QUEM É O PALHAÇO...?
A última sessão da Câmara Municipal de Araçatuba, antes preparada para argüir o secretário de Cultura do município, Prof. Hélio Consolaro, foi marcada por seguidas suspensões, gritos, ofensas, agressões, desrespeito e um autêntico espetáculo circense, com o perdão dos valorosos profissionais do riso, os palhaços, tiveram que dar lugar à cenas mambembes, descontroladas e até de truculências verbais proferidas por um homem que deveria dar exemplo, já que quando era um simples mortal, vivendo na planície e escrevendo admirada coluna na imprensa local, recebia de todos o respeito e era um ícone da defesa dos postulados democráticos e da ética. Guindado ao cargo de secretário municipal na administração Cido Sério (PT), Hélio Consolaro tem dado mostras de um desequilíbrio emocional, um contrasenso daquilo que antes escrevia e defendia. São inúmeras suas frases de efeito que provocavam na opinião pública o riso, a graça e acima de tudo a forma irônica, ferina, mas que atingia em cheio seus objetivos. Ninguem pode esquecer por exemplo quando ele debochava de uma certa família de políticos de Araçatuba cujos membros estavam filiados em partidos diferentes. A aguda e letal posição de Consolaro era implacável quando os apelidou de “família centopéia”. Mas este Consolaro ficou lá atrás. Hoje é um homem amargo, agressivo e que já provocou a ira de muitas pessoas por suas opiniões e posições. Se o prefeito Cido Sério tivesse pulso, firmeza e coragem política já O teria demitido há muito tempo. Logo no inicio do governo ele criou uma “saia justa” para o prefeito expondo o chefe maior da administração a um constrangimento inadmissível no episódio sobre o baixo orçamento para 2010. Cido Sério, no melhor estilo lulista, passou a mão em sua cabeça e tudo continuou.
Nesta sessão da Câmara, Hélio Consolaro deveria explicar sobre um obscuro contrato que Araçatuba deverá firmar com outras cidades, sobre um consórcio cultural. Ao iniciar a fase em que os vereadores fariam perguntas para tirarem suas dúvidas, Hélio Consolaro — é bom lembrar que nos últimos 10 anos se referia à Câmara como o “Palácio do Riso”. Como que tomado por este espírito, agrediu verbalmente a vereadora Edna Flor e Vereadora Tieza. É bom lembrar também que logo no início desta legislatura, Consolaro presente no meio do público, se manifestou de forma desrespeitosa visto que é proibido aos presentes no auditório da casa legislativa falarem, vaiarem ou mesmo aplaudirem as eventuais atitudes dos vereadores. Consolaro esqueceu-se de que ele é um cidadão como tal deve cumprir as leis. Mas abusando de suas prerrogativas ofendeu os edis gerando um tumulto dispensável. Nunca é demais lembrar que Consolaro já foi vereador e o hoje prefeito Cido Sério, seu assessor. Fosse apenas esta atitude negativa, rasteira e inoportuna já bastaria para marcar a noite como “negra” . Eis que outra figura deplorável , abusada emerge do público para assacar, ofender os vereadores e ferir a lei, justamente quem mais deveria respeitá-la e fazer-se respeitar. O secretário dos Negócios Jurídicos, Evandro Silva, dando um péssimo, um inequívoco exemplo da mais pura baixaria, digna de uma autêntica “casa de tolerância”,ou daqueles botecos de quinta categoria, descontrolado e ferindo o decoro público, já que é um agente público e como tal deve comportar-se, teve que ser contido, agarrado e expulso do plenário. Uma cena deplorável, indigna para quem exerce um elevado cargo público, um agente político que deveria agir de forma honrada, respeitosa a cena mais lembrava aquelas brigas de moleques irresponsáveis e inconsequentes na saída das escolas. A sessão foi mais uma vez suspensa. Como sempre, o prefeito calou-se, não emitiu nenhuma opinião, não tomou nenhuma atitude como a sociedade esperava e que publicamente condenou ambos os gestores da “res pública”, Consolaro e Evandro.
Durante toda a semana, a mídia exteriorizou opiniões extremamente negativas de condenação ao péssimo gesto destes dois assessores diretos do prefeito. As redes sociais também foram palco de pesadas críticas do povo contra esses maus exemplos. Evandro Silva vem colecionando derrotas após derrotas diante da Secretaria dos Negócios Jurídicos, talvez seja esse um dos motivos que levaram ao seu destempero verbal, seu descontrole emocional. Sucessivas decepções nas ações e processos oriundos de sua pasta, tem deixado o prefeito em maus lençóis e a responsabilidade desses seguidos fracassos atribui-se diretamente ao titular dos Negócios Jurídicos, que tem engolido seguidamente, decisões desfavoráveis da justiça. O prefeito deveria vir a público e expressar alguma opinião, alguma decisão. Por outro lado, esses dois assessores merecem um bom puxão de orelhas ao desrespeitar o legislativo que abriga, bem ou mal, os lídimos representantes escolhidos pelo povo. Consolaro vem agindo de forma imperial, despótica na condução dos assuntos culturais da cidade, de forma antiética e autoritária, arvorou-se em presidente do Conselho Municipal de Cultura, ou seja, ele fiscaliza a si próprio. Para fechar de forma mais que negra, aquela noite, Hélio Consolaro, que antes, lá pelos anos 80/90 pertencia àquele PT puro, imaculado, cheio de gente com virtudes peregrinas, que pelas esquinas desse Brasil vendiam camiseta, botons com a cara do Chê Guevara, e Lula, um bando de jovens sonhadores, idealistas tentando derrubar o regime militar, aqueles hippies, um bando de desocupados, loucos, cheios de tatuagens, piercings, sonhadores com um futuro democrático. Não satisfeito em agredir os ilustres vereadores, Consolaro cuspindo no prato que comeu, nos “companheiros” de ontem, afirmou que “a cultura hoje é profissionalizada (sic)...não como antes, por um voluntarismo...por um bando de doidos e desocupados...”. E o pior, é que daqueles “doidos e desocupados” que faziam a cultura da cidade, que lutavam sem apoio, sem recursos, com um bravo heroísmo, muitos destes ainda estão atuando lá mesmo, na Secretaria de Cultura. Juntando o vereador Joaquim da Santa Casa, Consolaro e Evandro Silva, Cido Sério nem precisa de oposição! Esse pessoal tem uma sutileza semelhante a de um elefante solto numa loja de louças!
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