Dilaflor: O começo do fim!
Milhares de adesivos repudiam Dilador e Edna pelas ruas de Araçatuba.
O prefeito de Araçatuba Dilador Borges (PSDB) e sua
vice Edna Flor (Cidadania), bem que se esforçam para mostrar que “reina a paz
no reino tucano”, mas a realidade aponta noutra direção. Para onde você anda na
cidade, a desconfiança e a credibilidade do prefeito marcam as conversas nas
esquinas, nos botecos, nos shoppings. Pouca gente se atreve a defender o
alcaide. Poucas pessoas acreditam que Dilador não sabia que essa quadrilha
instalada debaixo de seus olhos, agia de forma criminosa. O ar de desaprovação
aos dois, Edna e Dilador é enorme! A vice-prefeita sempre teve aquela auréola
sobre a cabeça, tida como uma “quase santa”, uma alma de pureza, no entanto, a
conduta não só do prefeito como sua vice, indicam que ambos tinham conhecimento
do que se passava no coração da administração municipal. Bem antes da campanha
eleitoral, Dilador já sabia como agiam essa “turma” envolvida com o ex-prefeito
petista Cido Sério. Vendo que Sério e o PT naufragavam, essa gente tratava de
se aproximar de Dilador, então franco favorito a se eleger, como de fato
aconteceu. Após tomar posse, cumprindo os compromissos de campanha, o prefeito
nomeou um caminhão de indicados por vereadores, líderes partidários que o
apoiaram e pelo Chinelo.
José Avelino Pereira, conhecido como Chinelo, é um
homem esperto. Do nada ficou rico. De simples metalúrgico como Lula, virou
relevante liderança sindical e política. Fundou sindicatos e partido político,
o PSB e influenciava na região. Seu patrimônio econômico evoluiu
substancialmente tendo adquirido fazendas e criando bois valiosíssimos. Gostava
de ostentar riqueza, andava com o pescoço cheio de correntões de ouro e
pulseira. Não escondia seu elevado padrão de vida e mesmo assim, o prefeito
Dilador deu corda e espaço ao mesmo dentro da administração de Araçatuba. Ele
montou uma rede, indicando pessoas de sua confiança em cargos relevantes e
estratégicos para que seus projetos e contratos “andassem” de mesa em mesa sem
ter problemas e serem aprovados. Segundo a PF foram desviados mais de R$ 15
milhões em contratos superfaturados. Chinelo dava festas elegantes nas quais o
prefeito comparecia. Sua influência era tamanha, uma rede de tentáculos em
diversos setores e secretarias, até mesmo em cargos do governo do estado, como
ficou evidente a nomeação da diretora da DRS-II, mantida por Dória à pedido de
Dilador.
Agora, com o escândalo batendo às portas do
gabinete do prefeito, Dilador se apressa em afirmar que “sua relação com Chinelo era só política”. Diz não conhecer nem
nunca ter visto. A vice-prefeita Edna Flor foi pega numa gravação telefônica
pedindo apoio de Chinelo à sua candidatura. Isso significa que ambos, Dilador e
Edna consideravam Chinelo importante, influente. Mas, claro, agora vão negar e
dizer que nunca nem o viram! O prefeito, no afã de livrar-se da péssima imagem,
tenta mostrar “notícias boas e positivas” para desviar o foco do desagradável e
nauseabundo tema – Chinelo. Dilador corre para mostrar que tudo está normal e
às mil maravilhas. Acha que ao demitir os assessores de sua confiança apanhados
pela PF, se livrou do problema. Mas a realidade não é bem assim. Ele anunciou
que vai nomear em substituição à Cristina Domingues, um servidor de carreira,
na Secretaria da Ação Social, casado com uma pessoa do IVVH, ligada ao Chinelo.
Pode?! Dilador insiste em errar e quer abafar seus erros, tentando ludibriar
como fez na campanha eleitoral, com promessas vãs, mentiras e falsas
expectativas.
Até a primeira semana de Agosto, nos bastidores da
política de Araçatuba, a reeleição de Dilaflor,
era tida como “favas contadas”. Não há oposição organizada e partidos com
candidatos. Único nome comentado é do vereador Cido Saraiva (MDB), mas poucos
creem em sua candidatura. Apesar de ter enorme popularidade e ter sido o
vereador mais votado, Saraiva enfrenta sérios problemas e dificuldades em suas
atividades comerciais. Assim, Dilador era favorito. Mas, com o estouro da
Operação #Tudonosso, o mundo desabou e a credibilidade não só dele como de sua
vice, caíram no esgoto. Até setores do próprio PSDB olham com desconfiança o prefeito
e enxergam como inviável sua reeleição. O único partido capaz de lançar um nome
novo, alheio à essa sujeirada toda,
seria o PSL, que está sob intervenção. Aguarda-se para os próximos dias ou
semanas, que o deputado Eduardo Bolsonaro decida sobre o destino do PSL local e
nomeie um novo diretório que fatalmente indicará um nome com o apoio do
presidente Bolsonaro, com chances de derrubar Dilador e Edna Flor, que hoje se
arrastam, se esgueiram pelo chão, onde a credibilidade do governo se nivelou.
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