sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Riqueza x Pobreza:

A sexta economia do mundo ? E daí ? 

                   Apesar do Brasil tornar-se a sexta. economia do mundo, a distribuição
                                dessa riqueza ainda é injusta e cruel. 

O Brasil superou o Reino Unido e ocupa agora o posto de sexta maior economia do mundo, reportou o jornal britânico The Guardian, citando uma equipe de economistas. A crise bancária de 2008 e a subsequente recessão deixou o Reino Unido no sétimo lugar em 2011, atrás da maior economia da América do Sul, que cresceu rapidamente no rastro das exportações para a China e Extremo Oriente.
"O Brasil tem batido os países europeus no futebol por um longo tempo, mas batê-los em economia é um fenômeno novo. Nossa tabela de classificação econômica mundial mostra como o mapa econômico está mudando, com os países asiáticos e as economias produtoras de commodities subindo para a liga, enquanto nós, na Europa, recuamos", afirmou o chefe-executivo do Centro de Pesquisa para Economia e Negócios (CEBR, em inglês) do Reino Unido, Douglas McWilliams, segundo o jornal.
O CEBR prevê que a Rússia e a Índia deverão se beneficiar de um aumento do crescimento durante os próximos 10 anos, levando a economia do Reino Unido a cair para a oitava posição. O órgão também estima que a economia francesa recuará num ritmo ainda mais rápido que a do Reino Unido, ficando com o nono lugar entre as maiores economias do mundo. Segundo o órgão, a Alemanha também declinará para a sétima colocação em 2020.
A União Europeia continuará a ser o maior bloco comercial coletivo do mundo, embora uma recessão deva atingir o crescimento mundial no próximo ano, prevê o CEBR. Segundo o The Guardian, previsões recentes do centro apontam que o crescimento mundial recuará para 2,5% em 2012, uma revisão em baixa da previsão feita em setembro. O centro alertou, no entanto, que em um cenário envolvendo "a saída de um ou mais países da zona do euro, defaults soberanos e falência e resgate de bancos poderá provocar uma desaceleração ainda maior do crescimento da economia mundial em 2012, para 1,1%.

Já as economias emergentes, que viram seus mercados acionários despencarem nos últimos meses, à medida que os investidores avaliavam as consequências da crise do euro, vão recuperar a sua dinâmica, projeta o CEBR. Segundo o centro, a economia brasileira deverá crescer 2,5% em 2012, após avançar 2,8% neste ano. A China terá expansão de 7,6%, a Índia, de 6%, e a Rússia, de 2,8%.
Certamente qualquer brasileiro seja favorável ou não a este governo, seja corintiano, palmeirense, sanpaulino,  flamenguista. Seja verde-rosa, azul-e-branco, enfim, a totalidade do povo brasileiro deseja e sonha com este país crescendo, se desenvolvendo e elevando-se entre as nações do mundo. Mas uma análise mais profunda veremos que apesar desses números, ficamos abaixo dos ingleses no quesito “qualidade de vida” e “índices humanos”. Ou seja, de que adianta o país crescer, se tornar a 6ª. Economia mundial enquanto 16 milhões da população passam fome?!
16 milhões de brasileiros, mais que toda a população de Portugal vive abaixo da linha da pobreza. Trabalhamos para erguer a grandeza deste país e recebemos em troca um dos piores salários do mundo! Menos que o Paraguai. A distribuição da riqueza no Brasil é perversa, dispare e muito desigual. Muitos ganham pouco e poucos ganham muito. Este é o grande desafio do governo  ― melhorar a distribuição da renda nacional. Hoje o trabalhador brasileiro, para serem atendidas de fato as regras estabelecidas na Constituição Federal de que o salário mínimo tenha que cobrir as despesas de uma família, em matéria de ter habitação, digna, escola, alimentação, saúde, seriam necessários cerca de R$ 2.300,00 por ai. Milhões de brasileiros ainda vivem em favelas, palafitas, barracos em locais perigosos.
Ser a 6ª. Economia do mundo, é algo surreal para a maioria dos brasileiros que apesar destes números cheios de zeros, ainda vivem na miséria absoluta. É preciso atentar para o fato de que os benefícios desta riqueza, do PIB ainda são meros sonhos do povo, quase que inatingíveis para uma grande maioria de parte da população. O povo de uma maneira geral está pagando muito caro, muito alto. Apesar de tudo isso, carregamos nas costas o peso que nem Atlas suportaria,  a maior carga tributária do mundo ! O painel do Impostômetro, da Associação Comercial de S.Paulo acaba de bater na casa dos R$ 1.500.000.000,000,00 (acho que é assim), - UM TRILHÃO E QUINHENTOS BILHÕES DE REAIS em impostos arrancados de nosso suor muitas vezes acompanhados de sangue e lágrimas! É um peso insuportável, inimaginável que temos que carregar. Na verdade se tornar um país entre as maiores economias do mundo é algo que custa muito caro ao sofrido povo brasileiro.(sobre um texto de Clarissa Mangueira, da AGÊNCIA ESTADO).

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