sábado, 30 de março de 2013

Paraquedistas chegando!


Paraquedistas: Papinha declara "guerra" contra o prefeito Cido Sério!
O vereador Rivael Papinha (PSB), abriu uma nova frente de instabilidade na já combalida base de sustentação ao governo de Cido Sério na Câmara Municipal. Desta feita, o vereador reclama ter sido preterido, ignorado pelo prefeito, pelo cerimonial que organizou a visita do ministro Alexandre Padilha, da Saúde, que esteve em Araçatuba  na semana passada para inaugurar a UBS – Unidade Básica de Saúde “Antonio Saraiva”, lá no bairro Iporã, justamente sua base eleitoral. Papinha sequer foi convidado pra subir ao palanque, não teve seu nome mencionado ao microfone nem deixaram êle falar aos presentes. Perder uma chance desta diante de centenas de moradores que viram o prefeito entregar um novo local de atendimento médico, fez com que Rivael Papinha, aliado do prefeito, ensaiasse uma rebelião. Ele quer inclusive questionar a prefeitura sobre quem pagou as despesas da visita do ministro da Saúde. Papinha não deixa de certa forma em ter razão. Se não vejamos — além do ministro Padilha, vieram na comitiva, três deputados federais petistas que obviamente ensaiam desembarcar de paraquedas por estas bandas no próximo ano. Ameaçando ser candidato a deputado federal pelo PSB, Papinha perdeu a valiosa chance de ali, mostrar que lutou, que empreendeu ingentes esforços para que  obra se tornasse realidade já que a casa particular onde antes funcionava o posto de atendimento, estava desabando. Engrossa ainda mais o discurso do vereador do PSB que até o ex-deputado do DEM, Jorginho de Faria Maluly foi lembrado e até homenageado, mesmo estando cassado, mesmo estando sem partido, mesmo sendo de um grupo político adversário do PT, foi melhor tratado que ele. Segundo consta, parte da verba destinada à obra nasceu de emenda parlamentar quando Jorginho Maluly era deputado federal. A irritação de Rivael Papinha tem sentido e servirá de munição para que o mesmo se distancie ainda mais do Palácio da Rodoviária, posto que por caminhos incertos ou não, ele será arrastado a isto. Seu partido, o PSB, cujo líder maior é o governador Eduardo Campos, de Pernambuco, ensaia abandonar o governo e lançar-se candidato a presidente contra Dilma.

É preciso lembrar que a presença de três deputados ao lado do ministro Alexandre Padilha, só vem reforçar uma situação anômala que ocorre em Araçatuba em todas as eleições  nacionais, que é a invasão de inúmeros candidatos desconhecidos, os paraquedistas, que, com  sacos e sacos de dinheiro compram presidentes de partidos locais e outras lideranças no afã de abocanharem alguns votos. E não falta gente sem escrúpulo, gente descompromissada com a cidade que vende seus préstimos eleitorais em troca de dinheiro. Isso ocorre há décadas e esta tem sido a principal razão de Araçatuba não conseguir eleger nem um deputado federal nem um estadual. Jorginho Maluly (ex-DEM)  na última eleição teve 77 mil votos, o que não lhe garantiu sequer uma suplência como antes acontecera. E nesse diapasão, veem aqueles candidatos, aliás, nem veem, mas por causa do nome conhecido, por causa de fama motivada por outras razões, acabam arrastando milhares de votos. Como foi o caso do costureiro Clodovil, que mesmo não vindo aqui durante a campanha, arrancou 2.700 votos. E Tiririca? Sem pisar em Araçatuba, teve seis mil votos! Infelizmente, parte do eleitorado de Araçatuba não tem consciência política, não tem visão. É uma grande parcela do eleitorado, alienada, descomprometida com a cidade e que pratica esta verdadeira autofagia eleitoral, deixando de votar nos candidatos da terra. Depois, vemos a choradeira, a inevitável comparação de que Araçatuba perde para Rio Preto, para Prudente e por quê? Porque o eleitor é safado, é irresponsável, vota em paraquedistas, vende seu voto para estranhos. Birigui, mesmo com a péssima reputação, reelege Roquinho Barbiere há séculos! E Birigui tem metade do eleitorado de Araçatuba. Hoje, o prefeito Cido Sério é obrigado a correr, a pedir favores para Roquinho Barbieri. É uma vergonha esta situação.

Agora, com o pleito eleitoral em 2014, os pretensos candidatos começam a aparecer, e um interminável desfile de nomes surge: Cidinha Lacerda, Rivael Papinha, Carlos Hernandes, o prefeito Cido Sério, Chinelo, vereador Cláudio Henrique, Profa. Durvalina, Dunga, Luiz Gomes, vereador Rosalvo Oliveira, o ex-prefeito Borini (de Birigui), Dilador Borges, Jorginho Maluly (neto) etc. Sem contar inúmeros paraquedistas que vão aparecer com o canto de sereia de sempre.  Infelizmente, a reforma política repousa em alguma gaveta empoeirada em Brasília e ninguém, nenhum deputado ou senador se interessa em instituir o voto distrital ou distrital misto. Como acontece nos países modernos, onde o eleitor tem que votar obrigatoriamente apenas nos candidatos da sua cidade, sua região ou distrito, isso acabaria com essa figura vergonhosa dos candidatos que só aparecem de quatro em quatro anos. Rivael Papinha, mesmo discordando de seus posicionamentos políticos, foi reeleito à Câmara Municipal com mais de quatro mil votos, num reconhecimento de seu trabalho no primeiro mandato, sempre buscou lutar pela zona sul da cidade, Jussara, Guanabara, Iporã, Traitu e adjacências. Deveria e merecia ter usado a palavra neste evento, mas infelizmente por conta de seus últimos pronunciamentos e posicionamentos contrários ao interesse do prefeito, já deve estar sendo “fritado” em fogo brando. Coisas da política. 

sábado, 23 de março de 2013

Dilador depende de Cido !


O sucesso de Dilador depende de Cido Sério!


                                                                            Por uma dessas ironias do destino, por incrível que possa parecer, o desempenho, a atuação do deputado estadual Dilador Borges (PSDB), necessariamente parece depender do aval, do apoio do prefeito Cido Sério (PT).  À primeira vista, aos menos avisados parece esdrúxula esta situação, posto que os dois homens públicos de Araçatuba, hoje são “inimigos íntimos”. E como seria esta postura de Cido apoiar, avalizar as iniciativas de Dilador Borges ? Como o sucesso, o desempenho político do deputado tucano passa pelas mãos do prefeito? Simples. Esta engenharia política é tão improvável quanto palestinos e judeus chegarem a algum acordo sobre a Terra Santa. Como teremos eleições proporcionais no ano que vem para a escolha de novos deputados federais, estaduais, senadores, além do presidente, governadores, fica evidente a impossibilidade de que essas duas importantes lideranças do município possam chegar à um entendimento e passem a trabalhar de mãos dadas em prol do povo. O prefeito não esconde de ninguém que não engole o deputado. Essa rusga vem desde o primeiro enfrentamento de ambos nas eleições municipais de 2008 quando o petista levou a melhor. Em 2012 Cido Sério impõe Dilador uma fragorosa derrota, levando para casa mais de 11 mil votos de frente diante dos poucos 800 em 2008. Agora, na condição de suplente, Dilador assumiu a cadeira na Assembléia Legislativa e, fatalmente topará com Cido Sério nas urnas pela terceira vez. Isso leva um certo desespero, um pavor no ninho tucano, e Dilador luta contra o tempo, pois no máximo dentro de um ano (abril de 2014) ele terá que deixar a cadeira para Bruno Covas. Esta é a razão da correria e do temor do tucanato de que a presença tardia e num curto espaço de tempo não se resuma em votos para Dilador. Ao passo que para Cido Sério, o tempo sopra a favor.
                                               
                                                   Desde que assumiu a cadeira na AL, o deputado tucano tentou por todos os meios um ”namoro” com o prefeito, colocando-se à disposição para, juntos buscarem soluções para os problemas e demandas da cidade e região. Ainda sentindo na alma e na pele as pancadas levadas durante a campanha eleitoral, notadamente no ano passado, o prefeito esquivou-se de qualquer compromisso e sequer recebeu ou cumprimentou o parlamentar. Foram cenas até humilhantes, mas se de um lado, ambos deviam desarmar-se, baixar a guarda e agirem dentro dos princípios republicanos, o prefeito em suas razões em evitar um encontro, mesmo solene com o deputado. Os tucanos não pouparam munição para atacarem o então prefeito. Usaram de toda baixaria possível, tentando denegrir inclusive a imagem pessoal, de pai e marido ao disponibilizarem fotomontagens do mais baixo nível de moralidade contra Cido Sério. As agressões verbais e morais foram muitas. Não satisfeitos com esses métodos nada ortodoxos de se fazer política, foram inúmeros processos movidos pelos tucanos contra o prefeito, utilizando-se desses partidozinhos nanicos que se prestam a este serviço sujo. Foram inúmeras tentativas de se arrancar o prefeito do cargo via judiciário. Ora, ninguém toma café ou se senta com o inimigo. A exemplo do que ocorre na vizinha Birigui, onde a baixaria, o jogo sujo se sobrepõe às práticas leais e honestas no pleito, em Araçatuba não foi diferente. O prefeito não perdoa esses episódios.

                                                Agora, no afã de mostrar “serviço”, Dilador Borges corre contra o tempo. Com a ajuda do governador Alckmin e diversos secretários, tenta criar factóides ao anunciar ter conseguido este ou aquele benefício para a cidade, jogando nas mãos do prefeito, a eventual responsabilidade pelo seu fracasso. Primeiro Dilador  veio à Araçatuba e alardeou ter conseguido a construção de uma escola para atender o bairro Etemp, Atlântico e região. Ótimo! Todos nós queremos escolas, creches, asfalto, iluminação, etc. Mas no caso em tela, a edificação desta escola fica condicionada “se o prefeito arrumar o terreno”. Como sempre, a velha prática de enganar o eleitor, mentindo, gerando uma expectativa que todos nós sabemos não se concretizará. Depois veio o problema das desapropriações de áreas de terras vizinhas à construção da duplicação da Rodovia Elyeser Montenegro Magalhães. Havia um convênio firmado entre a prefeitura e governo estadual no sentido de que a cidade se encarregaria de contactar os proprietários das áreas lindeiras e isso vinha sendo feito chegando ao ponto de que a maioria estava disposta a doar ao poder público. Vem o governador Alckmin e, talvez tangido por Dilador, atropela  as negociações ao afirmar que “se a prefeitura não resolver, o DER irá entrar no negócio...” Isso serviu para despertar nos proprietários não mais doarem, mas venderem as ditas áreas. A situação se complicou e a prefeitura decidiu se retirar das negociações, o que em tese atrasa, atrapalha a conclusão das obras.    

                                                Agora, o mais novo “round” desta luta desnecessária e inoportuna ocorreu esta semana com a visita do secretário da Habitação, que, anunciando um pacote de bondades, reuniu prefeitos de toda a região para abrir negociações com vistas à construção de casas populares através da CDHU. O que poderia ser um fato positivo, transformou-se novamente neste embate pessoal entre o prefeito e o deputado. Pegando um gancho da vereadora tucana, Tieza, Dilador anunciou em altos brados que “pode trazer mil casas populares”....desde que o prefeito Cido Sério arrume o terreno. O quê pretende Dilador com isto? Com esta atitude? Mostrar que está trabalhando, honrando o mandato que o povo lhe deu? Indispor, jogar o prefeito Cido Sério contra a opinião pública e depois sair-se como vítima e dizer que conseguiu isto e mais aquilo mas o prefeito não se interessou, não quis...? Certamente, com seus botões, com seu travesseiro e seus assessores mais chegados, Dilador talvez possa estar adotando esta tática, um tanto suicida pois o prefeito, tal qual um gato, tem sete vidas, tem onde buscar recursos, tem o apoio do governo federal, e poderá, num futuro próximo usar contra o deputado tucano, estas mesmas armas. É uma questão de tempo e tempo é algo que Dilador não tem muito ao passo que o prefeito, está “senhor da situação”. Cido Sério fatalmente disputará também uma cadeira na Assembléia Legislativa, batendo novamente de frente com Dilador Borges. Não vai ser fácil esta peleja. Quem viver, verá!   

sexta-feira, 15 de março de 2013

Ministros demais!


Governo do PT: O Brasil precisa de 39 ministérios ?

A presidente Dilma Rousseff acaba de promover uma pequena reforma em seu imenso ministério, já como parte do jogo político com vistas à sucessão presidencial, cuja corrida já começou. Hoje o governo petista possui 39 ministérios, com a maior parcela por conta do PT seguido do PMDB, esse partido que se tornou a própria fisiologia no sentido literal da palavra. O empresário George Gerdau-JohanPetter, um dos pesos-pesados da indústria brasileira atacou o governo ao afirmar que “tudo tem limite...39 ministros é o limite da burrice!”. Existem ministérios no governo brasileiro para todos os gostos e fins. Com certeza, muitos desses ministros sequer são recebidos pela presidente que os nomeia única e exclusivamente para manter a base de sustentação de apoio ao governo no congresso. É o tradicional troca-troca da política brasileira nesta incestuosa relação entre o governo e os políticos, e seus partidos. Esta trágica situação se reflete nos estados e nos municípios com as composições mais perversas e mais irracionais possíveis. Um exemplo, foi a eleição nesta semana do novo presidente da Assembléia Legislativa de São Paulo, um ilustre desconhecido tucano, do partido do governador Alckmin que teve 90 dos 92 votos inclusive de toda a bancada do PT! Sim, o PT votou em peso no candidato tucano, naturalmente em troca de cargos na Mesa diretora. Novos tempos do fisiologismo. Em Brasília, o ministério Dilma é um saco de gatos de nomes dessa verdadeira sopa de letrinhas que forma o cenário da política nacional cujo peso recai sobre os ombros do povo brasileiro, que tal qual “Atlas” tem que carregar este imenso fardo, essa carga gigantesca transformada lá no final da fila em impostos e mais impostos e nesse jogo espúrio pelo poder onde só não existem anjos.
Afinal de contas o Brasil realmente necessita ter 39 ministros de Estado ? Para quê serve tantos ministros? O quê fazem de útil para o país, para o povo? Quanto custa manter esse pesado corpo administrativo? Estas são questões absolutamente sem respostas. Pelo menos, uma certeza todos nós temos — custa uma fortuna, custa muito caro manter funcionando, se é que funcionam esses ministérios. São verdadeiros sacos sem fundos, cujos recursos do orçamento consomem, na maioria das vezes os principais ministérios, como Educação, Saúde, Transporte, Justiça não atendem de fato às mínimas  necessidades do sofrido  povo brasileiro. É uma vergonha, um acinte que a presidente, no intuito de “comprar” o apoio dos partidos políticos, em especial desses tidos “nanicos”, tenha exageradamente criado tantos novos ministérios, desnecessários, inúteis, inservíveis, normalmente ocupado por puxas-sacos, por incompetentes, por figuras medíocres, desconhecidas, corruptos, pessoas desqualificadas, desmoralizadas, envolvidas em atividades criminosas e gente de origem duvidosa. Possuindo bons padrinhos políticos, é a certeza de um bom cargo, com salários estratosféricos, mordomias de toda sorte e que se fazem acompanhar de verdadeiros quadrilheiros e bandidos da pior espécie.
Um quadro comparativo abaixo mostra que desde a Independência do Brasil, foi grande a diferença entre o número de ministros em diversos governos, em diferentes épocas. É quase surreal a situação:

PERÍODO DE GOVERNO
NÚMERO DE MINISTÉRIOS
1º Império – 1822 – 1831 – D. Pedro I
10
2º Império – 1831 -  1889 – D. Pedro II
12
República Velha – Prudente Moraes  1º Presidente Civil
  6
Getúlio Vargas – Período em que foi eleito
13
Marechal Castelo Branco – Regime militar -1964
16
General Figueiredo – último presidente militar
16
José Sarney - 1985
25
Fernando Collor - 1990
17
Fernando Henrique – 1993-2000
24
Lula – 2000-2008
26
Dilma Rousseff – 2008-2013
39

Como se pode ver, desde o I Império foi crescendo o número de ministros chegando até nossos dias, esse absurdo de 39 cargos mantidos pela União. São tantos ministérios que eles se misturam em suas atribuições, funções, se sobrepondo, se repetindo nas atividades e causando um enorme prejuízo ao povo. José Sarney, o “donatário eterno” da “Capitania do Maranhão”, tem um número “x” de ministérios e ele indica seus asseclas seus apaniguados, seus puxas-sacos como esse mequetrefe Edson Lobão, no Ministério das Minas e Energia. Irremovivel, como diria o ex-ministro Magri, “imexível”. É um verdadeiro loteamento desses cargos em troca de apoio ao governo e Dilma teve a cara de pau de criar ministérios esdrúxulos, como da Pesca, da Raça Negra, da Mulher, etc. O atual ministro da Pesca, o senador Crivela confessou nem saber como se coloca a minhoca no anzol, e por ai vai. Sua antecessora foi a ex-senadora Idely Salvati, petista que deixou o cargo em meio a intenso tiroteio e denuncias de corrupção.    O PT aperfeiçoou a técnica de cooptar políticos de todos os matizes e trazê-los para debaixo das asas do poder. O troca-troca por cargos provoca uma verdadeira briga de foice no escuro, onde os partidos e políticos lutam entre si na busca de espaços. É uma vergonha.
O pior disso tudo é saber que países ricos, modernos, poderosos em geral possuem poucos ministérios e a coisa funciona. Nos Estados Unidos são apenas 15 (lá são chamados de secretários e não ministros, a diferença já começa pela nomenclatura). E tem sido assim desde muito tempo. Não se criam ministérios ao sabor dos ventos para barganharem por espaço e poder. Na Alemanha, uma potência mundial, são 14. Compare a economia, população dos Estados Unidos, Alemanha nosso pobre Brasil, infestado dessas verdadeiras saúvas destruindo o país.

PAÍS
NÚMERO DE MINISTROS
ESTADOS UNIDOS
15
ALEMANHA FEDERAL
14
ITÁLIA
17
INGLATERRA (REINO UNIDO)
17
FRANÇA
16
CHILE
22
JAPÃO
11
CHINA (Mais de 1 bilhão de habitantes)
29

Aonde nós vamos chegar com tantos ministros, tantas despesas, tanta corrupção e roubalheira?

domingo, 3 de março de 2013

 A falta de respeito entre nossos homens públicos!
O governador Geraldo Ackmin (PSDB) é uma das figuras mais simpáticas, respeitosas e educadas na política brasileira. Mesmo em debates eleitorais ele jamais perde o bom humor, trata bem e respeitosamente seus adversários, agindo de forma republicana. Já o prefeito Cido Sério (PT) está causando vexame em Araçatuba por suas atitudes desrespeitosas e nada educadas. 
                                Araçatuba está vivenciando um momento estranho no que diz respeito às relações institucionais entre os políticos eleitos pelo voto popular, mas que, pertencendo a diferentes correntes políticas, estão cometendo um principio de autofagia desnecessária, prejudicial e acima de tudo dando mostras de falta de civismo, amor à terra e pisando naquelas promessas vãs de campanha, de representarem o povo, na verdade o real detentor da força que dá poderes constituintes e o aval para que homens públicos possam lutar, batalhar pelas esperadas melhorias notadamente para aquela parcela mais pobre da população. Vimos ai esta semana a entrega do centro de radioterapia instalado na Santa Casa de Araçatuba, após ingentes esforços de políticos e da sociedade civil organizada, pelo menos há cerca de seis anos se vislumbrava este enorme benefício para aqueles que tendo algum parente, um amigo, um ente querido infelizmente agredido por algum tipo de câncer, se via na necessidade de  se deslocar rotineiramente para Jales, Barretos, São Paulo, etc. Quantos não morreram no caminho desta tortuosa e difícil viagem? E os vários acidentes ocorridos mesmo nas ambulâncias ou micro-ônibus? De forma, que ao iniciar as atividades, este centro irá atender grande parcela da população mais humilde. E quantos nomes teríamos aqui que elencar entre aqueles que lutaram para que esta antiga aspiração virasse uma realidade?!
                                               No entanto, ao ato inaugural não compareceu o prefeito Cido Sério (PT), que está insistindo em manter esta irresponsável política agressiva contra os representantes públicos de outros partidos. Soa como uma elevada falta de educação, de cortesia, de respeito, ao estar na cidade para uma série de eventos, o governador do  estado e o alcaide “inventa” outros compromissos para não participar de uma verdadeira festa popular. Agora Araçatuba tem eventos petistas, tucanos, etc. Parece que os homens públicos eleitos pela vontade popular esqueceram os mais elementares preceitos da boa convivência entre os diferentes, os desiguais. Em nada mudará a posição quer do prefeito, do governador, do secretário, do deputado ou do vereador. Todos têm em comum, a missão histórica e obrigatória de bem representar o povo, a cidade. Não importa se o governador é deste ou daquele partido, importa que determinada conquista, quer seja uma inauguração, um evento qualquer, estejam ali irmanados os homens públicos eleitos pelos munícipes. Cido Sério exagerou em sua falta de educação, de respeito quando se recusou a sequer cumprimentar o hoje deputado estadual Dilador Borges. Foi uma cena desagradável, humilhante, vergonhosa. Cido Sério não é o “dono” da prefeitura, ele “está” prefeito por um tempo determinado constitucionalmente e deveria comportar-se de forma respeitosa, cavalheiresca em homenagem ao povo de Araçatuba. O problema é que para Cido Sério a campanha eleitoral de 2012 parece não ter acabado, ele não desceu do palanque. Ao receber mais de 50%  dos votos do povo, foi-lhe franqueado um novo período, um novo mandato, e a palavra é clara — mandato ! Quer dizer, alguém lhe deu este poder soberano pelo voto, mas isto não lhe dá poderes para agir como um tirano, um déspota. Chegará um dia que Cido Sério não terá nenhum  mandato eletivo, terá que descer do pedestal e andar pelas ruas da cidade à pé como qualquer mortal. Este é um dos pilares do regime democrático em que vivemos.
                                               Não é muito lembrar que, durante a visita da presidente Dilma Rousseff (PT) à Araçatuba para o lançamento do estaleiro no Rio Tietê, o governador do  estado, Geraldo Alckmin (PSDB) fez questão de deixar seus inúmeros afazeres (com certeza maiores que de um prefeito) e, num gesto de respeito à presença da Chefe de Estado, veio estar com ela. Alckmin é o exemplo da paciência, do respeito, da gentileza. Nunca se viu, mesmo em debates eleitorais, o governador perder a classe, a lhaneza e o bom gesto de cortesia para com os adversários. É preciso alguém mostrar ao prefeito Cido Sério que gentileza, educação e respeito mesmo entre os diferentes, fazem parte da cortesia e da grandeza entre os homens. Mas, contrariando os mais simples gestos do manual de boas maneiras da Glorinha Kalil, Cido Sério num desafio à inteligência do povo, despreza a companhia, a presença de um governador, um deputado, para abraçar e receber em gabinete um assassino condenado, um agitador subversista desta esquerda arruacenta. José Rainha, condenado e preso por desviar dinheiro público, por assassinar alguém no Espírito Santo, é recebido com direito a tapete vermelho, rasgação de seda e foto em jornais. Depois de se recusar a sequer cumprimentar Dilador Borges (PSDB), Cido Sério recebeu esta figura desprezível, detestável e inconveniente, o deputado Roquinho Barbieri, cuja atuação no parlamento estadual é algo duvidoso por sua atuação irresponsável em vários episódios. Mas o prefeito de Araçatuba parece dar mais valor a estas péssimas companhias.
                                               Ficou muito feio e desagradável a ausência até mesmo do vice-prefeito ou algum secretário durante a estada de Alckmin. Um exemplo deste desencontro é a situação da duplicação da Rodovia Elieser Montenegro Magalhães com alguns trechos paralisados, gerando desemprego, insatisfação e prejuízo para o povo, para os motoristas. Está na dependência da solução de questões legais relacionadas às desapropriações, tidas como de responsabilidade da prefeitura, segundo o convênio firmado. O momento seria ideal, oportuno, pára, juntos, governador e prefeito, de forma respeitosa,  republicana, discutissem o assunto. Estando igualmente presente o diretor do DER, o tema seria rapidamente equacionado. Por conta de sua “birra” pessoal com Dilador Borges, o prefeito comete esta falta de respeito não a Alckmin, mas ao povo. É imperioso destacar que o vereador Gilberto Batata (PR), mesmo sendo da base de Cido Sério esteve em audiência com o governador apresentando reivindicações pertinentes e de interesse da população, um gesto de nobreza e respeito, gesto aliás condenado por setores radicais ligados ao prefeito. Lamentável. Quem perde com essa falta de postura é o município, é o povo. Alckmin, Cido, Dilador, Dilma todos passam, o poder tem prazo de validade, a  dignidade do cargo, o caráter do homem público, seus gestos e atitudes entram  para a história.