SIMONIA: O vergonhoso comércio nas igrejas!
Um costume tão nefasto quanto odioso hoje vulgarmente praticado especialmente no meio das igrejas pentecostais, evangélicas, essas igrejas de esquina, verdadeiros caça-níqueis, é a venda de produtos de todo tipo, que além do dízimo obrigatório, induz o fiel, o seguidor, tomado por extremo fanatismo, à tirar da própria boca, do seu sustento, enormes quantias para fazer frente à costumeira voracidade financeira desses pseudos-pastores, autênticos vendilhões do templo que não deixam de lado o pudor em arrancar a pele de seus seguidores. É a simonia, prática condenável que vem desde os tempos bíblicos, pois no livro Atos dos Apóstolos 8:18-19, a Bíblia faz referência à um certo Simão Mago, que vendo Jesus Cristo operar milagres, ofereceu dinheiro, pára, igualmente obter tais poderes de efetuar curas e milagres. Por aí já se podia ver que a safadeza, a calhordice em misturar religião com o profano, com o dinheiro, se manifestava.
Simonia é a venda de favores divinos, bençãos, cargos eclesiásticos, prosperidade material, bens espirituais, coisas sagradas, objetos ungidos, etc. em troca de dinheiro. É o ato de pagar por sacramentos e consequentemente por cargos eclesiásticos ou posições na hierarquia da igreja.
O Direito Canônico também estipula como simonia atos que não envolvem a compra de cargos, mas a transação de autoridade espiritual, como dinheiro para confissões ou a venda de absolvições.
A prática da simonia no final da Idade Média provocou sérios problemas à postura moral da Igreja. O poeta Dante Alighieri condena os simonistas ao oitavo círculo do inferno, onde encontra o Papa Nicolau III enterrado de cabeça para baixo, com as solas dos pés em chama. O exemplo de Nicolau III serve como aviso e previsão aos Papas Bonifácio VIII, o Papa contemporâneo à "Divina Comédia", e Clemente V, seu sucessor, pela prática de tal pecado. Escritores menos devotos, como Maquiavel e Erasmo de Roterdã, também condenaram a simonia séculos mais tarde.
A prática de simonia foi uma das razões que levaram Martinho Lutero a escrever as suas "95 Teses" e a rebelar-se contra a autoridade de Roma. Hoje a doutrina católica, pune com excomunhão latae sentientae, ou seja, automaticamente, a todo e qualquer ato de simonia, que alguns de seus membros vierem a praticar.
A Igreja da Inglaterra também viu-se envolvida com a prática de simonia após ter-se separado da Igreja Católica. Atualmente a prática da simonia é muito frequente nos meios Pentecostais e principalmente nos neo-Pentecostais através da propagação da Teologia da Prosperidade.
Durante a Idade Média, circulavam pela Europa, charlatães, mentirosos, enganadores, vendendo todo tipo de objeto como se fossem pertencentes aos primeiros mártires e santos do Cristianismo, como também pedaços de madeira que diziam ter sido da própria cruz de Cristo. Claro, muitos caíam nesse engodo e compravam, certos de estarem garantindo a salvação. Vendiam pedaços de tecidos envelhecidos como se fossem das vestes sagradas de Jesus, ossos de cachorro ou gado, como tivessem pertencido à algum santo, etc. Isso perdurou por muitos séculos com a conivência da Santa Sé. Como se sabe, notadamente durante o período negro da Idade Média, o papado não era nada confiável e mesmo o tal trono de Pedro era negociável.
Hoje, esta prática condenável ainda existe e resiste ao tempo. Muitas dessas igrejas evangélicas se transformaram em verdadeiros balcões de negócios onde se vende de tudo. O tal "apóstolo" Valdemiro Santiago é pródigo em oferecer aos seus estúpidos e idiotas seguidores, de tudo: toalha, fronha feita de TNT, um tijolinho de apenas 2 x 2 cms. ao preço de R$ 200,00. Agora inventou um perfume cuja tampa tem o formato daquele ridículo chapéu que ele usa. Esses falsos pastores dessas igrejas crentes, vendem livros, CDs, DVDs, viagens, tudo que possa sensibilizar os fanáticos seguidores. O pastor RR Soares enquanto lê a Bíblia em suas pregações, fala mais do boleto bancário que da religião em si. A Igreja Universal, do Edir Macedo vende de tudo aos seus fiéis e estes pagam. Inventaram até um cartão der crédito. A tal "bispa" Hernandez, do casal de mentirosos, enganadores da Igreja Renascer, lançou ano passado até um perfume com o cheiro de Jesus Cristo. Deve feder sepulcro, coisa podre, ossos em decomposição. O pior é que esses frequentadores dessas igrejas acreditam nesses salafrários, nesses estelionatários e compram tais produtos. Acreditam na salvação por meio dessa enganação.
Dinheiro é algo fácil na maioria dessas denominações, dessas seitas que funcionam como verdadeiros caça-níqueis. Recentemente um pastor entrou em sua igreja com um carro importado para que seus crentes fiéis pudessem passar a mão no veículo e sentirem o gostinho da riqueza. Esses pastores induzem, seduzem as pessoas com mentiras aproveitando-se das fraquezas dos mesmos. Desesperados por razões diversas, muitos buscam conforto espiritual em meio a situações de fragilidade humana, dificuldades financeiras, mortes ou desastres na família e são ludibriados, enganados na boa fé.
Da noite para o dia surgem todo tipo de igreja nas esquinas das cidades. Alugam amplos salões para atraírem mais e mais pessoas e passam a assediar, enganar, arrancando muitas vezes valores elevados e até bens imóveis, ofertados pelas pessoas cegas e fanatizadas. Infelizmente no Brasil, por conta de uma tal liberdade de religião, não há qualquer controle estatal sobre igrejas, inclusive em sua maioria, beneficiárias de isenções fiscais. Há uma relação incestuosa entre políticos e pastores, num conluio criminoso para manterem os membros dessas igrejas manipuláveis por ocasião das eleições. Muitos desses pastores aproveitando-se desse apoio, se lançam candidatos e hoje já temos a tal bancada evangélica, composta pelo que de pior existe em termos de atraso, de retrocesso cultural surgindo figuras nefastas e odiosas como o dublê de deputado e pseudo-pastor Marcos Feliciano, com suas idéias medievais e ultrapassadas.
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