Promotor exige a retirada dos trailers!
(Foto/Texto Kaio Esteves -O Liberal Regional)
A administração
municipal vai começar a perseguição destrutiva contra os proprietários de
trailers estabelecidos nas praças de Araçatuba. Acho essa iniciativa uma aberração,
uma imensa ação deletéria e inominável contra cidadãos, pais de família que há
anos estão vivendo e sustentando suas famílias com um trabalho pesado, sacrificado,
honrado, mas por causa de uma idéia deformada, uma idéia desnecessária, inútil
e imprudente nascida da cabeça do promotor de justiça, o Dr. Albino Ferragini,
que desde 2014 iniciou essa verdadeira perseguição, exigindo, cobrando do
prefeito para que expulsasse essa gente das praças públicas. As razões
apregoadas pelo Dr. Ferragini para fazer cumprir a lei, são ridículas, inúteis
e exageradas. As praças públicas de Araçatuba, em geral estão abandonadas há
anos, largadas, servindo apenas de esconderijo para drogados, bandidos em
geral, andarilhos. As famílias, as pessoas de bem não vão mais às praças por
medo, por não sentirem mais o desejo de encontrar um bom local de lazer, de
encontrar amigos, rever pessoas, conversar. As praças hoje não possuem mais
sanitários em sua maioria não atraem mais os cidadãos.
A iniciativa do promotor Ferragini merece o repúdio, a
desaprovação da sociedade. O ilustre representante do MP exagera em suas
considerações e motivos. Quer fazer cumprir uma lei inócua. Enquanto isso,
coisas piores que mereciam o olhar atento desse zeloso representante e defensor
da lei, continuam por aí desafiando a ação das autoridades. Lixões se espalham
por vários bairros da cidade, ameaçando a saúde pública. Grandes restaurantes espalham
mesas e cadeiras sobre as calçadas impedindo a passagem dos pedestres. Basta dar
um giro à noite pela urbe e se
constata esse desrespeito ao cidadão. Colocam churrasqueiras, máquinas de assar
frango, etc. sobre calçadas. E cadê o zeloso
promotor de justiça? Aos finais de semana, principalmente, enormes caminhões
depositam nos canteiros centrais de avenidas como a Mário Covas, Pompeu e
Brasília, móveis feitos de ferro, madeira, bambu, trabalhados de forma
industrial para serem vendidos. Cadê o promotor de justiça para cobrar o
prefeito e a Guarda Municipal o cumprimento da lei? Perseguir, jogar ao chão e
prender um humilde vendedor de goiabas no calçadão de Araçatuba, isso pode?
Estamos vivendo tempos difíceis. A situação econômica do
país está à beira de um colapso. Milhares de cidadãos estão desempregados. Muitos
foram jogados na rua da informalidade que beira a rua da criminalidade. Passem
pelo centro da cidade, Rua XV de novembro, Calçadão, Rua Prudente de Moraes e
vejam o enorme contingente de vendedores ambulantes! Muitos são empurrados para
a informalidade para não roubarem, para manterem suas famílias e vem o ilustre
promotor Ferragini exigir que a prefeitura jogue na rua os donos de trailers!
Alguém pode imaginar o Largo da Igreja do Paraisão sem aqueles trailers? Alguém
pode imaginar o impacto psicológico, financeiro sobre as dezenas de empregados
que trabalham nesses trailers? E o promotor Ferragini está preocupado em
cumprir a lei! Todo mundo que passa na esquina da Pompeu com a Brasilia,
notadamente nos fins de semana, assiste aquelas cenas deprimentes de centenas
de jovens ali dispersos, bebendo bebidas alcoólicas, fumando maconha, se
oferecendo à prostituição e cadê o Ministério Público?! Isso sim, merecia, deveria
receber do “Parquet” a atenção devida.
Jovens, adolescentes, menores ali perdidos, amanhecem bêbados, drogados. Já
houve inúmeros casos de overdose. E cadê o Ministério Público?!
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