sábado, 13 de julho de 2013

Petistas "apunhalam" Dilma:

Fogo amigo: Setores petistas "queimam" Dilma e 

querem Lula candidato em 2014!


O Palácio do Planalto detectou setores dentro do próprio PT que estão se organizando para desestabilizar a presidente Dilma Rousseff no Congresso, tentando aproveitar esta onda de manifestações pelo país, na tradicional situação de um verdadeiro “fogo amigo” buscando com isso uma situação de quanto pior melhor, preparando terreno para uma volta triunfal de Lula para ser o candidato à presidência em 2014. Esse grupo incendiário tem no deputado Cândido Vacarezza (SP) e José Guimarães (CE), a liderança máxima já que ambos gozam de influência no seio dos partidos da base de sustentação do governo.  Pior  — toda essa movimentação à sombra de Dilma, tem o dedo e o apoio do PMDB, leia-se Michel Temer, o vice-presidente. Setores mais inconformados com o modo imperial com que Dilma comanda o governo,  torcem por uma volta de Lula, confiantes de que ele seria imbatível já no primeiro turno e o PT não correria riscos de uma campanha duvidosa com Dilma visto que o quadro hoje indica fatalmente a realização de um segundo turno, cujos resultados ninguém sabe prever. A densidade eleitoral de Marina Silva somada à de Aécio Neves e Eduardo Campos, juntos numa frente de oposição contando com os milhões  de brasileiros unidos pela insatisfação catalisada nesses movimentos de ruas, podem por em risco a reeleição de Dilma que até maio passado era tida como imbatível, mas com a pressão das ruas, sua popularidade despencou das nuvens chegando próxima dos simples mortais. Esse grupo que conspira contra Dilma é pragmático e avalia que Lula leva no primeiro turno.

Em outras palavras, setores do próprio PT, dentro do coração do governo, queimam a presidente no intuito de desgastá-la em meio a uma crise. É bom lembrar  o episódio não explicado do boato sobre o fim do “Bolsa Familia”  gerou um enorme problema para o Palácio do Planalto. Avaliam alguns analistas políticos que a direção da Caixa Federal teria induzido a presidente ao erro. Agora, passados dois meses desse fato, a Polícia Federal concluiu o inquérito aberto não apontando crime, nem criminosos, o que deixou agora a presidente Dilma numa tremenda saia-justa, posto que durante o escândalo, Dilma foi a TV atacou a oposição, atribuindo a esta a responsabilidade  em espalhar o boato.  A ministra dos Direitos Humanos,  Maria do Rosário, igualmente correu para dizer à imprensa que a oposição (Leia-se PSDB) tinha criado este  factóide. E agora? A oposição vai cobrar um pedido de desculpas do governo, expondo a presidente a uma situação de constrangimento desnecessário.  Se  não foram setores oposicionistas os responsáveis por espalhar um boato tão danoso, então quem foi? A PF não conseguiu elucidar o caso.

Agora,  uma pergunta que não quer calar é esta: “Até onde Lula em carne e osso sabe desse movimento conspiratório e qual sua posição”? O ex-presidente tal qual uma avestruz meteu a cabeça num buraco e escondeu-se em meio a este vendaval que  assola o país. Soube-se que Lula teria jantado com Dilma na noite de 06 de julho passado para orientá-la. E teria dito para ela ouvir mais os partidos da base antes de meter-se em aventuras tresloucadas como o anuncio da convocação de uma assembléia constituinte, um plebiscito, medidas que fatalmente não resolvem em nada os graves problemas enfrentados pelo governo, a pressão das ruas, dos sindicatos e mesmo dos partidos, pois daqui  prá frente Dilma terá muita dificuldade para aprovar os projetos de seu interesse na Câmara  e no Senado. Com seu modo autoritário de lidar com a classe política, Dilma certamente não é aquela presidente dos sonhos dos políticos acostumados durante os oito anos de governo Lula que afagava, acariciava, passava a mão na cabeça de todos,  protegia seu grupo. Não é à toa que o escândalo “Mensalão” prosperou debaixo das barbas de Lula, ao lado de sua sala onde seu “primeiro-ministro” Zé Dirceu coordenava e ditava as regras e as  formas como o grupo mensaleiro deveria funcionar, segundo depoimentos do ex-deputado Roberto Jeferson e na ótica do ministro Joaquim Barbosa, relator do “Mensalão”, segundo o qual,  só se realizou, só ganhou os contornos e objetivos porque Lula não só sabia, como apoiava e passava a mão na cabeça desses agentes criminosos.

O grupo que tenta trazer Lula de volta à cena política e fazê-lo disputar as eleições presidenciais,  quer  defenestrar  Dilma por que ela com seu tipo de “gerentona”, não apoia e não permite o mal feito na administração federal.  Grupos saudosistas do PMDB igualmente são simpáticos a este movimento e nada  surpreende vindo desse partido que segundo Ciro Gomes, “é um ajuntamento de bandidos...” Dilma, de uma certa forma conseguiu conter esses ímpetos e tentativas de se apoderar dos cofres públicos  e não se envolveu nem deixou-se envolver em escândalos e roubalheiras. Isso naturalmente não agrada aqueles políticos acostumados com a corrupção, com a bandalheira geral, razão pela qual torcem dentro do próprio PT e do PMDB pelo insucesso, pelo desgaste da presidente diante da opinião pública, preparando assim um caminho de salvação nacional na certeza de que só Lula teria condições de enfrentar a oposição e continuar mantendo seu grupo no poder. Lula tem dito que não quer ser candidato, mas entenda-se exatamente o oposto. Dilma terá a árdua tarefa de até setembro pelo menos conter as ruas, os movimentos, as manifestações e reagrupar suas forças no Congresso, missão nada fácil, visto que está sendo traída pelos seus próprios líderes e companheiros de partido. De outubro prá frente, a pressão para Lula assumir uma postura de “candidatíssimo” não terá como ser evitada e Dilma vai ter que ceder à uma triste realidade.  Coisas da política tupiniquim, incompreensíveis... 

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