sábado, 24 de dezembro de 2016

O legado de Cido Sério -

O legado que Cido Sério deixa à cidade


Admirado e cortejado por alguns, detestado por outros, o prefeito Cido Sério (PT) se prepara para entregar as rédeas da cidade ao seu maior adversário político, a quem derrotou por duas vezes. Ao fim de seus oito anos de mandato, é possível traçar um paralelo daquilo que podemos chamar de legado que o prefeito deixa aos seus concidadãos. Há setores da sociedade que o consideram como o “pior prefeito da história de Araçatuba”. Não deixa de ser um exagero, um abuso por parte de seus críticos, até porque é difícil comparar as administrações passadas com as atuais. Cada gestor, a seu modo fez aquilo que foi possível no momento. Quanto a Cido Sério, sempre fizemos oposição ao seu governo, por razões programáticas, ideológicas, políticas, mas não nos colocamos entre aqueles que o acusam de ter sido de todo ruim, pelo contrário, apesar das diferenças que sempre tivemos, é preciso ter uma visão humanista e lógica reconhecendo os valores, os erros e acertos daqueles que um dia se propuseram gerir os destinos de uma cidade imensa com tantos problemas e dificuldades. Com Cido Sério não foi diferente. É preciso reconhecer que ele errou, cometeu deslizes, cometeu erros, mas é imperativo reconhecer que de forma geral, ele deixa um legado digno de respeito e certamente a história lhe fará justiça. Não se avalia um administrador apenas pelos buracos existentes no asfalto. Daquilo que podemos indicar como acertos, pode-se destacar o seguinte: O governo Cido Sério reformou e ampliou inúmeras escolas municipais dotando-as de instalações modernas, laboratórios de informática, etc. Proporcionou às crianças uniformes escolares, material de uso corrente incluindo as mochilas, criou um plano de carreira para os professores, dando-lhes uma grande valorização. No governo Cido Sério, geriram a educação, dois grandes profissionais - os hoje vereadores, Cláudio Henrique e Beatriz Nogueira.

Na saúde, em que pese ser a espinha no pé do prefeito, houve grandes avanços e retrocessos. Construiu-se novas unidades básicas de saúde, postos de saúde em vários bairros. É bem verdade que algumas dessas unidades não foram sequer inauguradas. A gestão da saúde do município foi um dos erros do prefeito que não acertou na escolha dos secretários. Foi um constante foco de reclamações e polêmicas que desaguaram inclusive no lamentável episódio do fechamento do Hospital da Mulher. Na estrutura urbana houve muitos avanços e melhorias. Milhares quilômetros de ruas foram pavimentadas, recapeadas. É bem verdade que uma cidade do porte de Araçatuba, com um trânsito intenso e avantajado, as demandas são enormes. Há muitas ruas por pavimentar, mas é preciso reconhecer que muito foi feito. Há que se destacar a solução permanente do antigo problema de alagamento e inundação das rotatórias das avenidas Pompeu com Brasília e Pompeu com Baguaçú, que antes causavam enormes transtornos aos motoristas. A revitalização da Av. Pompeu de Toledo, o aumento do leito do córrego que passa nesta bela avenida, também é digno de nota pois resolveu de pronto um antigo e grave problema. Esta avenida tornou-se um cartão-postal da cidade, ponto de encontro e lazer de grande parte da população que ali vai fazer caminhadas. Um dos grandes feitos da administração Cido Sério, que será lembrado pela história, foi a implosão do antigo Hospital Modelo. Cido Sério, depois de 50 anos, teve a coragem política de resolver um problema que se arrastou por anos e que vários prefeitos sucumbiram na tentativa.

Em termos de desenvolvimento econômico e na geração de empregos, o governo Cido Sério teve grande participação. Grandes grupos empresariais se instalaram na cidade e pode-se destacar, o Grupo Mufatto, Rigesa Industrial, Amigão, Tonin, Lojas Havan entre outros que geraram centenas de novos empregos. Grandes lançamentos na área da construção civil, novos condomínios com Alfaville, Dhama, Barcelona, etc. Novos empreendimentos, concessionárias de automóveis, novos bancos de instalaram na praça de Araçatuba e outros ampliaram agências e abriram novas em bairros, demonstrando a pujança do comércio, serviços e indústria. Cido Sério, dentro do programa “Minha Casa Minha Vida”, construiu mais de 7 mil unidades habitacionais, centenas de apartamentos, oferecendo uma moradia digna aos trabalhadores. Nessa sequência, dezenas de novos bairros surgiram na cidade. Novas grandes avenidas foram abertas. Tudo isso gerou mais empregos, mais renda. Cido Sério buscou valorizar o servidor público criando o “Vale-alimentação” e valorizando carreiras. Por último criou a lei de complementação da aposentadoria. A grande obra que vai marcar a administração de Cido Sério, é sem dúvida, o “Atende Facil”, onde ele recuperou um antigo terreno no rico centro da cidade, antes abandonado, enfeiando a região. Ali reuniu-se mais de 600 tipos de serviços prestados pela municipalidade, aliando rapidez no atendimento, eficiência e facilidade.

Entre os méritos dos quais Cido Sério pode orgulhar-se para sempre, está a criação do curso de medicina em Araçatuba, hoje uma realidade. Não resta dúvidas que o prefeito empenhou-se de corpo alma nessa antiga luta. Novas creches foram criadas, os CRAS, diversos serviços de atendimento às pessoas necessitadas. Apesar da eterna polêmica que se estabeleceu, o prefeito que está saindo acertou em sua decisão de fazer a concessão do antigo DAEA, que estava falido, um antro de cabide de emprego de apaniguados e apadrinhados. O DAEA estava esgotado e não teria como dar suporte ao serviço de água e esgoto diante da crescente demanda que a cidade em franco crescimento apresentava. Possíveis erros no formato como a concessão ocorreu, não tira o brilho do ato. Hoje a SAMAR, em que pese as críticas, faz um excelente serviço, recuperando toda a antiga rede de tubulações velhas e vulneráveis. Em relação aos erros praticados pelo prefeito, pode-se destacar vários – nomear secretários petistas de outras cidades, totalmente alheios à realidade da urbe; cercar-se de pessoas envolvidas em atos ilícitos, respondendo a processos e acusadas de delitos graves. Cido Sério foi extremamente infeliz no episódio que ficou conhecido como “Lixão da Água Limpa”. Fechou os olhos a um grave problema e não soube dialogar com a sociedade na busca de uma solução para este grave problema dos resíduos, do lixo da cidade que, acabou transformando numa enorme polêmica com sérias consequências. A lamentável situação do desgaste nacional envolvendo o PT, seguido do impeachment, acabou arrastando Cido Sério para o centro de um turbilhão que respingou em sua administração com um enorme desgaste político e social. De resto, o tempo sendo senhor da razão, julgará os feitos do prefeito Cido Sério. 

sábado, 17 de dezembro de 2016

Existe algum país sem corrupção?

"Um país sem excelências e mordomias"



Pare tudo o que você está fazendo e reflita: que país é este que estamos vivendo? Aliás, que país é este que a maioria vegeta, enquanto os deputados, senadores, ministros, presidentes, prefeitos e vereadores vivem?

Muitos, geralmente, não querem falar de política, acham o assunto chato, fútil e sem necessidade alguma de ser tratado. Dentre esses que pensam isso, muitos preferem falar de futebol, de novelas, de festas e coisas que não consideram como desnecessárias. No entanto, se partirmos para refletir: quem são as pessoas que pagam os jogadores de futebol? Quem paga os presidentes das Federações? Quem é que paga as redes de Televisão, para que estas depositem o dinheiro na conta dos atores? Quem é que paga as entradas em festas, os cachês das bandas, as bebidas fornecidas em camarote VIP e, automaticamente, gera lucros para as empresas dessas marcas?

A resposta está clara e a busca por ela é conivente. Nós quem pagamos tudo isso e, mesmo gostando de novelas ou não, mesmo curtindo futebol ou não, estamos contribuindo para que isso gere lucro a eles. Os impostos que pagamos favorecem a todos e por que não aos políticos? Por que não falar deles? Afinal, eles são os principais interessados em criar taxas, já que nossos impostos aumentam por culpa de quem está no poder. Não é mesmo?

E se você soubesse que existe um país em que os políticos ganham pouco, andam de bicicleta, de ônibus, trem, cozinham sua própria comida, lavam e passam suas roupas e, ainda, estão preocupados com o bem estar da sociedade? Está pensando que me refiro a alguma obra de distopia? Não, leitores, esse país existe e se chama Suécia.

Logo na Idade Média, os camponeses do país tinham representação entre a nobreza, clero e a burguesia reunida no Parlamento. A sociedade, no ano de 1960, aboliu os pronomes formais e os políticos passaram a ser tratados como você; vossa excelência passa longe desse país. Não existe preferência a penas especiais por crimes, eles não têm direito à imunidade. Com isso, podem ser processados e condenados como qualquer cidadão. Ainda, eles não possuem plano de saúde especial, apenas utilizam o sistema público.

Até o século XIX, a Suécia foi um dos países mais pobres da Europa. A partir do século seguinte, ela transformou-se em uma das mais ricas e sofisticadas nações industrializadas do mundo. O povo sueco busca a transparência e visa políticos que estejam conectados às ruas, que estejam ligados à sociedade para que a resolução dos problemas tenha mais solidez.


Enquanto isso, no Brasil...

Com grande frequência, ministro e parlamentares voam em jatinhos da FAB – Força Aérea Brasileira. Possuem carro com motorista particular e ganham verbas altíssimas para tudo. Enquanto na Suécia a política é sinônimo de solidariedade, de meios para contribuir com a sociedade e buscar medidas igualitárias; no Brasil a política é sinônimo de poder, prestígio e inúmeras mordomias.

Os representantes têm uma vida de luxo e regalias, porém, esquece-se que eles estão representando o povo. Logo, devem viver de maneira condizente ao que vivemos e não totalmente oposta aos cidadãos. Se ao menos esse luxo exacerbado fosse sinônimo de eficiência, seria até aceitável, mas não o é. Os investimentos não representam qualidade por parte deles e, então, a massa de legisladores continua com uma vida regada de mordomias, enquanto a sociedade banca o banho de ouro que eles tomam.

A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou, no ano passado, que o Brasil possui o segundo Congresso mais caro do mundo. Cada parlamentar gasta em média US$ 7,4 milhões por ano. O país só perde apenas para os Estados Unidos que tem um gasto de US$ 9,6 milhões. Não se nota resultados promissores por parte dos parlamentares; pelo contrário. Estima-se que, a cada dez legisladores, quatro respondem a inquéritos ou processos, o que dá em torno de 542 ações penais.

Se já não bastassem esses valores exorbitantes, os deputados recebem um salário em torno de R$ 26.700 e mais R$ 38.600 para custear as despesas referentes às suas atividades no poder. Essas contas correspondem também a carros alugados, passagens aéreas, telefone e aluguel de salas de escritório. Como se ainda fosse pouco, os parlamentares ainda recebem na faixa de R$ 3.800 para pagar as diárias em hotéis para ir a Brasília.

Ao lermos esse livro, é impossível não comparar o céu ao inferno, quer dizer, Suécia ao Brasil. A maneira como os políticos realizam a politicagem, de forma íntegra, é estupenda e de causar admiração. Enquanto que aqui a corrupção predomina, a ânsia por querer sempre mais e, inclusive, a ambição e competição entre eles mesmos.

A capa em si já é bastante chamativa com o ministro Carld Bildt indo ao seu gabinete de bicicleta, enquanto que, logo atrás, notamos o ministro Carlos Lupi desembarcando de um avião particular. Qual a diferença entre eles? Bem... Está mais do que clara.

A diagramação do livro é excelente, com imagens e entrevistas em destaque. Notei alguns erros de revisão, mas não foi nada grave. Outro detalhe da capa é que eles se dedicaram à bandeira da Suécia, o que ficou bastante criativo, combinando ainda com a bicicleta do ministro.

Indico esse livro a todo ser que respira, é imprescindível que todos tenham essa obra em sua cabeceira. Conhecer as maravilhas da Suécia e as atrocidades do Brasil é fundamental para que se busquem melhorias comparando-se a grandes países. Afinal, comparar o Brasil com países pobres, com baixo índice de desenvolvimento e onde a corrupção é exacerbada, isso é fácil. Mas comparar e se espelhar em um país do porte da Suécia, essa é uma tarefa e tanto.

Parabéns para a autora Claudia Wallin que teve a ousadia e curiosidade de escrever esse livro. Uma brasileira que partiu rumo à Suécia e viu que era fundamental essa publicação. Parabéns também à Geração Editorial por, cada vez mais, publicar riquíssimos trabalhos que devem ser valorizados. Esse livro é para ser lido para ontem. Mais que indico!
NOTA: Sobre um texto do blog REVELANDO SENTIMENTOS da Natalia.
Recebi este livro maravilhoso do profº. Arthur Leandro Lopes, do Curso de Inglês, uma pessoa reconhecidamente preocupada e interessada com os assuntos da comunidade, tendo desenvolvido inúmeros trabalhos sociais e inclusivos em Araçatuba. Destacou-se com o belo trabalho de recuperação e remodelação das praças "João Pessoa" e "Getúlio Vargas". Agradeço sumamente honrado este presente. 

sábado, 10 de dezembro de 2016

Câmara - Mais um na cambada!

E aí cambada, cheguei!!!

Momento em que Arlindo Araújo recusa cumprimentar Almir Fernandes e o escorraça de sua mesa. 

Quem esperava tapete vermelho, banda de música para sua primeira entrada “triunfal” no plenário da Câmara de Vereadores, acabou quebrando a cara! O vereador eleito pelo PSDB, Almir Fernandes, que sempre denominou o legislativo de “circo”, e que ele agora eleito, iria “tirar a lona de cima”, na última 2ª. Feira (5.12), acabou metendo os pés pelas mãos e foi “recepcionado” pelo vereador Arlindo Araújo (PPS), que se recusou a pegar em sua mão e ainda o escorraçou dizendo – “saia de perto de mim". Sem ambiente, sem espaço, esse fanfarrão acabou por ter que sentar entre os vereadores Batata e Jaime, alvos preferidos de seus ataques, suas críticas e deboches. Ficou numa “saia-justa”, com a cara deslavada diante daqueles que ele sempre criticou, sempre debochou. Desde o início do governo Cido Sério, Almir Fernandes escrevia em jornais e postava em redes sociais seus comentários e críticas contra os vereadores Batata, Cido Saraiva, Papinha, Beatriz, Jaime, Claudio Henrique e Rosaldo, que faziam parte da bancada de sustentação do prefeito. Postava vídeos debochando do palavreado do vereador Batata, mostrou Jaime dormindo no plenário e explorou em demasia o episódio com o vereador Cido Saraiva, divulgado no programa “Fantástico”.

Durante a última campanha, Almir Fernandes elegeu como tema central de sua propaganda, ataque direto aos atuais vereadores, pregando que nenhum fosse reeleito e costumeiramente usava o termo altamente pejorativo de “cambada” para se referir aos vereadores de forma geral. Dizia que a câmara era um circo. Tais críticas atingiram todos os edis, inclusive aqueles de seu próprio grupo político que apoiaram a candidatura de Dilador Borges. Sentindo-se ofendido, agredido, o vereador Arlindo Araújo, decano entre os legisladores, chegando agora em seu sétimo mandato, desde o pleito já afirmara que não iria “querer conversa com esse caboclo”. Arlindo é conhecido por suas posições firmes e sempre vota de acordo com sua consciência. Atua de forma independente é preza pela ética e pela decência na vida pública. Aliás, ética é algo que esse sujeito, esse Almir Fernandes desconhece. Posa de um santo, um quase beatificado, frequentador de uma igreja onde sempre sobe no altar e depois posta suas fotos nas redes sociais.

Age exatamente como aqueles fariseus que Jesus Cristo se referia quando exortava sobre isso - “Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Sois como sepulcros caiados: por fora parecem belos, mas por dentro estão cheios de ossos de cadáveres e de toda podridão! Assim também vós: por fora, pareceis justos diante dos outros, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e injustiça. Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! ” (Mateus 23). Assim é o recém-eleito vereador Almir Fernandes, age como uma verdadeira serpente traiçoeira. Sem ética, vai em programa de rádio e critica seus futuros pares, e em suas manifestações espetaculosas nas ruas, do alto de seu circo-móvel exclusivo, ataca os adversários políticos. Mas o Cristo, humilde como era, indicava outro caminho – “E, quando orardes, não sejais como os hipócritas, pois que apreciam orar em pé nas sinagogas e nas esquinas das ruas, para serem admirados pelos outros. Com toda a certeza vos afirmo que eles já receberam o seu galardão. Tu, porém, quando orares, vai para teu quarto e, após ter fechado a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará plenamente.  E, quando orardes, não useis de vãs repetições, como fazem os pagãos; pois imaginam que devido ao seu muito falar serão ouvidos. …”. (Mateus 6:6). Mas humildade não é algo que o novo vereador cultiva.

E agora? Almir Fernandes quebrou a cara. Esperava que sua malfadada pregação para não reeleger os atuais vereadores fosse ouvida pelos eleitores. A partir de 1º de janeiro, ao tomar posse, vai ter que ficar comportadinho, quietinho. Vai ter que chamar seus pares de “nobres colegas”, “nobres vereadores” e “vossa excelência”. Terá que seguir as normas regimentais e será mais um da “cambada”. Ao ir à câmara e ser escorraçado pelo vereador Arlindo Araújo, Almir Fernandes viu apenas um “tira-gosto” daquilo que o espera futuramente. A partir da posse não poderá mais escrever em sua página no “Faissebuque” as críticas que sempre fez aos seus novos colegas da “cambada”. Um Conselho de Ética da Câmara, estará acompanhando seus discursos e suas manifestações públicas. Qualquer palavra, opinião, crítica que ferir o decôro parlamentar, este sujeito será levado a este conselho e, na reincidência poderá até ser cassado.

Durante a campanha eleitoral, com a maior falta de ética entre concorrentes, Almir denunciou que o vereador Jaime “teria usado os serviços da TV Câmara”, em seu benefício. Foi processado pelo vereador Jaime e mesmo assim, com um cinismo, uma hipocrisia, uma cara-de-pau que lhe é peculiar, foi abraçar, cumprimentar Jaime. O constrangimento foi geral. O vereador Cláudio Henrique (PMN), depois do pleito, teve a delicadeza, a gentileza e a ética de telefonar à cada um dos eleitos, independente de siglas. Ligou na casa desse Almir e foi atendido pelo próprio. Em tom gentil, o Profº. Claudio disse que no plenário “ocorrem os debates, as discussões, mas na hora do café, somos todos amigos...”. Almir ouviu e agradeceu, mas covardemente correu ao computador para escrever aleivosias e diatribes contra o vereador Cláudio. Almir age assim. A bipolaridade é inegável. Faz um discurso aos seus eleitores, um bando de mentecaptos a quem agora o senador Roberto Requião (PMDB) está oferecendo alfafa. Precisa afagar, agradar seus eleitores. Sempre criticou a reeleição, espera-se que seja coerente e não se candidate em 2020. É um sujeito presunçoso, ambicioso, oportunista que mal chegou quer ser presidente da câmara! Isso lembra o “filósofo" Romário que disse – “acabou de chegar e já quer sentar na janela do ônibus”. Quem viver verá!



domingo, 4 de dezembro de 2016

Políticos bandidos corruptos traindo o povo!

Políticos bandidos corruptos querem calar a justiça!



Na calada da madrugada tal qual verdadeiros bandidos, como verdadeiros canalhas que agem na escuridão dos esgotos, os parlamentares aprovaram várias emendas ao projeto inicialmente concebido pelo Ministério Público Federal sobre as 10 medidas para combater a corrupção no Brasil. Distorceram tudo, alteraram tudo. E onde estava o povo? O povo pranteava, chorava a morte de dezenas de jogadores brasileiros tragicamente mortos na Colômbia. Aproveitando-se dessa triste situação esses facínoras, esses bandidos de gravata aproveitaram para alterar a lei e impor restrições à atuação de juízes, promotores e procuradores! Pasmem! Só no Brasil, políticos bandidos, ladrões corruptos querem criar leis para criminalizar a eficaz ação da justiça no intuito de processar, julgar e punir esses canalhas eleitos pelo povo e que acobertados pela famigerada imunidade, querem estar acima da lei, escaparem do julgamento por seus crimes praticados contra o povo. O Senado Federal assim como a Câmara Federal, abriga um sem-número de políticos de uma forma ou outra, envolvidos com o mal feito. Desvio de verba, abuso de autoridade, improbidade administrativa, peculato, assassinato, etc. fazem parte do rol dos crimes que muitos respondem.

Com o advento da operação “Lava-Jato” e a coragem patriótica do juiz Sérgio Moro, que teve peito de mandar prender destacados figurões antes intocáveis dessa República, os meliantes confortavelmente instalados em Brasília, passaram a buscar todo tipo de ação pérfida para atrapalhar, para acabar com essas investigações que atingiram mortalmente até o ex-presidente Lula e acabou por derrubar sua sucessora, não menos canalha, Dilma Rousseff. Sérgio Moro cutucou um vespeiro, provocou a ira de dezenas de importantes homens públicos que até então vinham dilapidando o erário, corroendo as finanças públicas, tranquilos e cientes da impunidade. Agora, depois que ministros de Estado, senadores, deputados, governadores e altos funcionários da máquina pública foram alcançados pelas mãos da justiça, sem esquecer que os maiores empresários dos grandes conglomerados da construção brasileira foram parar atrás das grades em Curitiba, os políticos com rabo preso em algum tipo de maracutaia, trataram de impedir a ação de Sérgio Moro.

É uma vergonha esta situação que chegamos neste país, ao ver aqueles que deveriam defender o interesse público, estarem usando seus cargos, poder e funções para criar leis tentando intimidar, tentando amedrontar os representantes da lei. É uma vergonha ver ministros togados do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça, covarde e descaradamente defenderem políticos infames, bandidos claramente com as mãos sujas de lama da corrupção ou sujas de sangue. Ver a detestável e condenável atuação desses vermes no Supremo como se fossem advogados pagos para defenderem seus clientes bandidos, é uma vergonha inominável! Rui Barbosa já pregava que “pior ditadura é a da justiça, pois não temos a quem recorrer”.   Vivemos hoje esses tempos em que não se pode confiar nem na justiça e muito menos naqueles que deveriam representar o povo, mas na escuridão da madrugada, votam leis para amordaçar, calar aqueles juízes corajosos que buscam os criminosos. Tristes dias que estamos vivendo! Os parlamentares brasileiros, com raras exceções formam uma casta vergonhosa de políticos canalhas, biltres, bandidos da pior espécie!

sábado, 26 de novembro de 2016

Câmara: Onde o povo é proibido de aplaudir ou vaiar!

Na "Casa do Povo", é proibido aplaudir ou vaiar!


Situação mais esdrúxula, mais ridícula e inaceitável ainda nos dias de hoje, é esta em que as pessoas do povo que comparecem ao auditório da Câmara Municipal de Araçatuba, são impedidas, proibidas de se manifestarem quer seja aplaudindo, batendo palmas, ovacionando ou vaiando, xingando os vereadores que atuam no plenário do legislativo local.  O artigo 258 do Regimento Interno determina que “é vedado aos espectadores se manifestarem sobre o que se passa em plenário”. Dispositivo draconiano, arcaico, inconveniente e ditatorial em tempos que a própria Constituição Federal estabelece que é livre a manifestação do pensamento, opiniões, etc. Soa vergonhoso quando pessoas comparecem à câmara para assistirem algum parente, um amigo ser homenageado com “Voto de Aplauso”, ou “Voto de Pesar”, receber um diploma ofertado pelos vereadores e o presidente do legislativo precisa suspender a sessão, após votos dos demais edis, transformando-a em “informal”, abrindo assim espaço para que os presentes possam aplaudir o homenageado. No caso de vaias, óbvio, o presidente não suspende a sessão para aguardar os apupos do povo. Esta situação envergonha a câmara, os vereadores que atuam de forma excêntrica, exótica.

Esta questão sempre gera um mal-estar entre   público e os vereadores que, acompanhando algum discurso mais acalorado, mais emotivo, mais sensível, deseja se manifestar aplaudindo o orador no momento, ou então, reprovando suas palavras, condenando seu posicionamento. É preciso de uma vez por todas, que os vereadores entendam esta lição, de que foram eleitos pelo povo, para “representá-los” para falar em seu nome. O vereador é um agente político, um cidadão que, por força constitucional foi eleito para exercer o “múnus público” em nome deste mesmo povo. É um absurdo que em tempos modernos de globalização, que milhões de anônimos cidadãos se manifestam através das várias redes sociais por meio de denúncias, críticas, observações, abaixo-assinados eletrônicos, se posicionam a favor deste ou daquele assunto, a tal “Casa do Povo” de Araçatuba ainda insista nesse dispositivo medieval que veda, que cerceia o direito dos cidadãos de se manifestarem seja aplaudindo ou vaiando.


Não se justifica mais que o Regimento Interno dos vereadores ainda mantenha este artigo típico das ditaturas, dos regimes fechados, onde o povo é amordaçado, impedido de opinar. É de se estranhar que vereadores que se dizem liberais, defensores do povo, das liberdades cívicas concordem com esse infame dispositivo que impede, proíbe o povo de se manifestar diante das muitas besteiras, dos erros e absurdos cometidos pelos edis. É bem verdade que acertam vez ou outra, merecendo assim o reconhecimento, os aplausos do povo. Vamos ver, vamos esperar quando algum vereador terá o discernimento, a coragem de apresentar um projeto para alterar esse Regimento Interno, retirando os termos desse artigo 258. Outra situação esdrúxula, grotesca é acabar com essa insensatez de se ler um texto bíblico antes de cada sessão. Os vereadores estão ali para discutirem temas de interesse público. A câmara não é uma igreja, um templo religioso e não devia ocorrer nenhum tipo de manifestação como esta. Vivemos num Estado laico, se é que alguns vereadores sabem o que isso significa. Deviam ler o artigo 19 da Carta Magna.

Os vereadores de Araçatuba deveriam ter a coragem de enfrentar esta situação e promovessem essas alterações reclamadas pela sociedade. Há que se lembrar que ao povo, ao eleitor que o vereador é um mero representante de uma vontade expressada nas urnas com funções específicas e limitadas ao texto legal e com prazo de atuação determinado igualmente pela lei. O vereador não é titular autônomo de um mandato, ele está investido dessa função pública mediante a escolha feita por sufrágio eleitoral. Qual a razão deste dispositivo? Qual o medo que os vereadores têm do povo?  Porquê amordaçar, calar o cidadão que paga impostos para manter essa estrutura pesada, arcaica e altamente improdutiva? O povo tem o direito de cobrar, exigir, manifestar-se e mostrar sua satisfação ou descontentamento para com seus representantes políticos. Em casos de exageros, o presidente dispõe de mecanismos para impor sua autoridade e manter a ordem no recinto destinado ao público. A liberdade de expressão é um pressuposto do Estado de Direito.



segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Salmeirão e a "Pax Romana" em Birigui -

Em Birigui, Cristiano Salmeirão consegue a sua "Pax Romana"
O prefeito eleito de Birigui, Dr. Cristiano Salmeirão e seu vice Carlito Vendrame (Foto: Folha da Região). 

O prefeito eleito de Birigui, Dr. Cristiano Salmeirão (PTB), à exemplo do grande Otaviano Augusto, o primeiro imperador romano, quer impor a sua “Pax Romana” em Birigui ao compor seu secretariado com representantes de praticamente todas as correntes políticas da cidade. Fato inédito, ao convidar para serem seus secretários municipais, adversários políticos, especificamente Paulo Bearari (PT) que vai dirigir a FATEBI e o também professor Gilmar Treco Cavaca (PSDB), que será secretário da Saúde. Ambos foram candidatos a prefeito. Salmeirão também teve o cuidado de manter em sua futura equipe, nomes conhecidos e experientes da atual administração, além de desde o início da campanha ter ido buscar o nome do atual vice-prefeito, Carlito Vendrame, que continuará no mesmo posto. A chamada “Pax Romana”, foi um importante período no começo do governo de Augusto, que, ao tornar-se imperador depois de graves crises políticas e militares no pós-morte de Júlio Cesar, seu tio, decidiu compor-se com adversários políticos, militares e sociais impondo em 28 a.C. um governo aberto e conciliador que durou quase 200 anos, indo até o reinado imperial de Marco Aurélio, em 180 d.C. A “Pax Romana” foi um período de grande desenvolvimento, expansão do território imperial e relativa paz interna.

Há que se lembrar, que Birigui sempre teve dois grandes grupos políticos antagônicos, hostis e inconciliáveis. O grupo liderado pelo ex-prefeito Wilson Borini (DEM) e o outro, liderado pelo deputado Roquinho Barbieri (PTB). Desde alguns anos, as campanhas eleitorais foram marcadas por sérias revanches, acusações mútuas, fortes desentendimentos que resultaram muitas vezes em enormes prejuízos ao município, como ficou evidente na última eleição, com a vitória do atual prefeito, Pedro Bernabé, que fora apoiado por Borini. Desentendimentos ainda pouco explicados, levaram Bernabé a romper com Borini e aliar-se ao deputado Barbieri, que inclusive tinha feito denúncias graves de compra de voto na campanha de Bernabé em 2012, tendo este sido afastado do cargo por decisão judicial, que gerou a maior crise político-institucional em Birigui. Bernabé foi substituído por Paulo Bearari, então presidente da Câmara que também foi afastado do cargo por improbidade administrativa, sendo substituido pelo vereador Zavanella. Ou seja, em poucas semanas, a cidade de Birigui trocou de prefeito três vezes. Criou-se um clima pesado na administração, uma grave crise sem precedentes.

Por força recursal, Bernabé conseguiu reassumir suas funções, afastou-se politicamente do grupo de Borini e filiou-se ao PSDB, alterando profundamente o conjunto de forças políticas na cidade. Eleito presidente do legislativo, Cristiano Salmeirão desenvolveu um amplo programa de reformas na administração da câmara, cortando gastos desnecessários e aproximando-se dos grupos políticos e dos vereadores. Salmeirão, filiou-se ao PTB, deixando o PPS, para efetuar uma acomodação de vários interesses e lançou sua candidatura a prefeito, que se coroou vitoriosa agora em outubro passado. Sua iniciativa de buscar Carlito Vendrame para ser seu companheiro de chapa, foi uma jogada política inteligente e também pelo fato e agregar uma grande coalização de forças políticas e conseguindo assim impor expressiva e histórica derrota sobre Wilson Borini, outrora um verdadeiro “coronel” da política biriguiense, hoje condenado ao ostracismo.

A iniciativa de manter nomes da atual administração e compor com grupos adversários, deixa Salmeirão absolutamente senhor da situação, devendo ter poucas dificuldades com eventuais opositores. Até mesmo o vereador José Fermino Grosso (DEM), ligado a Borini, e o mais votado no último pleito, já afirmou que não vai criar problemas ao novo prefeito. De fato, Salmeirão sempre manteve excelente relações com todos os parlamentares no ambiente da câmara. Ao impor a sua “Pax Romana”, busca conciliar inúmeros interesses e se tiver sucesso, vai se tornar um grande e destacado líder político, impondo seu ritmo, sua visão de administrar com ética, com respeito à moralidade pública e no cuidado com a exata aplicação do dinheiro público. Salmeirão é um desses políticos raros nos dias de hoje onde grassa a corrupção e a roubalheira. É um homem público digno, honrado, tem as mãos limpas, jamais compactuando com o mal feito. Se tudo correr como se espera, Birigui ampliará ainda mais sua vocação industrial, com excelentes resultados de crescimento e transformando a “Cidade Pérola” numa referência regional.




sábado, 12 de novembro de 2016

Tieza será a nova presidente!

Câmara: Tieza será a nova presidente!



Pelo andar da carruagem, pelas conversas de “pé-de-oreia” que se ouve nos bastidores e corredores da política araçatubense, pode-se considerar desde já que a vereadora Tieza será eleita a nova presidente da Câmara de Araçatuba.  Maria Teresa Assis Lemos Marques de Oliveira, a Tieza, nasceu em Araçatuba (SP), em 03 de outubro de 1956. É assistente social, jornalista e radialista. Por 33 anos, foi funcionária pública estadual, período em que participou do processo de elaboração de importantes leis, como o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), a LOAS (Lei Orgânica de Assistência Social) e Planos Diretores; da instalação e composição de vários Conselhos Municipais; e da criação de entidades e projetos, como o Grupo Amigos da Terceira Idade e o Sítio Escola. É autora do hino oficial da AEA (Associação Esportiva Araçatuba) e do livro "Mariana Bagunça e o Anjo Gabriel". Casada com o cirurgião dentista Lupércio Marques de Oliveira Júnior, tem três filhos: Ana Carolina, Maria Elisa e José Renato. Chegou à Câmara Municipal de Araçatuba em 2009, para o exercício do seu primeiro mandato parlamentar. Ocupa várias funções no PSDB Estadual e de Araçatuba. Nas últimas eleições, foi reeleita com 2.731 votos. Atualmente, é 1ª secretária da Mesa Diretora. Tucana de alta plumagem, é considerada linha-dura pelos petistas e atuais defensores do prefeito Cido Sério.

Ao longo dos últimos oito anos exercendo a função de vereadora, Tieza sempre se posicionou na linha de frente contra os vereadores da base de sustentação do prefeito petista Cido Sério. Única tucana no legislativo local, em muitas ocasiões se bateu na defesa do governador Geraldo Alckmin, tendo diversos bate-bocas com os vereadores Jaime, Batata Cláudio Henrique. Não foram poucos os momentos em que ela saiu em defesa do governo do PSDB quando provocada por esses vereadores. Bastante emotiva, Tieza é considerada “chorona” entre os vereadores. Muitas vezes foi às lágrimas ao comentar sobre os “Votos de Pesar” apresentados em plenário e também motivada por situações de nervosismos nas duras discussões notadamente com Jaime. Bastante atuante, teve destacada participação na luta contra a instalação do lixão na região da Água Limpa e agora com a queda da ponte na Vicinal Nametala Rezek. Contundente e dura na defesa de suas ideias, Tieza é bastante respeitada entre seus pares. Em 2017 inicia seu terceiro mandato e sua chegada à presidência da Mesa Diretora vai acontecer em função de um conjunto de eventos que conduzem para esta direção.

O vereador Papinha (PSB), hoje aliado de Tieza e do PSDB, almeja ser presidente da Casa, mas é “carta fora do baralho”, pois não reúne forças e votos suficientes para ganhar a disputa. Apesar do presidente de seu partido, Chinelo estar se mobilizando nos bastidores, não conseguirá sensibilizar os demais vereadores a votarem em Papinha. A futura oposição, tende a desagregar-se. Cido Saraiva (PMDB) e Batata (PR) querem a presidência, mas apesar de terem maioria, dificilmente conseguirão segurar os votos do Dr. Salatino (PMDB), Beatriz Nogueira (Rede) e Dunga (DEM), hoje propensos a votarem no candidato que atenda aos interesses do prefeito eleito, Dilador Borges, no caso, a vereadora Tieza.  O prefeito eleito, tendo a posse da caneta e do Diário Oficial, facilmente irá “sensibilizar” alguns vereadores “indecisos”. De um lado, Tieza conta certamente com os votos de Arlindo Araújo, Carlinhos Santana, Zanata, Dr. Alceu, etc.  Poderá (pelo andar das conversas), contar ainda com os votos de Beatriz Nogueira, do Dr. Flávio Salatino e até mesmo do experiente Dunga. Por outro lado, Cido Saraiva, dificilmente se entenderá com Batata na disputa e só poderiam, em tese contar com os votos de Pichitelli, Jaime, Claudio e muito remotamente de Beatriz e Dunga.

Papinha ficará isolado, sem qualquer apoio. Se atender à influência do prefeito eleito, desistirá em favor de Tieza, que a esta altura já deve estar confeccionando o novo vestido para a posse, escrevendo o discurso e “azeitando” o trator que ela vai passar sobre a eventual oposição. Espera-se duros embates e muito bate-boca entre Tieza, Jaime, Claudio Henrique e Batata. A nova presidente deverá impor um novo ritmo de trabalho no legislativo e, certamente haverá uma maior transparência na prestação de informações, no relacionamento com a comunidade, imprensa, partidos, organizações sociais em geral e com o público. O empresário Luis Fernando da Lomy que poderia estar liderando a eventual bancada de oposição, já manteve alguns contatos com os vereadores eleitos, contudo, encontra resistência na montagem de um grupo forte e unido, capaz de eleger o presidente, mesmo tendo maioria. Segundo ele, “há muitos interesses e teimosias associados”, que dificultam um acordo que leve à escolha de um único nome. Caso até fim de dezembro, o grupo de vereadores que se elegeu na coligação de Luis Fernando da Lomy não encontre o consenso, a presidente será Tieza. Quem viver verá!


domingo, 6 de novembro de 2016

Trailers serão varridos das praças!

Promotor exige a retirada dos trailers!
(Foto/Texto Kaio Esteves -O Liberal Regional) 

 A administração municipal vai começar a perseguição destrutiva contra os proprietários de trailers estabelecidos nas praças de Araçatuba. Acho essa iniciativa uma aberração, uma imensa ação deletéria e inominável contra cidadãos, pais de família que há anos estão vivendo e sustentando suas famílias com um trabalho pesado, sacrificado, honrado, mas por causa de uma idéia deformada, uma idéia desnecessária, inútil e imprudente nascida da cabeça do promotor de justiça, o Dr. Albino Ferragini, que desde 2014 iniciou essa verdadeira perseguição, exigindo, cobrando do prefeito para que expulsasse essa gente das praças públicas. As razões apregoadas pelo Dr. Ferragini para fazer cumprir a lei, são ridículas, inúteis e exageradas. As praças públicas de Araçatuba, em geral estão abandonadas há anos, largadas, servindo apenas de esconderijo para drogados, bandidos em geral, andarilhos. As famílias, as pessoas de bem não vão mais às praças por medo, por não sentirem mais o desejo de encontrar um bom local de lazer, de encontrar amigos, rever pessoas, conversar. As praças hoje não possuem mais sanitários em sua maioria não atraem mais os cidadãos.

A iniciativa do promotor Ferragini merece o repúdio, a desaprovação da sociedade. O ilustre representante do MP exagera em suas considerações e motivos. Quer fazer cumprir uma lei inócua. Enquanto isso, coisas piores que mereciam o olhar atento desse zeloso representante e defensor da lei, continuam por aí desafiando a ação das autoridades. Lixões se espalham por vários bairros da cidade, ameaçando a saúde pública. Grandes restaurantes espalham mesas e cadeiras sobre as calçadas impedindo a passagem dos pedestres. Basta dar um giro à noite pela urbe e se constata esse desrespeito ao cidadão. Colocam churrasqueiras, máquinas de assar frango, etc. sobre calçadas.  E cadê o zeloso promotor de justiça? Aos finais de semana, principalmente, enormes caminhões depositam nos canteiros centrais de avenidas como a Mário Covas, Pompeu e Brasília, móveis feitos de ferro, madeira, bambu, trabalhados de forma industrial para serem vendidos. Cadê o promotor de justiça para cobrar o prefeito e a Guarda Municipal o cumprimento da lei? Perseguir, jogar ao chão e prender um humilde vendedor de goiabas no calçadão de Araçatuba, isso pode?


Estamos vivendo tempos difíceis. A situação econômica do país está à beira de um colapso. Milhares de cidadãos estão desempregados. Muitos foram jogados na rua da informalidade que beira a rua da criminalidade. Passem pelo centro da cidade, Rua XV de novembro, Calçadão, Rua Prudente de Moraes e vejam o enorme contingente de vendedores ambulantes! Muitos são empurrados para a informalidade para não roubarem, para manterem suas famílias e vem o ilustre promotor Ferragini exigir que a prefeitura jogue na rua os donos de trailers! Alguém pode imaginar o Largo da Igreja do Paraisão sem aqueles trailers? Alguém pode imaginar o impacto psicológico, financeiro sobre as dezenas de empregados que trabalham nesses trailers? E o promotor Ferragini está preocupado em cumprir a lei! Todo mundo que passa na esquina da Pompeu com a Brasilia, notadamente nos fins de semana, assiste aquelas cenas deprimentes de centenas de jovens ali dispersos, bebendo bebidas alcoólicas, fumando maconha, se oferecendo à prostituição e cadê o Ministério Público?! Isso sim, merecia, deveria receber do “Parquet” a atenção devida. Jovens, adolescentes, menores ali perdidos, amanhecem bêbados, drogados. Já houve inúmeros casos de overdose. E cadê o Ministério Público?! 

sábado, 29 de outubro de 2016

Vereadores aumentarão salários?

Vereadores aumentarão os salários?


Aproxima-se o fim da atual legislatura e até o presente, os vereadores de Araçatuba ainda não discutiram nada sobre o reajuste dos próprios salários bem como do novo prefeito, vice-prefeita e secretários. Servidores municipais têm data-base em 1º. de maio mas a situação dos "barnabés" está longe de uma tranquilidade. O atual prefeito, Cido Sério (PT) em 2016, concedeu um minguado reajuste com base no índice inflacionário sobre os salários de 2014! Pasmem! 2014. Estamos entrando em 2017 e até agora não se toca no assunto relativo aos reajustes de 2015 e 2016. Mas o novo prefeito eleito, Dilador Borges durante os debates eleitorais afirmou que "não receberia sindicato", "não conversaria com sindicato". Disse que iria conversar isoladamente com cada setor, ou seja, Dilador deve ignorar  existência do SISEMA, o órgão sindical legalmente eleito para representar os 4 mil servidores municipais. Na ótica autoritária, ditatorial que o futuro alcaide pretende imprimir em sua administração, ele deve estimular  a ação de "pelêgos" contrários à atual direção sindical e negociar reajustes separadamente. É o que se entendeu com as palavras do futuro mandatário. Só para lembrar, o presidente atual do SISEMA foi eleito para vereador na próxima legislatura. Denilson Pichitelli se prepare pois pelo discurso de Dilador Borges, você não terá vida fácil. A visão do futuro gestor é clara - minar as bases do sindicato, enfraquecendo sua liderança, destruindo sua capacidade de se organizar, promover greves, etc. Uma atitude fascista da melhor qualidade! Benito Mussolini ficaria com inveja!

Os vereadores de Araçatuba estão sem reajuste já há um bom tempo.  ultima tentativa de levar o assunto à discussão fracassou por causa da forte pressão popular que impediu a discussão em plenário. Agora, por força legal, os vereadores não podem mais discutir o tema de reajuste dos próprios salários. Teriam que ter feito isso antes da eleição, mas...Hoje o vereador de Araçatuba recebe bruto R$ 6.502,25 e pode nomear até 3 assessores de sua confiança. Por lei, agora não resta mais tempo para se levar ao plenário este espinhoso tema, logo, os vereadores eleitos nesta última eleição, vão continuar recebendo este mesmo valor. Os atuais vereadores podem até o final desta legislatura, apenas discutir e votar o reajuste do prefeito, da vice-prefeita e secretários. Hoje Cido Sério recebe R$ 20.779,20, Carlos Hernandes, o vice R$ 6.502,25, os secretários municipais percebem R$ 9.800,00. As perguntas são estas: Quem terá coragem de apresentar um projeto reajustando os salários do Executivo? Como votariam, se posicionariam os atuais vereadores Edna Flor e Ermenegildo Nava visto que ambos se posicionaram contra na última votação? Como Edna Flor será a vice-prefeita e Nava possivelmente um secretário municipal, não estariam legislando em causa própria? Há uma enorme expectativa no posicionamento desses dois parlamentares se o caso chegar ao plenário, pois ambos sempre se comportaram de forma ética e se votassem favoráveis a um  reajuste, poderiam arranhar suas biografias defendendo interesses próprios. Tudo leva a crer que o assunto "reajuste salarial" passará em branco. Dificilmente algum vereador hoje na oposição e em janeiro na situação terão a coragem de enfrentar  a já combalida sociedade araçatubense, defendendo um projeto visivelmente impopular e lesivo ao interesse público. É o que o povo, o eleitor espera dos vereadores.      



sábado, 22 de outubro de 2016

Eleitor jogou voto no lixo!

O eleitor jogou seu voto no lixo!


Dos 97. 019 votos válidos dados aos vereadores, cerca de 3.284 votos foram literalmente jogados no lixo! Entre os 205 candidatos lançados por 28 partidos políticos em Araçatuba, 65 tiveram menos de 100 votos, ou seja, a maioria desses pretensos candidatos não tiveram capacidade de convencer suas próprias famílias, seus vizinhos, amigos, colegas de trabalho, ou seja, não tiveram  as mínimas condições para postularem uma vaga no legislativo. O votos somados desses candidatos − 3.284 sufrágios, se dados à apenas um desses, certamente elegeria um vereador. É preciso se repensar a política, esse mundo de partidos nanicos, gente sem a mínima expressão, a mínima representatividade, se lançam candidatos de forma a aventurar-se, outros tentados a conseguirem alguns trocados dos candidatos ao executivo, outros agindo de má fé, por absoluto impulso de irresponsabilidade. É preciso principalmente que aqueles que se lançam como candidatos ao executivo, possam refletir se vale a pena essa barganha, esse escambo com esses partidos minúsculos em troca de um apoio, em troca de alguns segundos no horário de rádio e tv. O que se viu em Araçatuba, desde a eleição de Cido Sério (PT) em 2008, foi um verdadeiro festival de  gente mal intencionado fundando partidos políticos para todos os gostos, com o intuito sabidamente, de posteriormente alegar ter "força política" e obter benesses, favores daquele candidato eventualmente eleito para o cargo de prefeito. É uma atitude vergonhosa, alimentar esse ciclo, essa trajetória. Nas costas do atual presidente de partido, negociam-se sabe-se lá quais interesses escusos por baixo do pano, afastam o titular na calada da noite, nomeando-se outro  presidente, um típico fantoche cujo trabalho será monitorado por alguém da confiança daqueles interessados em negociar a sigla. Nos últimos anos foi isso que ocorreu em Araçatuba com o PP, o PDT, o PV, o PSDC, o PSC e outros, cujos presidentes dos diretórios municipais não tiveram tempo de sequer esquentar a cadeira de presidente do partido sendo apeados do poder por autênticas forças ocultas, cheias de más intenções.  No caso do PDT foi vergonhosa a situação. Foi um troca-troca de presidente de forma tão rápida que ninguém na cidade sabia quem era o presidente de fato e de direito.

No caso do PV, de forma vergonhosa, imoral, anti-ética, o Dr. Alceu Batista, ficou sabendo de seu afastamento pela imprensa. Passado um certo tempo,  marchas e contra-marchas, conversas e mais conversas, foi reconduzido ao cargo, sem muito poder. Na verdade, quem mandava e manda no partido é o vice-presidente. Talvez, a recondução  do Dr. Alceu tenha sido condicionada à esta particularidade. É preciso repensar modelo hoje adotado para se lançar candidatos. Laçam aí pelas ruas, qualquer "zé ruela", qualquer cretino, qualquer "pé-de-chinelo" com o único intuito sobejamente claro destes pobres-diabos servirem com autênticos "bois-de-piranha", para puxarem votos para aqueles com reais chances de se elegerem. No momento do partido que lidera a coligação,  partido do eventual candidato a prefeito que vai patrocinar essas candidaturas, é óbvio que a distribuição de dinheiro, veículo, combustível, material gráfico para a campanha, é totalmente desproporcional! Para aqueles candidatos à reeleição, com reais chances de sucesso, o partido oferece muito mais do que para esses pobres coitados, arrastados, seduzidos com discursos febris das possibilidades que sabem realmente impossíveis. É um enganando o outro. Está na hora dos partidos escolherem  com bastante antecedência os possíveis candidatos, irem instruindo estes, oferecendo cursos, capacitação,etc. É hora dos partidos agirem com mais honestidade, com ética e não como o fazem atualmente, ludibriando, induzindo  esses  incautos ao erro. É hora se de pensar na extinção de muitos pseudos-líderes partidários e esses famigerados partidos de aluguel, com o único interesse pessoal em obter cargos na administração municipal. Os números sobre esses  tantos candidatos que obtiveram menos de 100 votos, demonstram que o eleitor é levado a jogar literalmente seu voto no lixo, no afã de atender um candidato sabidamente sem mínimas condições de participar de um pleito dessa natureza. Por conta da rigidez da legislação eleitoral em vigor, tudo foi proibido nessa campanha. O candidatos desconhecidos foram ignorados, receberam pouco apoio dos partidos, servindo apenas de puxadores de votos. Mas nem prá isso, serviram!    

domingo, 16 de outubro de 2016

Evangélicos: Na eleição afundaram juntos!

Evangélicos: Na eleição, o autêntico "abraço de afogados"


A tão decantada e propalada população evangélica de Araçatuba, estimada em aproximadamente 40 mil habitantes, parece ter fechado os ouvidos aos seus pastores, muitos dos quais, oferecem apoio eleitoral aos eventuais candidatos em troca de favores e benesses pessoais. Outros se atrevem a candidatar-se a cargos eletivos, na ânsia de conseguirem obter prestígio, poder e usar a tribuna do legislativo como púlpito e para proselitismo público de suas idéias religiosas. Alguns nomes alardeiam existir uma frente evangélica capaz de eleger nomes para a vereança. O nome do bispo Edigilson foi exaustivamente oferecido e propalado para ser o vice prefeito na chapa com Cido Sério em 2012 sendo preterido e Carlos Hernandes foi mantido por Cido Sério. Isso até provocou um desentendimento com o vereador Nava que inclusive afastou-se do grupo, da bancada de apoio do prefeito na época. Talvez Cido Sério tivesse razão, pois o bispo Edigilson não parece ter essa força, esse apoio político. Candidato agora a vereador obteve insignificantes 1683 votos que não lhe garantiu a eleição. A tal frente evangélica, antes paparicava o prefeito Cido Sério que todos os anos participava da encenação da entrega da chave da cidade para Cristo, este ano, bandeou-se de mala e cuia para o lado do adversário Dilador Borges criando ma crise de identidade que culminou com o afastamento do então presidente do PSC, Josué Galdino.

Por conta desse apoio político dos evangélicos, Josué Galdino ganhou cargo comissionado na administração de Cido Sério, assim como outros conhecidos nomes desse segmento evangélico que, usam a força, a influência sobre os fiéis para obterem essas benesses, esses favores pessoais. Contudo, este ano, os números mostraram que deus não está nada satisfeito com as atitudes de muitos de seus pastores na condução do rebanho. Pelo menos 15 nomes ligados às igrejas ou movimentos evangélicos disputaram a vereança e naufragaram juntos num autêntico “abraço de afogados”. Tangidos por inveja, ciúme entre eles, a invés de unirem forças em torno de um ou poucos nomes, lançaram-se na peleja eleitoral, sucumbindo todos, numa imensa e fragorosa derrota. O tais votos evangélicos, somaram-se entre 15 candidatos, em torno de 8.672 sufrágios. Para um universo de 40 mil votos, foi decepcionante o resultado das eleições de 2016 para os evangélicos.

Nunca é demais lembrar que vivemos num Estado laico. O artigo 19 da Constituição Federal estabelece claramente os limites impostos entre a atividade pública e política da ação religiosa. A mesma Carta estabelece a liberdade de crença religiosa e não nos impõe uma religião oficial como já ocorrera em cartas constitucionais anteriores. Entretanto, alguns políticos mal intencionados, com objetivos escusos e inconfessáveis, por todo o Brasil tentam impor, empurrar goela abaixo do povo em geral, uma mistura entre a política e a religião. Não deveria nem sequer constar da Constituição, aquele dispensável preâmbulo que diz “... sob a proteção de Deus...” que fere a laicidade do Estado. Como também deveriam abolir, erradicar de repartições públicas, as imagens santas e os crucifixos. Aqui em Araçatuba os vereadores ainda tiveram a coragem, o desplante de se ler um trecho da bíblia ao inicio de cada sessão! Um absurdo inominável, execrável, pois ali é uma casa de leis e não de orações!

Enfim, o resultado eleitoral mostra certo amadurecimento desse segmento evangélico, em não serem os fiéis “vendidos”, oferecidos como moeda de troca de votos por benesses políticas que eventualmente um prefeito ou executivo qualquer possa oferecer em decorrência do resultado eleitoral vantajoso. As pessoas vão às igrejas em busca de conforto espiritual, paz, meditação, oração e do serviço religioso oferecido. Os cidadãos são livres para escolherem esta ou aquela confissão religiosa não sendo ético nem admissível serem estas pessoas tangidas como gado, levadas, orientadas a votarem neste ou naquele candidato, segundo a vontade, o desejo do respectivo pastor ou líder religioso. Os fracos números alcançados pelos candidatos tidos como evangélicos, demonstram que os seus seguidores reprovam essas profanas ligações entre as tais igrejas e partidos ou candidatos políticos. Mostram uma clara rejeição a tal frente evangélica composta em sua maioria por vários partidos nanicos, criados única e exclusivamente com a finalidade de se pavimentar uma execrável estrada entre a religião e a política.   

sábado, 8 de outubro de 2016

A "nova" velha cara da Câmara!

A "nova" velha cara da Câmara dos Vereadores!
Após as eleições, já se pode ter uma visão da "nova" velha cara da Câmara de Vereadores de Araçatuba. A esperada renovação de parte da população não veio. A "nova" velha composição da edilidade saiu bem próximo daquilo que defendemos há meses não haveria renovação! A campanha foi muito curta, não houve propaganda no rádio e TV que pudesse dar chance aos novos candidatos, muitos dos quais ilustres desconhecidos. Sem dinheiro, sem apoio, sem estrutura e logística, a maioria dos postulantes afundou na desilusão, na decepção. Os partidos procuraram dar condições para os já detentores de mandato e poucos nomes novos conseguiram votos suficientes para eleger-se. Alguns até conseguiram votação expressiva mas, acabaram enterrados pela ação deletéria das coligações que acabaram favorecendo candidatos com menos votos, em detrimento dos mais votados. Foi um autêntico bilhete da “Telesena” onde o sujeito ganha com menos pontos. Isso gera um mal-estar, uma enorme decepção aos eleitores incapazes de entenderem esse tal “quociente” eleitoral. Pelo menos 11 candidatos (Cabo Claudino, Bispo Edigilson, Evandro Molina, Marcio Saito, Olair Bosco, Arnaldinho, Mardegan, Crepaldi, Marlene Mira e Profº. Zezinho), tiveram mais votos que Almir Lima, Flávio Salatino, Lucas Zanata e Dr. Alceu), mas ficaram de fora, não conseguiram se elegerem!

 Por outro lado, as urnas foram inclementes com alguns vereadores que se reelegeram, mas perderam votos em relação a 2012. Papinha foi o mais prejudicado, perdeu 2.063 votos. Profº Cláudio, 637, Arlindo Araújo, 750 e Beatriz perdeu 1.292 votos. Já Batata estourou! Passou um trator em cima de Papinha lá no Jussara obtendo 4.677 votos! Jaime ganhou mais 231 votos e esta eleição marca a volta de Dunga que obteve 2.433 sufrágios. Sobre Cido Saraiva, a sua massacrante e esmagadora vitória era esperada, obtendo 8.341 votos de um eleitorado cativo, fiel, o que ajudou arrastar outros candidatos da sua coligação. O novo prefeito no entanto, não conseguiu eleger uma maioria simples. A eventual oposição elegeu 8 vereadores e a situação 7. Agora, observadores da cena política estão de olho no Dr. Flávio Salatino, que, apesar de ter sido  eleito pelo PMDB, já arrasta uma asa pelo novo prefeito, tendo inclusive ido em sua casa cumprimentá-lo pela vitória. É esperada uma  ação mais enérgica do PMDB no sentido de enquadrar o Dr. Salatino, lembrando que ele deve ser oposição. A fidelidade partidária deve ser imposta.

A “guerra” pela presidência da Mesa Diretora já está deflagrada. No grupo do prefeito eleito, Tieza vem com toda força mas Papinha vai entra na disputa. Pela oposição, o quadro ficou difícil pois Cido Saraiva, do alto de seus mais de oito mil votos, vai querer continuar presidente. No páreo, Jaime e Dunga, que já foi presidente, profundo conhecedor do regimento e do funcionamento da Casa, é um páreo duro. Bem articulado, Dunga pode surpreender. O novo prefeito, independentemente de quem seja o novo presidente, não terá vida fácil. Dunga, Jaime, Claudio não escondem profundas diferenças e divergências com os tucanos. Isso para não expressar o ódio que Jaime e Dunga nutrem em relação ao novo prefeito. Os primeiros meses servirão para mostrar ao novo gestor e aos seus eleitores, que os filminhos bonitos da propaganda eleitoral, ficarão para trás. As promessas mirabolantes, os sonhos de uma noite de verão, cairão por terra. Se depender de Dunga, Jaime, Claudio, Beatriz, Cido, principalmente, o novo ocupante do Palácio da Rodoviária não terá vida fácil.

Se não nomear um secretário para pavimentar a estrada entre o executivo e o legislativo, a nova administração em pouco tempo frustrará a população. As cobranças vão emergir, as pressões políticas aumentarão e o prefeito que não é dado ao hábito de conversar, conciliar, vai ter imensos problemas. Isso ficou claro quando num debate ele afirmou que “não conversa, não recebe sindicato”. Prometeram um piso mínimo estadual de R$ 1.000,00 e outros sonhos irrealizáveis que serão cobrados. Vai depender da capacidade de entendimento, de grandes negociações para evitar o improvável entendimento, pois os vereadores tidos de oposição a partir de janeiro, são políticos mais experientes, mais hábeis no manejo do regimento interno e não vão facilitar a vida do novo alcaide. Bastante inteligente e com boa articulação e trânsito, Dunga poderá surpreender e eleger-se presidente do legislativo. É tudo que os tucanos não desejam. Se isso ocorrer, Pode-se esperar grandes embates no plenário e muitos projetos dos sonhos tomarem o rumo do arquivamento. Quem viver verá!

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

90% dos vereadores foram reeleitos!

90% dos vereadores foram reeleitos!

Em 11 de setembro apontávamos as possibilidades de reeleição e acertamos a maioria bem como dos novatos. 

Depois do rescaldo do resultado eleitoral em Araçatuba, as urnas indicaram aquilo que já mostrávamos há meses a renovação entre os vereadores atuais não seria expressiva como alguns setores políticos defendiam. As dificuldades e limitações impostas pela nova legislação eleitoral tornou a vida dos candidatos novatos muito difícil. Tempo exíguo para exposição no rádio e TV, falta de estrutura, dinheiro e logística, favoreceram aqueles que ocupam o cargo no legislativo, já possuem um nome bastante conhecido, uma rede de contatos e apoiadores mais eficaz e, experiência para conduzir uma campanha eleitoral bastante concorrida. No dia 11 de setembro neste blog escrevemos sobre isso e apontamos os nomes dos vereadores com reais chances de serem reeleitos, os novatos e a correlação de forças orientada pelas coligações adotadas. Os números revelaram que nossas projeções foram além daquilo que imaginávamos, ampliando o quadro para cerca 90% da reeleição, ou seja, dos 10 vereadores que se candidataram à reeleição, 9 conseguiram retornar, apenas o Cabo Claudino ficou de fora. Também acertamos praticamente em cheio os nomes dos novatos, com exceção de Denilson Pichitelli e Almir Lima, que, em nossas conversas por aí, não apareciam com relevância.
Fonte: Folha da Região

 Mas, a eleição do Dr. Salatino, Zanata e Dr. Alceu não nos surpreendeu. Assim como a volta de Dunga. A nova composição da Câmara de Araçatuba (ver foto), à nosso ver, melhorou excepcionalmente de nível, se levarmos em conta a formação superior da maioria dos candidatos. Também, melhorou do ponto de vista da laicidade do Estado, ao nos livrar de candidatos do segmento evangélico cuja atuação é marcada por desejarem transformar a tribuna do legislativo num púlpito religioso. Só resta agora um vereador com coragem suficiente para alterar o regimento interno pondo fim à essa estupidez de se ler a bíblia no inicio das sessões, afinal, ali é uma casa legislativa, não secular com a finalidade constitucional de discutir leis, projetos de interesse do povo como um todo e não envolver-se em assuntos religiosos segundo determina o Artigo 19 da Constituição Federal. Aliás, os evangélicos se engalfinharam na disputa com tantos representantes bispo, pastor, pastora, apóstola, presbítero etc. que acabaram morrendo todos num autêntico abraço de afogados, não elegendo nenhum.

Em tese, a virtual oposição terá maioria. Isso não será nada bom para o novo prefeito que terá pela frente ferrenha barreira de vereadores que não morrem de amores pelo prefeito eleito, jogando assim por terra, as promessas de campanha, os sonhos irrealizáveis gerando logo nos primeiros meses da administração, alguma decepção por parte do eleitor que se deixou levar pelos sonhos e promessas mirabolantes. Dunga, Dr. Jaime, Profº. Claudio, Beatriz, Batata, Pichitelli não escondem de ninguém verdadeira raiva, mágoas de velhos tempos do novo prefeito e, certamente vão utilizar essa força da mesma forma que os atuais vereadores de oposição fizeram com Cido Sério nos últimos meses, criando toda dificuldade, impedindo o gestor de levar à cabo suas pretensões. É esperar prá ver. Pichitelli foi agredido, ofendido em debate, quando o novo prefeito afirmou que “não vai conversar com sindicato...”! Pode-se antever tempestade na já difícil relação entre o executivo e o SISEMA, presidido por Denilson Pichitelli. Ou seja, o novo prefeito não terá vida fácil.

Sobre o pleito em si, pouco a acrescentar. Democracia pressupõe-se o respeito à decisão das urnas, mesmo discordando. Não há o que se analisar. O candidato derrotado, Luis Fernando da Lomy, sofreu pesados ataques sórdidos, infames, mais de 30 ações na Justiça Eleitoral, acusações levianas, irresponsáveis e infundadas muitas das quais consideradas improcedentes, numa clara demonstração da tentativa de se tumultuar o processo eleitoral desviando-se o foco, o cerne da campanha em si. Mas, há que se respeitar a vontade do povo manifestada nas urnas. A eleição transcorreu na mais perfeita ordem pública, registrando-se pequenos incidentes mas nada que perturbasse o clima de harmonia e da paz pública. O resultado saiu  rapidamente, mostrando mais uma vez a eficiência das urnas eletrônicas, coroando-se com êxito a democracia brasileira. O povo demonstrou amadurecimento, responsabilidade cívica e acima de tudo elevado senso patriótico, comportando-se de forma respeitosa nas filas, votando e expressando o clamor das vozes roucas das ruas.