Birigui no período natalino
Com
um mísero orçamento de R$ 2.725.000,00 para gastar em 2014, a Secretaria de
Turismo de Araçatuba é o retrato puro e acabado das tais “secretarias
simbólicas”, no dizer do prefeito Cido Sério, para explicar a pequena ou
inexistente importância da Pasta, criada a exemplo de outras, para apenas “acomodar”
companheiros, apadrinhados e protegidos dentro da administração municipal e
demonstra claramente a falta de vocação turística da cidade, como um dos
equipamentos para atrair não só simples visitantes como até mesmo investidores.
O próprio atual secretário municipal de Cultura, Hélio Consolaro, cunhou uma
frase: “Araçatuba é a cidade da latinha. Lá tinha o Country Clube, lá tinha o
Araçatuba Clube, lá tinha o Thermas, lá tinha o Corinthians, tinha a Coca-Cola,
tinha isso e aquilo... tinha... não tem mais” e no passado também ficaram as
lembranças de um tempo em que a cidade atraia visitantes e havia uma incipiente
vocação turística. Nem mesmo com o grande desenvolvimento econômico, industrial
e comercial da cidade e região, não temos sequer o turismo de negócios ou
eventos.
A Praça Rui Barbosa em tempos áureos
O
titular da Secretaria de Turismo não é da área, não entende absolutamente do
sentido genérico e da finalidade da própria secretaria. Antonio Carlos Ferreira
é agropecuarista, oriundo do grupo político que sempre apoiou o PSDB de Dilador
Borges e sem maiores explicações pulou o muro e juntou-se aos antigos
adversários políticos, os petistas e hoje não passa de um corpo estranho entre
os auxiliares do prefeito. Inicialmente, as informações de sua ida para o
governo petista era de criar na cidade condições para se estabelecer o turismo
rural, dada sua experiência como criador, fazendeiro e ex-presidente do SIRAN. Umas
das áreas seria a Água Limpa, mas de certo mesmo, o prefeito quer colocar lá um
lixão. Mas com um orçamento pobre, uma secretaria manca, até agora nada fez de
concreto. O ex-secretário Carlos Nova idealizou um projeto de grande importância
cultura e histórica aliado ao turismo ‒
criar um passeio por meio de um trem caipira, usando aquela locomotiva “Maria-fumaça”
esquecida, apodrecendo no Zoológico. Esse passeio seria feito no mesmo trilho
da antiga NOB, entre Araçatuba e
Birigui. O projeto repousa esquecido nalguma gaveta empoeirada.
O passeio com a "Maria Fumaça" não saiu da gaveta.
Agora
neste período natalino, até mesmo cidadezinhas da região, com poucos recursos,
sem a expressão econômica de Araçatuba, realizam decorações de época se valendo
do apoio de estudantes, do comércio, indústria e dão um show de beleza, um
espetáculo de luzes, criatividade e carinho, amor cristão, ao decorarem praças,
ruas, prédios usando desde garrafas plásticas até as lâmpadas chinesas, dando
um colorido atraente e bonito, alegrando as crianças e transformando os adultos
que se encantam com a beleza destes eventos. E o quê Araçatuba fez no Natal
desde o primeiro ano do governo Cido Sério? Nada! Absolutamente nada! Numa
demonstração de insensibilidade criativa, de interesse em estabelecer parcerias
para dotar a cidade de algo significativo e atraente nesta época tão decantada
pelos povos cristãos! Dá vergonha andar pela cidade. Duas árvores de natal, as
mesmas de anos passados, retratando a incompetência, o desinteresse por esta
efeméride. A nossa praça central...Nem é bom lembrar. Dá vontade de chorar!!!
Quem conheceu a antiga Pça. Rui Barbosa não pode concordar com o crime
perpetrado contra aquele lugar, onde pulsa o coração da cidade. Os gestores
públicos parecem insensíveis, alheios ao redor e despreocupados em embelezar a
cidade para receber visitantes interessados em conhecer o pouco que ainda resta
de nossa memória.
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