Segundo depoimento do sobrinho de Chinelo, o prefeito sabia de tudo que se passava nas tramoias dentro da prefeitura!
Trechos do depoimento de João Vitor Custódio
Carinheno, jovem de 23 anos, sobrinho do sindicalista José Avelino Pereira, o “Chinelo”,
prestados à Polícia Federal no âmbito da Operação #Tudonosso, apontam
claramente que o prefeito de Araçatuba Dilador Borges (PSDB) e sua vice Edna
Flor (Cidadania), tinham pleno conhecimento das tramoias e falcatruas que
aconteciam dentro da administração municipal, levadas à efeito pelas pessoas da
confiança do Chinelo, e que exerciam funções-chaves nomeadas que foram pelo
prefeito tucano. Esse José Victor exercia a função de Diretor-Financeiro da
organização social “Instituto de Valorização da Vida Humana”, uma das diversas
empresas-laranjas criadas pelo Chinelo para dar golpes em administrações
públicas. Segundo a PF, em dois anos, foram desviados cerca de R$ 15 milhões da
Prefeitura de Araçatuba e mesmo assim, o prefeito Dilador junto com sua vice veem
à público com o maior cinismo, a hipocrisia marcante de seu desastrado governo
para afirmar que “desconheciam” as ações criminosas dos servidores nomeados. O
sobrinho do Chinelo afirma com todas as letras que na campanha de 2016, seu tio
“repassou como doação à campanha do Dilador e Edna, R$ 400 mil”, para, em
seguida isso “facilitar” o ingresso de seus contratos e a consequente aprovação
com alterações que beneficiavam as tais empresas do Chinelo.
Demonstrando total conhecimento de como a “coisa”
funcionava dentro da administração “Dilaflor”, José Vitor diz que a “Silvia
identificava em algumas vez irregularidades nos contratos do IVVH e dizia que
não iria pagar”. Ele acrescenta que ela (Silvia) informava sua superiora a
Cristina, que era a secretária Municipal de Ação Social, que ao que parece não
tomava nenhuma providência. Chinelo ficava descontente e irritado pelo fato de
Silvia não querer pagar e segundo José Vitor, “passava por cima da autoridade
da Cristina e ia interferir junto ao prefeito DILADOR BORGES e a vice EDNA FLOR”...”
Óra! Está claro, cristalino que Dilador e Edna não só sabiam das maracutaias
que aconteciam debaixo de suas fuças, como deveriam autorizar que os pagamentos
reclamados pelo Chinelo fossem pagos! José Vitor diz ainda em seu depoimento,
que “Daiana, que segundo ele, "era amante de Chinelo", alterava, adulterava dados e informações para prejudicar a empresa “LOCALIZA,
que aluga veículos, mesmo esta apresentando um preço menor, a licitação era
criminosamente direcionado para que a empresa VIPIG, outra “laranja” do Chinelo
ganhasse o certamente!
Só essas três declarações que estão no depoimento
do José Vitor, arrastam o prefeito Dilador e sua vice Edna Flor para o “olho do
furacão”. Em que pese negar, não há dúvidas que o prefeito tinha conhecimento
do que ocorria debaixo de sua barba! É preciso levar em conta que esse José
Vitor não está mentindo, ele não teria nenhum motivo para fazê-lo! Ele foi
preso no mesmo dia que seu tio Chinelo e não teriam tempo nem oportunidade para “combinar” trechos
das respostas às eventuais questões feitas pela PF. É evidente que este jovem
tinha um relacionamento profundo e era homem da absoluta confiança do Chinelo.
Ele lidava e manipulava milhões! A PF levou dois anos investigando esses fatos que
desaguaram na operação #Tudonosso e é obvio que servidores cumplices,
comprometidos lá dentro da prefeitura compartilhavam das informações. Na
conversa gravada entre o advogado Thiago Mendes, homem da extrema confiança do
prefeito Dilador, em determinado trecho ele fala com o então presidente do IVVH
que “eles colocam o nome nisso. Corriam
risco e ficava apenas R$ 1.300 para cada um. O ‘patrão’ ficava com a maior
parte”. À quem Thiago Mendes se refere como “patrão?” É evidente que é o
Chinelo!
A Câmara de Vereadores de Araçatuba, esse circo
armado na Pça. 9 de Julho, pessimamente presidido pela vereadora Tieza (PSDB),
criou uma CPI de “faz-de-conta”, de “mentirinha”. Acontece que com o surgimento
dessas novas informações, os vereadores, todos de rabo preso com o prefeito,
todos comprometidos e dispostos à enterrar a tal CPI terão que dar uma resposta
à sociedade sobre o prefeito e a vice. A famigerada intenção dos vereadores, no
fundo era dar um “Atestado de Bons Antecedentes” ao prefeito acompanhado de um “Voto
de Aplauso”, mas a coisa entrou água e eles terão que rever isso e
investigarem. A digitais do prefeito estão claramente marcadas, registradas nos
fatos relacionados ao milionário desvio de dinheiro público para “uma verdadeira e poderosa organização criminosa”,
no dizer da PF. O prefeito Dilador Borges e a vice Edna Flor tem que explicar
tudo nos conforme da lei. Ambos estão enlameados por este escândalo nunca antes
registrado na história de Araçatuba, que viu a Polícia invadir as portas da
administração municipal e de lá levar documentos, computadores etc. É uma
vergonha inominável!
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