O que era previsível, esperado, não demorou muito acontecer. O governo petista fazer água aos seis meses com seguidos escândalos de corrupção, desvios de recursos públicos, e a queda de quatro ministros indicados pelos partidos aliados como PT, PMDB, PR. Fazendo com que a presidente usasse de mão de ferro para expurgar do seio da administração, os ladrões, os corruptos contumazes, os oportunistas e carreiristas de plantão. Dilma Rousseff não está passando a mão na cabeça de ninguém, diferentemente de seu padrinho e antecessor que ignorava as denúncias feitas, defendia os bandidos e protegia as mazelas praticadas por aqueles que deveriam dar exemplo de lisura e respeito à coisa pública. Lula durante os oito anos que esteve a frente do governo, foi tolerante, condescendente com aqueles que eram acusados de práticas ilícitas. Lula nunca sabia de nada e fechava os olhos diante das denúncias de desvio de conduta e foi em seu governo que ocorreram os maiores escândalos públicos como o episódio do ”mensalão” e outros similares.
O PMDB e o PT formam a base principal de sustentação e apoio ao governo no Congresso Nacional. O PT nem é preciso afirmar, perdeu ao longo dos últimos oito anos do governo Lula, aquela imagem de partido ético, puro que lutava na defesa de principio morais e éticos. Chegando a expulsar de seus quadros, figuras como Heloisa Helena e outros que igualmente se afastaram do partido como Marina Silva que discordavam das alianças firmadas por Lula ao juntar-se com o que de pior existia na política nacional. O PT maculou-se ao aceitar o apoio de partidos contaminados por verdadeiros criminosos e seus asseclas. Lula deixou-se envolver por pessoas de índole má, pessoas que antes o próprio Lula condenava em seus discursos e pregações. O PT envolveu-se em inúmeros escândalos através de seus líderes mais expoentes como José Dirceu, Antonio Palocci, todos próximos de Lula. Até mesmo a morte até hoje não claramente explicada de dois prefeitos petistas, de Campinas e Santo André, trouxeram nódoas irremovíveis à história do PT.
O PMDB nem de longe lembra aquele MDB criado por Ullisses Guimarães e seus companheiros que ouvindo a voz rouca das ruas lutava contra o regime militar, contra as limitações das liberdades fundamentais. Certamente se vivo fosse, o Doutor Ullisses, da mesma forma imoral, seria expulso do partido tal qual Heloisa Helena fora defenestrada do PT por ser ética e defender a moralidade pública. O PMDB de hoje foi tomado de assalto por figuras do submundo político do país, por gente da pior espécie que representam oligarquias e grupos regionais com a finalidade de se apropriar da coisa pública em benefício pessoal. Segundo afirmou no ano passado o ex-ministro e ex-governador cearense, Ciro Gomes: “O PMDB é um ajuntamento de bandidos cujo chefe é Michel Temer..”. Razão seja dada à Ciro Gomes, pois um partido que tem entre seus principais líderes, José Sarney,esse “honorável bandido”, Jáder Barbalho, Renan Calheiros e outros da mesma espécie, não merecem o respeito público. Hoje o PMDB representa aquilo que de pior existe em termos de oportunismo, carreirismo, conveniência, clientelismo e outras práticas nada republicanas. Dilma hoje é refém deste partido.
A presidente está agindo de forma dura contra aqueles que tentam roubar e admitem o assalto aos cofres públicos. Em pouco mais de seis meses, quatro ministros foram alijados, postos prá fora do governo diante de denúncias de corrupção, desmandos, gastos exagerados e violações aos valores estipulados em licitações públicas. Antonio Palocci, do PT foi o primeiro a cair diante das denúncias de enriquecimento ilícito. Não conseguiu explicar como amealhou 20 milhões de Reais da noite pro dia. Depois foi a vez do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, do PR que montou uma verdadeira quadrilha para assaltar os cofres públicos. Em seguida caiu o ministro da Defesa, Nelson Jobim, mas por apenas ter criticado publicamente colegas de ministério. Semanas depois foi a vez do ministro da Agricultura, Wagner Rossi, seguidor do quercismo paulista, também envolvido em corrupção. No Ministério do Turismo, apesar de ainda não ter caído o titular, que é indicação de Sarney, descobriu-se uma enorme quadrilha de altos funcionários acusados em desvio de milhões de Reais culminando com a prisão, pela Policia Federal, de mais de 30 pessoas. Em todos estes eventos, a presidente foi dura e intolerante com os crimes e não poupou ninguém. Agora, está recebendo inesperado apoio até mesmo da oposição em sua cruzada contra a bandalheira e a corrupção. Até mesmo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, de forma surpreendente manifestou-se favoravelmente às atitudes da presidente Dilma Rousseff. Um grupo de senadores de forma supra partidária está se movimentando no sentido de dar sustentação aos atos do governo contra a corrupção. Os deputados e senadores comprometidos com o empreguismo no governo, claro, estão contra a presidente e agem no parlamento de forma a obstruir votações motivados pelos últimos atos da presidente que está ferindo interesses escusos de alguns desses parlamentares.
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