sábado, 24 de março de 2012

Pilantras Evangélicos:

PILANTRAS EVANGÉLICOS E A GUERRA NADA SANTA !


Esta semana o país foi sacudido com explosivas denúncias feitas pela TV Record sobre o imenso patrimônio amealhado pelo pseudo-apóstolo Waldemiro Sei Lá das Quantas, líder de mais um ramo dessas igrejas caça-níqueis que encontramos em todas as esquinas da vida. Nenhuma novidade para quem escolheu ganhar a vida enganando, mentindo, ludibriando os incautos, os imbecis, inocentes úteis que freqüentam esses cultos teatrais,  ofertando seu suado dinheirinho na certeza de que vão garantir um cantinho no céu. A surpresa foi que, partindo da emissora de Edir Macedo, provocou toda uma celeuma, afinal de contas que moral tem esse outro mentiroso para atacar a honra de seu igual, se é que honra seja uma palavra que conste no manual dessas seitas piratas. Edir Macedo está incomodado pelo fato desse novo “profeta” estar lhe tirando espaços e crescendo à sua sombra. A Record antes de tudo deveria explicar ao povo brasileiro de como surgiu, de onde veio o dinheiro para a fabulosa compra da família Carvalho que transformou essa emissora num braço forte de propaganda da Igreja Universal.  A TV Record deveria primeiro explicar de onde vem o dinheiro que sustenta o império de Edir Macedo. Antes de atacar o outro “apóstolo”, deveria mirar-se num espelho e ver que pratica os mesmos métodos condenáveis, merecendo  de toda a sociedade brasileira o desprezo e a punibilidade.
Lamentavelmente vivemos num país do faz-de-conta onde políticos e líderes religiosos dessas igrejas fantasmas disputam o mesmo nível de baixeza moral e se comparam entre si como reles criminosos. Como irmãos siameses, os políticos brasileiros de uma maneira geral e, com raras exceções fecham os olhos à estas práticas nefastas e imundas dessas igrejas que, surgidas da noite para o dia, nas esquinas principalmente das periferias, se mostram campos férteis, para o engodo, para a manipulação das massas mais pobres, mais vulneráveis à acreditar nas mentiras e falcatruas que se desenrolam no interior dessas verdadeiras organizações mafiosas cujo fim não é outro que não o de enriquecimento fácil em detrimento de se vender falsidades. Com a desculpa esfarrapada garantida por esta Constituição caolha, da liberdade de culto, da liberdade religiosa, vimos surgir do fundo dos esgotos, essas figuras tétricas, sujas, falsas e que a peso de ouro arrancado do suor dessa gente ignorante, pagam vultosas somas em redes de rádio e TV com a finalidade de alargarem seus horizontes, seus espaços cometendo toda sorte de patifaria e atacando setores da sociedade civil, ferindo a liberdade individual. Silas Malafaia, outro bandido travestido de pastor, vende livros onde ataca os homossexuais, pregando até a exterminação destes, nos moldes da Inquisição medieval.
Silas Malafaia, Edir Macedo, Waldemiro, RR Soares, David Miranda e seus asseclas, fazem parte de um seleto grupo, uma verdadeira gang que vivem enganando, ludibriando a fé dos incautos, desses pobres ignorantes, pregando o fim do mundo, a salvação das almas e vendendo vagas no céu. Não passam de verdadeiros facínoras que vivem envolvidos em todo tipo de escândalos e patifarias. Entram no mundo podre e obscuro da política existindo até no Congresso, uma bancada evangélica que volta e meia tenta ferir as liberdades sociais e religiosas pregando iniciativas institucionais com um fundo de uma verdadeira “jihad”, uma guerra santa no Brasil, de larga tradição de tolerância religiosa. Essa agressiva iniciativa de Edir Macedo traz a luz o submundo podre em que esses bandidos disputam cada pobre alma, com a finalidade de arrancarem destes, os recursos para ampliarem seus patrimônios. Infelizmente, acobertados por uma legislação como todas as outras ineficaz, leniente, esses pseudos-pastores, verdadeiros lobos devoradores travestidos de cordeiros, mentem, corrompem, enganam, vendem ilusões  para milhares e milhares de cidadãos desprotegidos, indefesos, enganados. Usam a mídia, TV, rádio, jornais e a internet para atingirem seus profanos objetivos.

É preciso reconhecer que temos no Brasil igrejas sérias, honradas, é preciso nominá-las pelo respeito que merecem. A Igreja Batista, Metodista, Testemunhas de Jeová, Adventistas do 7. Dia, Assembléia de Deus,  Os Mórmons, os católicos como um todo, são organizações religiosas sérias, não se envolvem nessa patifaria da maioria dessas tais seitas modernas que surgiram no Brasil nos últimos anos. E em cada esquina, num pequeno salão, surgem com instintos criminosos e nomes estranhos e pomposos. Seus líderes, esquecendo o mais simples espírito da humildade pregada pelo Cristo, se auto-proclamam com títulos enriquecidos e fortes, como bispos, apóstolos, bispas, pastoras,etc. Não passam de verdadeiros quadrilheiros com o fito de assaltarem os ignorantes e pobres de espírito que de forma imbecil acreditam nesses falsos profetas, em falsos milagres. Milagres estes que de fato acontecem provocando a multiplicação do patrimônio desses bandidos, facínoras desprovidos de caráter e honra cuja vida é dedicada única e exclusivamente a  roubar a fé dos inocentes, dos incautos. Há que se ressaltar a importância da Rede Globo, emissora por muitos criticada, atacada mas que em honra, em respeito aos seus milhões de telespectadores não se vende, não oferece nenhum segundo de sua programação a serviço desses quadrilheiros, enganadores e vendilhões do templo. Agem na mais estrita forma da simonia medieval, agem de forma condenável e reprovável. São semelhantes entre si, são iguais no nível mais baixo da podridão e da sujeira moral que representam. 

sábado, 17 de março de 2012

O PT piorou...

Transcrevo este excelente texto de Reinaldo Azevedo:


O PT piorou o que já era ruim. Ou: Um país com este modelo está pedindo para ser assaltado. E é!

Comecemos do começo: quem ganha a eleição quer governar. É a regra do jogo! No mundo inteiro, presidentes e primeiros-ministros nomeiam pessoas de sua base política para cargos de confiança. Então o que há de errado com o Brasil? Um monte de coisa. Em primeiro lugar, o número de cargos que são da livre escolha de quem governa: mais de 24 mil só no governo federal — fora as autarquias, estatais, fundos de pensão de empresas públicas etc. Vamos comparar? Nos EUA, há 9 mil — já é um escândalo! No Reino Unido, são 300; na Alemanha, 170. É evidente que esses países têm, portanto, uma primeira barreira — estabelecida pela própria legislação — que dificulta o assalto aos cofres públicos, além, claro!, da rigidez da lei com quem é pego com a boca na botija.
Os petistas, é verdade, herdaram essa legislação de governos passados. Tentaram corrigi-la? Ao contrário: aumentaram o número de cargos de confiança! E ainda lamentaram as privatizações feitas pelo governo FHC. Afinal, imaginem quantos companheiros deixaram de ser empregados nas telefônicas, na Vale, na Embraer, nas empresas elétricas etc.
Assim, até que não se reduza drasticamente esse número de cargos de confiança, dificilmente a administração será realmente profissionalizada, e a política, moralizada. Legendas se grudam a este ou àquele candidato não para ver implementadas as suas teses, a sua visão de mundo, as suas propostas. Querem cargos. O senador Blairo Maggi (PR-MT) foi de uma sinceridade quase angelical e pôs a nu o sistema. Em outras palavras, disse o seguinte: “Temos sete senadores e nenhum ministério; se o governo quer os nossos votos, tem de nos dar a compensação; é assim que o modelo funciona”. E ele estava mentindo?
Já perguntei em outro texto e indago de novo: por que um partido faz tanta questão de ter a diretoria financeira de uma estatal? É evidente que esses milhares de agentes partidários que tomam a administração vão se encarregar, no poder — e lidando com dinheiro público — do fortalecimento dos esquemas que representam. O povo que se dane!. Ministérios, estatais, autarquias etc.  servem aos partidos como fonte de caixa — além, como se sabe, de atrair notórios ladrões.
Partidos

Essa ocupação do estado por partidos induz, é evidente, a formação de… partidos! Grupos se organizam, então, para criar legendas porque sabem que isso lhes dará poder de negociação. Existem 29 partidos legalizados no país. Há ainda alguns com registro apenas em TREs. Há nada menos de 32 outros em formação. Sei que vem chiadeira, mas é fato: esse número é evidência de atraso político e sinal de que alguma coisa errada está em curso. As grandes democracias do mundo ou são, na prática, bipartidárias ou contam, no máximo, com uma terceira força. Sim, queridos, se vocês forem pesquisar, encontrarão uma lista imensa de legendas de papel nos EUA — passam de 70! Veem-se bizarrices como o Partido Multiculturalista de Illinois e o Partido da Escolha Pessoal. Mas só dois têm condições de chegar ao poder; na Alemanha, três. Nas democracias organizadas, inexistem essas legendas com força para chantagear o governo em razão do tal “presidencialismo de coalizão”. É bem verdade que Republicanos e Democratas têm, cada um segundo seus marcos, as suas respectivas alas direita e esquerda e o centro. Mas os ministérios — ou secretarias — não são loteados segundo essa lógica.
Então cabe uma pergunta: por que o Brasil conta com tantos partidos — uns 10 — com poder de fogo real para criar dificuldades para Executivo e lhe vender facilidades? Por causa, se quiserem saber, do paternalismo da legislação. Poucos se lembram, mas é fato: uma vez legalizado, o partido já passa a ter acesso a um fundo, que é dinheiro público. Vira cartório! Ganha o direito também ao horário político gratuito, e lá vemos a TV ser invadida por aqueles senhores de cabelo acaju e bigodes mais negros do que as asas da graúna a dizer sandices.
E há o mais perverso dos fatores de desestruturação da vida político-partidária: o horário eleitoral gratuito. Trata-se de uma excrescência autoritária e cara. Nada tem de gratuito porque as emissoras são compensadas. Sob o pretexto de dar uso público a uma concessão também pública (os rádios e as TVs), cria-se o riquíssimo mercado da venda do horário de TV. O PMDB não custa tão caro a cada eleição porque os candidatos estão interessados em seu, sei lá como chamar, aporte ético! Sim, o partido está organizado no país inteiro, tem uma enorme rede de influência e tal, mas o que se busca mesmo são os seus preciosos minutos.
Outro viés da crise

Isso tudo torna o ambiente político quase irrespirável. Esses elementos estão na raiz da crise vivida pela presidente Dilma. Neste ponto, alguém poderia perguntar: “Mas não é assim com todo mundo? Por que essa barafunda agora? Já não era assim nos governos Lula e FHC?” Vamos ver.
É claro que FHC distribuiu cargos também — no seu último ano de governo, eram 18.374; a companheirada achou pouco! O PT é tão autoritário, tem tal viés totalitário, que desestabiliza mesmo o sistema de loteamento. Os peemedebistas, do ponto de vista da lógica desse sistema perverso, têm razão de reclamar: os seus “parceiros” estão sempre nos seus calcanhares. Um peemedebista até pode estar no comando de uma pasta, mas o segundo escalão é quase sempre ocupado pela turma da estrela. E há, escrevi ontem a respeito, a incompetência pura e simples. Com Lula, a chance de crispação era menor porque ele tinha o que Dilma não tem: domínio da máquina partidária. Bastava um peemedebista reclamar de alguma inconveniência dos petistas, e o chefão dava um jeito. Dilma manda no PT menos do que eu…
Encerrando

Por isso, é uma bobagem essa história de que a base aliada está rebelada porque Dilma está tentando moralizar o poder. Aliás, em algum lugar, li que Fernando Haddad teria se saído com essa. A ser assim, está dizendo o quê? Lula optava pela imoralidade? O caso é bem outro. O petismo piorou o que já era perverso: um país que tem esse número de cargos de confiança — imaginem se contarmos todos os governos estaduais, todas as prefeituras, estatais e autarquias não-federais… — está pedindo para ser assaltado e estimulando a pistolagem partidária. Na gestão desse modelo, Dilma está perdida porque não conseguiu controlar os “companheiros”, que não aceitam dividir o butim, conforme o  combinado.
Por Reinaldo Azevedo 

16/03/2012
 às 7:20 

sábado, 10 de março de 2012

CONSOLARO NA CÂMARA:

QUEM É O PALHAÇO...?


A última sessão da Câmara Municipal de Araçatuba, antes preparada para argüir o secretário de Cultura do município, Prof. Hélio Consolaro, foi marcada por seguidas suspensões, gritos, ofensas, agressões, desrespeito e um autêntico espetáculo circense, com o perdão dos valorosos profissionais do riso, os palhaços, tiveram que dar lugar à cenas mambembes, descontroladas e até de truculências verbais proferidas por um homem que deveria dar exemplo, já que quando era um simples mortal, vivendo na planície e escrevendo admirada coluna na imprensa local, recebia de todos o respeito e era um ícone da defesa dos postulados democráticos e da ética. Guindado ao cargo de secretário municipal na administração Cido Sério (PT), Hélio Consolaro tem dado mostras de um desequilíbrio emocional, um contrasenso daquilo que antes escrevia e defendia. São inúmeras suas frases de efeito que provocavam na opinião pública o riso, a graça e acima de tudo a forma irônica, ferina, mas que atingia em cheio seus objetivos. Ninguem pode esquecer por exemplo quando ele debochava de uma certa família de políticos de Araçatuba cujos membros estavam filiados em partidos diferentes. A aguda e letal posição de Consolaro era implacável quando os apelidou de “família centopéia”.  Mas este Consolaro ficou lá atrás. Hoje é um homem amargo, agressivo e que já provocou a ira de muitas pessoas por suas opiniões e posições. Se o prefeito Cido Sério tivesse pulso, firmeza e coragem política já O teria demitido há muito tempo. Logo no inicio do governo ele criou uma “saia justa” para o prefeito expondo o chefe maior da administração a um constrangimento inadmissível no episódio sobre o baixo orçamento para 2010. Cido Sério, no melhor estilo lulista, passou a mão em sua cabeça e tudo continuou.
Nesta sessão da Câmara, Hélio Consolaro deveria explicar sobre um obscuro contrato que Araçatuba deverá firmar com outras cidades, sobre um consórcio cultural. Ao iniciar a fase em que os vereadores fariam perguntas para tirarem suas dúvidas, Hélio Consolaro  — é bom lembrar que nos últimos 10 anos se referia à Câmara como o “Palácio do Riso”. Como que tomado por este espírito, agrediu verbalmente a vereadora Edna Flor e Vereadora Tieza. É bom lembrar também que logo no início desta legislatura, Consolaro presente no meio do público, se manifestou de forma desrespeitosa visto que é proibido aos presentes no auditório da casa legislativa falarem, vaiarem ou mesmo aplaudirem as eventuais atitudes dos vereadores. Consolaro esqueceu-se de que ele é um cidadão  como tal deve cumprir as leis. Mas abusando de suas prerrogativas ofendeu os edis    gerando um tumulto dispensável. Nunca é demais lembrar que Consolaro já foi vereador e o hoje prefeito Cido Sério, seu assessor. Fosse apenas esta atitude negativa, rasteira e inoportuna já bastaria para marcar a noite como “negra” . Eis que outra figura deplorável , abusada emerge do público para assacar, ofender os vereadores e ferir a lei, justamente quem mais deveria respeitá-la e fazer-se respeitar. O secretário dos Negócios Jurídicos, Evandro Silva, dando um péssimo, um inequívoco  exemplo da mais pura baixaria, digna de uma autêntica “casa de tolerância”,ou daqueles botecos de quinta categoria,  descontrolado e ferindo o decoro público, já que é um agente público e como tal deve comportar-se, teve que ser contido, agarrado e expulso do plenário. Uma  cena deplorável, indigna para quem exerce um elevado cargo público, um agente político que deveria agir de forma honrada, respeitosa a cena mais  lembrava aquelas brigas de moleques irresponsáveis e inconsequentes  na saída das escolas. A sessão foi mais uma vez suspensa.  Como sempre, o prefeito calou-se, não emitiu nenhuma opinião, não tomou nenhuma atitude como a sociedade esperava e que publicamente condenou ambos os gestores da “res pública”, Consolaro e Evandro.

Durante toda a semana, a mídia exteriorizou opiniões extremamente negativas de condenação ao péssimo gesto destes dois assessores diretos do prefeito. As redes sociais também foram palco de pesadas críticas do povo contra esses maus exemplos. Evandro Silva vem colecionando derrotas após derrotas diante da Secretaria dos Negócios Jurídicos, talvez seja esse um dos motivos que levaram ao seu destempero verbal, seu descontrole emocional. Sucessivas decepções nas ações e processos oriundos de sua pasta, tem deixado o prefeito em maus lençóis e a responsabilidade desses seguidos fracassos atribui-se diretamente ao titular dos Negócios Jurídicos, que tem engolido seguidamente, decisões desfavoráveis da justiça. O prefeito deveria vir a público e expressar alguma opinião, alguma decisão. Por outro lado, esses dois assessores merecem um bom puxão de orelhas ao desrespeitar o legislativo que abriga,  bem ou mal, os lídimos representantes escolhidos pelo povo. Consolaro vem agindo de forma imperial, despótica na condução dos assuntos culturais da cidade, de forma antiética e autoritária, arvorou-se em presidente do Conselho Municipal de Cultura, ou seja, ele fiscaliza a si próprio. Para fechar de forma mais que negra, aquela noite, Hélio Consolaro, que antes, lá pelos anos 80/90 pertencia àquele PT puro, imaculado, cheio de gente com virtudes peregrinas, que pelas esquinas desse Brasil vendiam camiseta, botons com a cara do Chê Guevara, e Lula, um bando de jovens sonhadores,  idealistas tentando derrubar o regime militar, aqueles hippies, um bando de desocupados, loucos, cheios de tatuagens, piercings, sonhadores com um futuro democrático. Não satisfeito em agredir os ilustres vereadores, Consolaro cuspindo no  prato  que  comeu, nos “companheiros” de ontem, afirmou que “a cultura hoje é profissionalizada (sic)...não como  antes, por um voluntarismo...por um bando de doidos e desocupados...”. E o pior, é que daqueles “doidos e desocupados” que faziam a cultura da cidade, que lutavam sem apoio, sem recursos, com um bravo heroísmo, muitos destes ainda estão atuando lá mesmo, na Secretaria de Cultura. Juntando o vereador  Joaquim da Santa Casa, Consolaro e Evandro Silva, Cido Sério nem precisa de oposição! Esse pessoal tem uma sutileza semelhante a de um elefante solto numa  loja de louças!  

domingo, 4 de março de 2012

Ano Eleitoral:

Prefeito Cido Sério põe o “bloco” na rua!
Foto: FOLHA DA REGIÃO



O prefeito Cido Sério (PT), esta semana inovou, tomou coragem de enfrentar o sol forte, a poeira e botou o “bloco” na rua. Segundo a imprensa, o prefeito decidiu sair às ruas para acompanhar “in loco”,  as inúmeras obras que sua administração vem realizando em todos os cantos da cidade.  Acompanhado de secretários municipais, assessores próximos, dirigentes de setores, vereadores, líderes de bairro, debaixo de intenso foguetório, o alcaide que vem sofrendo intenso  bombardeio da oposição, da imprensa em geral, resolveu mesmo deixar o conforto de seu gabinete e por o pé na lama, na  poeira. É bem verdade, há que se reconhecer que o prefeito Cido Sério vem desenvolvendo obras em vários cantos da cidade. O novo secretário de Comunicações, Waldevino Bittencourt chegou a expor que “para acompanhar tantas obras nos quatro cantos da cidade ―  Zona Norte, Sul, Leste e Oeste,  os assessores precisarão de muito fôlego...” Há um certo exagero nisso ou os secretários estão acostumados em seus gabinetes refrigerados a ar à saírem debaixo desse intenso calor desta época, é mesmo um enorme desafio, digno de um Hércules !
Por que só agora, depois de mais de 3 anos enfiado em seu gabinete o prefeito decidiu sair à público e acompanhar as obras de responsabilidade de sua administração ? A resposta é muita clara e oportuna! Entramos numa fase difícil do principiar do período eleitoral em que o prefeito é eventual candidato à reeleição e começou seu último ano de mandato, pressionado por multas golpeadas da caneta do juiz eleitoral que viu nas ações perpetradas não só pelo próprio prefeito como também por assessores, secretários e vereadores, especificamente no caso do “panetonegate” forte violação da legislação eleitoral.  Aliás, os advogados de Cido Sério entraram na justiça Eleitoral com suas explicações onde alegam que o prefeito segundo sua ótica não cometeu nenhum crime eleitoral, ao distribuir as folhinhas com o seu retrato e do vereador Cláudio  Henrique (PMN), além  disso, considera-se injustiçado e que a justiça viu apenas aquilo que o jornal estampou ! O prefeito se isenta de qualquer culpa e não crê em  propaganda antecipada, segundo ele, dado o tempo ainda distante para o pleito eleitoral.  O que o prefeito esqueceu é que a tal folhinha onde aparece o seu retrato ao lado do vereador, ficará perene, criando poeira na parede durante um ano inteiro, sendo um forte componente a lembrar o incauto eleitor que no Natal de 2011, recebeu como presente, o panetone e a folhinha ! Resta saber se os argumentos do recurso interposto pelo prefeito serão suficientes para mitigar a multa de R$ 25 mil.
O fato do prefeito também deixar o gabinete rumo às ruas é que começou o ano perdendo apoio em sua base de sustentação. Já havia perdido o apoio do PDT, comandado pelo radialista Luís Araújo, descontente com o rumos tomados pelo prefeito.  Depois seguiram-se uma verdadeira “diáspora” do PP, que passou para o controle de pessoas ligadas ao PSDB do Dilador Borges. As baixas continuaram agora com o PSB do Chinelo e do PV que ficou órfão da candidata Marilene Magri. A  situação do PSB se consolida para aproximar-se do PSDB inclusive neste domingo, lideranças do PSB em nível da Capital e do Estado iriam declarar apoio ao candidato José Serra rumo à prefeitura de S.Paulo.  Isso deixa o PSB em Araçatuba praticamente comprometido com Dilador.  Situação complicada fica o vereador Papinha (PSB), que apoia  o prefeito Cido Sério e terá que pedir votos para Dilador Borges, sob pena inclusive de perder  espaço na TV e até nem ter sua candidatura à reeleição sacramentada pelo presidente do partido, o Chinelo que já anda de “namoro” com Dilador Borges. Tangido por perda de forças aliadas justamente para  o eventual candidato tucano, Cido Sério, já havia declarado que precisava “se comunicar” melhor, e já até “cortou a cabeça” de Marcelo Teixeira, que à frente da Secretaria de Comunicações, mais problemas criou que soluções.  
Preocupado em mostrar serviço para a cidade, para os eleitores, no melhor estilo “Venturolli”, com muito barulho e os petistas de plantão, o prefeito de Araçatuba tenta recuperar terreno. Certamente Cido Sério acompanha as informações negativas e o desgaste que ele sofre por conta de intensa buraqueira pelas ruas da cidade. Inundações na Zona Sul forçaram o prefeito a sair. Recentemente algo inédito ocorreu quando moradores de um bairro isolado, abandonado ao lado da Rodovia Elyeser Montenegro Magalhães, fecharam a pista e puseram fogo em pneus para chamarem a atenção. Isso naturalmente preocupa o chefe do Executivo. As sucessivas derrotas na Justiça, a tentativa fracassada de abrir licitação para a concessão do DAEA, certamente contribui em muito para tirar o sono do prefeito.  O elevado grau de rejeição junto a opinião pública aumenta a preocupação do prefeito que precisará ampliar a capacidade de asfaltar e recapear mais ruas dos bairros da cidade. Em que pese a municipalidade estar procedendo uma recuperação da malha viária, isso parece não ser suficiente para acalmar os ânimos do eleitor, sem contar que outros problemas da administração continuam emperrando e criando muitos problemas para o prefeito Cido Sério.