mostrar humildade.  Em 2012, ao atacar Cido Sério, falava dos coitados, dos humildes ASGs que não ganhavam nem o salário mínimo! Cadê aquela Edna Flor tão zelosa e preocupada com os mais pobres? É o poder que sobe à cabeça! Dane-se a humildade, dane-se a opinião pública! Quem não quer um salário que salta de mais de R$ 7 mil para acima de R$ 11 mil?! Menos Edna Flor, menos. Estamos de olho!