Recomeça a dança das cadeiras!
Cláudio Henrique, Cido Saraiva e Arlindo Araújo querem reduzir o número de vereadores em Araçatuba. (Foto: Política e Mais)
Os vereadores Cláudio Henrique (PMN),
Cido Saraiva (PMDB) e Arlindo Araújo (PPS), apresentam esta semana, projeto
para alterar o número de cadeiras da câmara de Araçatuba, propondo a volta à
situação anterior, ou seja, reduzindo de 15 para 12 edis. Alegam os vereadores
que o aumento aprovado em 2014, não melhorou o nível da representatividade, dos
debates, e aumentou os gastos com assessores, implantação de novas salas, etc.
Interessante destacar que à época, Claudio Henrique não votou pois era
secretário de Governo do ex-prefeito Cido Sério. Quem deu condições que o
projeto fosse aprovado foi a vereadora Tieza (PSDB). Na época, condenamos e
protestamos contra o aumento de vereadores por estas e outras razões. Destaca-se
que os defensores do aumento das cadeiras tinham sempre na ponta da língua, o
discurso que iria melhorar, aumentar a representatividade, que não haveria
aumento na despesa de custeio pois o Duodécimo é sempre o mesmo, independentemente
do número de vereadores. Aliás, é bom sempre lembrar que esta câmara consome
por mês, a absurda cifra de R$ 1.770.000,00 (Hum Milhão Setecentos e Setenta
Mil Reais e centavos)! Ali ocorrem fatos misteriosos, inexplicáveis onde chefes
de gabinete recebem quase o dobro que o vereador. Estranhíssimo!
Essa questão do número de vereadores
nas câmaras municipais brasileiras, é disciplinado pelo artigo 29 da
Constituição Federal e deriva daí, as mil interpretações. No caso de Araçatuba,
por causa da população, aproximadamente 200 mil habitantes, o legislativo
poderia comportar até 21 vereadores! Mas sabemos quem faz as leis nesse país e
as motivações que levam parlamentares a defenderem seus próprios interesses.
Daí, acontecem absurdos inomináveis, excrescências como é o caso de Birigui,
que tem a metade da população de Araçatuba e conta com 17 vereadores! E
Andradina? Uma cidadezinha de 50 mil almas, também tem mais vereadores que
Araçatuba, onde o povo ignorante, burro, cego elege figuras grotescas como um
vereador chamado de Mário Gay, objeto agora de uma CPI por causa de seu
controverso comportamento. Diga-se passagem que foi seu próprio partido que
quer a sua cassação. E assim vai. Birigui também elegeu José Fermino Grosso,
que aliás foi o mais votado. Isso demonstra claramente que Pelé lá por volta de
1970 disse que o “brasileiro não sabe
votar”. Pura realidade, pois o povo vende o voto e elege certas figuras que
envergonham o legislativo. Mas como a câmara é o espelho da sociedade, fazer o
que?!
Vamos ver como vai se comportar esse "paladino" da moral e dos bons costumes, o mais puro, o mais santo, um quase beato na votação.
Vamos ver como se comportarão os
vereadores diante dessa proposta de redução das cadeiras. Certamente aqueles
que se elegeram agora e com poucos votos, se posicionarão possivelmente contrários.
Tem aquele vereador que se considera o “mais puro”, o “mais santo”, o “mais
inteligente”, um quase beato, que na campanha eleitoral, pregava e atacava os
vereadores xingando-os de “cambada” e foi contra o aumento do número de
cadeiras de 12 para 15. Resta saber agora, se esse “santo” vota a favor da
redução para manter sua coerência, ou vai defender o seu interesse pessoal e
votar contra. É aguardar prá ver. Se é uma virtude que os políticos em geral
não cultuam é a coerência. Aquilo que dizem hoje, amanhã já não serve. Sobre a
tal representatividade, temos que a câmara de Araçatuba com 15 vereadores, na
verdade apenas 3 vereadores – Cláudio Henrique, Batata e Papinha, que,
genuinamente podem ser chamados de vereadores da periferia, que possuem fortes
ligações com os bairros mais pobres, com as regiões mais necessitadas dos
serviços públicos do município. Os demais – 12, moram na parte central da cidade.
A representatividade não melhorou em
nada. O povo elegeu 15 vereadores em 2016 e desses, 99% se aliaram ao prefeito,
mesmo aqueles antigos desafetos, inimigos, adversários políticos, hoje, jogam
no time de Dilador Borges, que tão logo assumiu, montou uma barraquinha na
esquina para trocar apoio e voto dos vereadores por cargos comissionados na administração
municipal, cooptando, aliciando os vereadores, que hoje, mercê desses “compromissos”
assumidos com o alcaide, na verdade, estão na câmara representando os
interesses do executivo e não do povo. Votam projetos contra o interesse do
povo. A despesa aumentou com a reforma e ampliação de novas salas, mais
assessores, chefes de gabinete, mais burocracia e os resultados são pífios. A
câmara pouco produz de interesse do povo. Continuam nessas sessões demoradas e
inúteis com os famigerados “votos de aplausos”, “votos de pesar”, “títulos de
cidadão”, muita rasgação de sedas, puxassaquismo explícito, bajulação desmedida
e discursos falsos. Enfim, o melhor mesmo seria o fechamento puro e simples
dessa entidade chamada “câmara municipal”.
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