O Brasil precisa de tantos
partidos políticos?
Dos 30 partidos políticos
reconhecidos pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no Brasil, 28 têm
representação em Araçatuba. No entanto, a cidade
deve ganhar pelo menos mais sete legendas nos próximos meses: duas em
condições de disputar eleição e outras cinco em processo de formação nacional.
PEN (Partido Ecológico Nacional) e PPL
(Partido Pátria Livre) já possuem representações na cidade. Em fase de
articulações, estão PLC (Partido Liberal Cristão), PS (Partido da
Solidariedade), PTS (Partido da Transformação Social), PSPB (Partido dos
Servidores Públicos e da Iniciativa Privada do Brasil) e o Rede
Sustentabilidade, lançado esta semana pela ex-senadora Marina Silva.
Responsável pela organização do
PEN em Araçatuba, o líder comunitário Nilson Marques da Silva diz que o
objetivo do partido não é apenas se preocupar com cargos eletivos. “É um
partido que tem por obrigação cuidar da
natureza, que está se acabando. Com certeza teremos representantes nas próximas
eleições, mas esse não é nosso principal objetivo”, afirma.
A verdade é uma só — esses
partidozinhos de uma só pessoa só tem um objetivo: garantir uma moeda de troca,
de barganha, um verdadeiro escambo durante o período eleitoral em que os
“donos” destas siglas anunciam um apoio (meia dúzia de votos) para este ou
aquele candidato em troca de cargos na administração, em troca de favores e
outras coisas não publicáveis e nada republicanas.
Afinal de contas, por quê essa
imbecil da Marina Silva saiu do seu P.V. ? Com certeza a saída da ex-senadora
sem deu em função de que muitos membros da alta cúpula do partido ensaiavam
aceitar favores, préstimos do governo. Não é à toa que o PV hoje encontra-se
coligado e dando sustentação política à vários outros partidos cuja atuação e
fins estatutários nem sempre coincidem com aqueles defendidos pelos “verdes”.
E quantos partidos como o nome de
“cristão?” Se vivemos legalmente num Estado laico, ou seja, sem ligação com
religião, por quê esse mundo de partidos que se arvoram em vozes de Deus, em defensores da fé, etc. Na verdade,
são partidos criados à sombra dessas vergonhosas seitas religiosas que hoje
infestam o cenário religioso do país, cuja finalidade apenas e tão somente é de
enriquecer e dar mais poder e visibilidade às esses “pastores”, apóstolos”,
bispos” e outras designações que esses abutres da fé, esses safados mentirosos, esses vendilhões do
templo costumam se apresentar publicamente.
Em Araçatuba, um exemplo clássico
disso é o caso do senhor José Victor Botelho, que preside um desses inúmeros
partidos nanicos, cuja representatividade deixa a desejar. Ele sempre teve um
emprego político na administração municipal de Araçatuba. Entra prefeito, sai
prefeito, lá está ele num cargo. Agora, está aguardando “ansiosamente” e
irritado com o prefeito pelo fato de não tê-lo nomeado nessa fornada quentinha
que saiu no jornal “Liberal Regional”. E concurso público ? O senhor Rivaldo
Casagrande também está na mesma situação e agora afirma que vai fundar o
partido criado pela Marina Silva.
Líderes comunitários, presidentes
de associações de moradores, pastores dessa infinidade de igrejinhas de ponta
de rua, são expoentes potenciais interessados na criação desses partidos de
fachada, esses partidos que não tem nenhuma vocação doutrinária para defender
esta ou aquela causa e sim, defender interesses escusos, interesses pessoais
dessa gente desqualificada profissionalmente, dessa gente incapaz de ser
aprovada num concurso público, dessa gente acostumada a viver na sombra do poder
e estar sempre em busca de uma “têta” para mamar eternamente na administração
pública. O secretário de Governo, o 1º Ministro do Gabinete Cido Sério,
Valdevino Bittencourt já advertiu esta semana que esses cargos comissionados,
sem concurso ”não são eternos”. Na verdade, estas pessoas que vivem lá nos
corredores da prefeitura tentando conseguir um cargo ou outro, deveriam ter
vergonha na cara e não se submeterem a esta humilhação.
Infelizmente, a legislação
caolha, feita sob encomenda pelos nossos deputados e senadores que sempre legislam
em causa própria, contempla esta imoralidade, essa indecência de facilitar a
criação de novos partidos. Basta juntar aí meia dúzia e compadres, de vizinhos, num boteco qualquer, pronto! Está criado um partido, cuja maioria desses fundadores sequer leram os
estatutos e a doutrina partidária. Estão aptos à negociarem apoio para este ou
aquele candidato. Basta relembrar que o prefeito Cido Sério elegeu-se numa
coligação constituída por 17 partidos, que na maioria foram apenas e tão
somente usados, manipulados como massa de manobra e cederam seus horários no
rádio e TV. Uma prática vergonhosa e imoral.
(sobre o texto da FOLHA DA REGIÃO de 17/2/13)
Nenhum comentário:
Postar um comentário