Araçatuba: MP vai investigar salários dos marajás da Câmara Municipal!
Atendendo nossa Representação, o MP – Ministério Público
de S. Paulo, através do Promotor de Justiça Luiz Antonio de Andrade, foi
instaurado um inquérito civil público para investigar os elevados salários
pagos aos assessores dos vereadores da Câmara Municipal de Araçatuba. A
presidente da edilidade, Tieza (PSDB) tem até a próxima semana para prestar ao
MP os esclarecimentos pertinentes sobre as enormes diferenças pagas entre
assessores ocupando as mesmas funções e desvios de funções. A vereadora Tieza
deverá apresentar ao promotor, respostas que os vereadores sabem de cor e
salteado - que tudo está sendo feito
dentro da lei, que os assessores têm direitos à gratificações por dedicação
plena, incorporações, quinquênios, etc. etc. A edilidade se baseia em leis
municipais aprovadas pelos próprios legisladores, ou seja, aprovaram leis em
seu benefício próprio. E o vereador vem com o cinismo, a cara-de-pau afirmar
que tudo está sendo feito de forma legal. No entanto, resta saber se essas leis
municipais aprovadas no passado são constitucionais. A verdade é uma só ─ são
imorais, perdulárias e ofendem o interesse público posto que é o povo que paga
esses enormes salários desses verdadeiros marajás agasalhados na câmara
municipal.
Araçatuba está numa paradeira sem fim. O desemprego
campeia. Empresas, lojas fechando todos os dias. Filas e filas de
desempregados. A cidade está naquela, quem sair por último apague a luz! É
incompatível, inaceitável que uns poucos privilegiados, sem concurso público,
alguns quase analfabetos, incapazes, incompetentes possam gozar de um enorme
benefício, onde alguns sequer cumprem horário de trabalho. É comum o cidadão ir
à câmara e gabinetes de vereadores fechados. É a falência moral. Agora, o “Parquet”, vai se debruçar sobre as
informações que deverão serem prestadas pela presidente Tieza e ao fim avaliar
se cabe dar seguimento ao procedimento instaurado que pode evoluir para uma Ação
Civil Pública ou simplesmente ser arquivado. A dúvida que paira na cidade e que
exala um grande mal cheiro, é se de fato o assessor fica em sua posse desse
elevado valor que chega hoje até R$ 20 mil, ou “devolve” por baixo dos panos ao
titular do gabinete o vereador. É bom lembrar que dias atrás, um tal vereador
chamado Mário Gay teve seu mandato cassado em Andradina, não só por assediar
sexualmente o assessor como exigir deste, parte do salário a que tinha direito.
Este fato é corriqueiro Brasil afora. No ano
passado, 14 dos 21 vereadores da câmara de Osasco foram presos por ação do
GAECO que investigou esta prática criminosa, vereadores nomearem “laranjas”
para receberem o salário, ficarem com uma parte menor e devolverem ao vereador
a maior parcela. No mês passado, um vereador em Belo Horizonte foi preso por
reter 90% do salário do assessor. Quem garante que isto não ocorre em
Araçatuba? Quem acredita que os tais assessores que recebem entre R$ 10 até 20
mil ficam de fato com o valor integral? Qual empresa privada paga valores nesse
patamar em Araçatuba? O certo é que pelos lados do tal “Palácio 9 de julho”,
fede enxofre, fede algo de podre e o MP precisa investigar. Ao termo,
encaminhar à Justiça. Os vereadores, é bem verdade, não recebem aumento em seus
subsídios há muitos anos. Isso vem reforçar a desconfiança da população, afinal
de contas, é melhor e mais tranquilo reajustar os salários dos assessores pois
a opinião pública quase não acompanha, do que reajustar o subsídios dos
vereadores, pois a gritaria é geral, havendo protestos e manifestações que as “nobres
excelências” querem evitar.
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