Pelo fim do Imposto Sindical!
Entre
as inovações e mudanças que devem surgir com a reforma das leis
trabalhistas, está o necessário e imperioso fim do Imposto
Sindical, essa excrescência que alimenta milhares de
sindicatos-pelegos espalhados pelo Brasil, que, surgem do nada,
assim como, na mesma velocidade que se criam partidos políticos e
igrejas evangélicas, virou um câncer a ser extirpado da sociedade.
Esses pseudos-sindicatos fazem de tudo, menos representar de fato os
vivos interesses dos trabalhadores. Servem como trampolins para
carreiras políticas e agasalham bandeiras e interesses de grupos que
se perpetuam no poder por longo tempo.
Normalmente,
um cidadão funda ou se elege presidente de um sindicato qualquer,
organiza e preenche a diretoria com gente de sua absoluta confiança,
quando não, de parentes e aderentes, aprova um estatuto com
cláusulas e mecanismos para se perpetuar no poder, impedir o
surgimento de novas lideranças além de embaraçar e dificultar a
realização de assembléias para eleição e renovação das
diretorias. Esta é a tônica do sindicalismo no Brasil. Basta dar
uma olhada no quadro de Araçatuba. Há quanto tempo não se renovam
as lideranças sindicais da cidade?
Quanto
tempo José Geraldo Fogolin preside o Sindicato dos Bancários e a
cooperativa? Quanto tempo José Carlos dos Santos está à frente do
Sindicato dos Comerciários? Quanto tempo Sérgio Balsalobre conduz o
Sindicato dos Motoristas? Gener Silva está há quanto tempo no
Sindicato dos Comerciantes? Wilson Marinho preside a Associação
Comercial desde quando? Rosaldo de Oliveira preside o Sindicato da
Limpeza desde quando? E o Sisema? Sempre com eleições conturbadas e questionadas na justiça. A maioria dessas lideranças está há décadas presidindo esses
sindicatos. Não há renovação, não há uma oxigenação no quadro
diretivo. Ser presidente de sindicato tornou-se uma profissão
recheada de privilégios e oportunidades.
Em
geral, no Brasil a situação não é diferente. A grande maioria se
envereda pelos caminhos da política como o Avelino Chinelo, juntando
interesses pessoais e de grupos com os justos e legítimos interesses
dos trabalhadores. Acabam se elegendo a cargos eletivos contaminando
e deteriorando as bandeiras pelas quais deviam lutar. O fim do
Imposto Sindical vai dar a oportunidade democrática e justa do
próprio trabalhador optar se quer ou não ser filiado a um
sindicato. Vai depurar e separar o joio do trigo pois a grande
maioria dos sindicatos não prestam contas a ninguém, seus
presidentes usam e aplicam os recursos da entidade da forma como bem
entendem e muitos usam em benefício próprio em viagens para
congressos, encontros, seminários inúteis e desnecessários. Em Rio
Preto, o presidente do Sindicato dos Motoristas, que já foi
vereador, Daniel Caldeira, foi afastado do cargo e o sindicato está
sob intervenção com inúmeras denúncias de irregularidades. O
culto à personalidade, é outro gravíssimo desvio de conduta de
alguns líderes sindicais que usam o sindicato para sua exposição
pública de forma exagerada, estampando enormes fotos nas sedes dos
sindicatos e até espalhando out-doors pelas ruas da cidade.
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